segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Qualidade de Vida - Cap. I Livro: Indicadores Luzes para o Mundo

Há um consenso que a expectativa de vida é um dos principais indicadores de saúde de uma população. A velhice é hoje uma realidade em relação a longevidade. Contudo, contrariamente ao indicado pelo senso comum, o processo de envelhecimento populacional, tal como observado até hoje, é resultado do declínio da fecundidade, e não da mortalidade. A pirâmide etária é que melhor representa o processo de envelhecimento, já a longevidade tem haver com a qualidade de vida.

A Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, psíquico e social. Em 1994 a Organização Mundial da Saúde (OMS) redefiniu a saúde como a busca pela qualidade de vida.

Não há consenso sobre sua definição. Muitos são os fatores que influenciam na qualidade de vida. Existem fatores que dependem apenas de nós, em razão da saúde, da visão de ideal, de futuro e da fase da vida em que estamos, e fatores externos, como o ambiente em que estamos inseridos e a nossa rede de relacionamento.
Lyndon Johnson, presidente dos Estados Unidos, foi o primeiro a empregar a expressão qualidade de vida, ao declarar, em 1964, que “os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas.”
A qualidade de vida não é um produto que podemos comprar, também não a conseguimos adquirir de um dia para o outro. Comer, beber, praticar atividades físicas, não ter stress, noites tranqüilas de sono, hábitos de uma rotina saudável e trabalho digno, são alguns dos componentes da qualidade de vida.
São vetores, que interferem no resultado do Indicador Qualidade de Vida:
1. Demografia;
2. Indicador do poder aquisitivo do trabalho;
3. Indicador de saneamento e infra-estrutura;
4. Indicador de qualidade dos serviços de saúde;
5. Indicador de qualidade do transporte, do trânsito e das rodovias;
6. Indicador de qualidade da educação;
7. Indicador de segurança da população;
8. Indicador de qualidade ambiental do ar;
9. Indicador de qualidade ambiental da água;
10. Indicador de qualidade ambiental do solo.

Para cada vetor do indicador, existe a necessidade de estruturar os vetores de desempenho do vetor do indicador. Precisamos identificar a estrutura de causa e efeito, para que ações estruturadas interfiram nas causas e não no efeito que é o problema.

Podemos inferir que o Indicador que irá mediar a qualidade de vida é complexo. Resulta de no mínimo dez (10) vetores. Novos vetores poderão ser agregados, dependendo de novas leituras. O peso dado para cada vetor na estruturação de uma fórmula também é complexo. O que pesa mais, a saúde, a educação, a segurança, o trabalho. A resposta será sempre um depende, pois estaremos falando de qualidade de vida para as pessoas, que são únicas e complexas.

O desafio proposto é o de se conseguir os dados para os vetores, gerar as primeiras informações e com o tempo, tendo uma série histórica ou comparativa de dados, analisarmos que informações são realmente relevantes. Precisamos sair do estado de ausência de informação ou de informação guardada a sete chaves. A informação ganha uma nova dimensão quando compartilhada por todos.

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