sexta-feira, 17 de abril de 2009

Proposta para um novo modelo conceitual de gestão

Na rotina burocrática da organização pública, o agir e a atitude dos servidores públicos, estão limitados ao ambiente organizacional, que deveria proporcionar confiança, liberdade e informalidade. A opção em ser fonte de controle e poder, gera impacto direto sobre as pessoas, especialmente em relação a seu comportamento e modo de agir, face as medidas que inibem ou dificultam as iniciativas.

Uma nova forma de administrar, implica em romper com o método de comando e controle atual, e adotar uma postura voltada para o dinamismo que facilite os relacionamentos, a sociabilidade, e o uso da inteligência, para criar iniciativas que gerem resultados para a organização e para a sociedade, através de uma nova forma de trabalhar.

Tornar a organização pública, flexível, dinâmica e eficaz, passa por um processo de ruptura, em relação ao atual modelo de gestão funcional e hierarquizado. Neste modelo, as tarefas individuais deveriam combinam-se para criar resultado e valor para o cliente.

A ruptura para um novo modelo de gestão, deverá permitir a migração de pessoas e processos de forma harmônica, onde o modelo do passado, não cause sentimento de retorno a situação anterior. A melhoria sentida é que dará a garantia de que a mudança foi para melhor para todos os envolvidos.

Neste novo modelo conceitual, as estruturas organizacionais conectadas, visam criar um ambiente de fomento a criatividade, a inovação e ao processo de aprendizado, proporcionado pelo conhecimento compartilhado.

O novo modelo de gestão deverá compreender:

1. O Centro de Inteligência da organização, responsável pelo desenvolvimento de produtos e serviços de valor para o cliente. Neste centro, os servidores, os colaboradores e o cidadão, integrão um fórum permanente de fomento a iniciativas, sendo a liderança dos trabalhos exercida pelo idealizador da iniciativa. A iniciativa referendada pelo Centro será submetida aos outros dois Centros.

2. O Centro de Resultados da organização, responsável pelo processo onde o trabalho é realizado. Neste centro, as competências pessoais de cada servidor é que permitirá a alocação do mesmo em diferentes processos produtivos. Os processos de custo, ergonomia, O&M, controle de qualidade, projetos, desenvolvimento de pessoas, contabilidade dentre outros, serão processos auxiliares ao processo produtivo, responsável por gerar o serviço ou produto ao cliente. As novas iniciativas deverão ser avaliadas para aferir a relação custo benefício de sua implementação.

3. O Centro de Estratégia da organização, responsável pelo controle e avaliação das metas fixadas para os processos produtivos e indicadores de resultado. Neste Centro deverá ocorrer a discussão final de todas as questões que precisam de aprovação pela organização.

A mobilidade das pessoas nas estruturas e nos processos, no primeiro momento, decorre em razão de suas competências pessoais. As novas movimentações decorrem da geração de iniciativas. Se por exemplo, uma pessoa que está trabalhando num processo, tiver uma ideia para simplificar o processo ou inovar, deverá submeter à mesma, para avaliação do Líder do Centro de Resultados, que facilitará a apresentação no Centro de Inteligência. Se a proposta for aprovada, o Líder do Centro de Inteligência em conjunto com o idealizador da proposta defenderá a mesma no Centro de Estratégias. Aprovada a iniciativa, A pessoa poderá, de acordo com a necessidade e a importância da inovação, ficar alocada no Centro onde sua atuação for melhor percebida. Assim, a posição das pessoas dentro desta nova estrutura organizacional é situacional, móvel e flexível.

Este novo modelo de estrutura organizacional, busca em ultima análise, criar sinergia associativa com vistas a transferência do conhecimento para além das fronteiras da organização. A remuneração é única, em razão de não existir parte mais importante, quando se trabalha com um todo.

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