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segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Vírus da Corrupção Organizacional




O cérebro humano é fonte de racionalidade. E é também fonte de irracionalidade. O comportamento ético, à semelhança do exercício da preferência individual, pode ser considerado um produto de valores, que para alguns dá sentido a vida, e que para outros são apenas palavras jogadas ao vento.
A definição de entidade pública servindo unicamente aos interesses da sociedade, conduz naturalmente à subordinação da preocupação ética ao resultado desses interesses. Mas, a necessidade de sucesso de indivíduos ambiciosos e vaidosos, fazem com que atalhos e caminhos sinuosos, reprovadas por qualquer estratégia apropriada, tornem a organização intrinsecamente amoral.
Qual será à responsabilidade da organização pública para com a comunidade envolvente, se à sua conduta ética esperada, enquanto fonte de motivações morais, acaba criando conflitos, que refletem o intento ético e moral da organização.
Qual a motivação ética de quem deveria fazer, e não fez, em programar para o seu sucessor o que deve ser feito? Qual a justificativa ética de quem deveria no início de uma gestão modernizar a instituição e não o fez, para que os recursos programados pudessem ter outro destino, e que no último ano, procura deixar para o sucessor um legado de despesas incrementadas, que em muitas vezes inviabiliza a gestão futura.
Por todas estas razões, não é mais possível evitar a discussão em torno das questões éticas. O desconforto e o desentendimento que complicam as conversações dentro da organização, decorrentes da existência de dilemas éticos, com potenciais nefastos, são necessários, para que se evite o tipo de escândalo que arruína carreiras profissionais, e cause aversão na opinião crítica da sociedade.

sábado, 30 de janeiro de 2010

A ética e o problema das organizações



Os problemas organizacionais que se colocam hoje, acabam por ser problemas mais de ordem ética do que de ordem técnica. Neste contexto, a dignidade e o próprio valor das pessoas ficam vinculados a resultados de mal-entendidos, que alimentam um eterno diálogo de surdos, que mantém o debate enterrado em atoleiros.


A situação piora um tanto mais quando o problema em questão passa para a esfera política ou religiosa, na medida em que as partes ignoram o livre arbítrio que possuem, para buscar a solução via transferência de responsabilidade, em uma nova esfera com ausência de delimitação de fronteira, onde se amplia a conotação das intrigas.

Assim, as decisões organizacionais acabam ocorrendo mais por estados mentais de causalidade do que pela abordagem racional dos acontecimentos reais, na mediada em que a narrativa quando abdica da verdade, passa a se desenvolver na perspectiva de terceira pessoa e não das partes interessadas.

E, como a ética não é um componente nato das pessoas, aqueles que não a possuem, acabam encontrando nas organizações, um campo fértil para plantar as sementes da discórdia, da intolerância, da irracionalidade, entre tantas outras já diagnosticadas na maioria das disfunções burocráticas.