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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma via expressa para a nova gestão pública andar


Diante da opção de andar por uma via bem sinalizada, calçada, e de transito rápido, o poder público de modo geral prefere andar em estradas cheias de buracos e atoleiros.
Qual o motivo dessa opção? A resposta só pode ser encontrada na estupidez humana.
Se a morosidade, a falta de qualidade e a corrupção ainda estão presentes no serviço público, e nada ou pouca coisa se faz a respeito, voltamos a questão da opção.
E se temos opções, temos alternativas, e com alternativas basta escolher a melhor, que no nosso caso, é o de andar pela boa estrada. A dinâmica de renovação de um modelo de gestão pública para outro, se justifica pela performance muito abaixo do modelo atual, onde a opção política, geralmente trás para dentro das organizações públicas, o que de pior ela produz e não o de melhor.
Como garantir uma opção positiva é o desafio gerencial atual dos gestores públicos, e passa pela busca de uma cadeia de valor transformadora, caracterizada por inovação, talento, conhecimento e energia (capacidade de produzir resultados).
Para que isso ocorra, as instituições do Estado devem clarificar seus negócios, saber quem responsabilizar pelos bons e maus resultados, e acima de tudo promover uma cultura orientada para o cliente, materializada na publicação periódica de indicadores de resultado e satisfação.
O cidadão como acionista do Estado tem direito à informação, serviço público ágil e com qualidade, produzido por servidores públicos éticos, comandados por uma gestão responsável e responsabilizável.
Na sociedade atual, a liberdade não se refere ao que queremos fazer, mas ao que podemos fazer, e isto implica em romper os limites existentes, e libertar as pessoas para as contribuições de valor para a organização.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Livre


Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.

Definição da Wikipédia

"O homem está condenado a ser livre."
- Sartre
"A liberdade começa onde acaba a ignorância."
- Victor Hugo
"Amo a liberdade, por isso, todas as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí."
- Bob Marley

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A liberdade é uma opção da inteligência


Há cerca de 2400 anos, o mestre daoista Zhuangzi (庄子, 370-301 a.C.) contava aos seus discípulos a seguinte parábola:
"Certo homem vivia perturbado ao observar a própria sombra e as pegadas que deixava, que considerava grilhões à sua liberdade. Por isso, decidiu livrar-se delas. Começou a correr, mas sempre que colocava um pé no chão, lá aparecia uma nova pegada, enquanto a sombra o acompanhava sem a menor dificuldade, por maior que fosse a velocidade a que corria. Julgou que não estava andando depressa o suficiente, pelo que aumentou a velocidade da corrida. Até que caiu por terra, morto.
O erro, concluiu Zhuangzi, foi o fato de ele não ter percebido que, se fosse para um lugar sombrio, a sua própria sombra desapareceria; e se tivesse ficado parado, as suas pegadas deixariam de aparecer."
Esta parábola serve para varias reflexões. Qual é a tua reflexão?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sísifo e o sentido da vida humana

SÍSIFO

Recomeça...

Se puderes,

Sem angústia e sem pressa.

E os passos que deres,

Nesse caminho duro

Do futuro,

Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances

Não descanses.

De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,

Vai colhendo

Ilusões sucessivas no pomar

E vendo

Acordado,

O logro da aventura.

És homem, não te esqueças!

Só é tua a loucura

Onde, com lucidez, te reconheças.


Miguel Torga, Diário XIII


Sísifo foi o herói fundador da cidade de Corinto e representa a astúcia e a insubmissão humanas.

São várias as histórias que sobre este rebelde herói são narradas pelos antigos. Por ele fora Júpiter descoberto, quando, nas suas aventuras amorosas, tentava raptar Egina, a bela filha do rio Asopo. Com o velho pai desolado, pelo desaparecimento da sua jovem, o herói acorda o benefício de uma fonte cristalina e divina – a Fonte de Pirene - para a sua cidade, em troca do paradeiro da filha, que conhecia.

O pai dos deuses, para o punir desta traição, envia-lhe a Morte, que o tenta levar consigo para o reino infernal. Porém, Sisífo consegue aprisioná-la, de tal modo que ninguém mais morria à face da Terra e o caos se instalava no Reino do Hades. Júpiter é obrigado a intervir para a libertar e repor a ordem.

Por todos os enganos e traições perpetrados, quando morre, Sísifo é condenado a trabalhos infrutíferos: rolará eternamente, ladeira acima, uma enorme pedra até ao cume de uma montanha. Assim que o atinge, a pedra rola novamente até ao sopé da montanha. A Sísifo cabe repetir esta tarefa pela eternidade.

Imagem da rebeldia. Também da inquietude. Dor da fragilidade humana face à força divina. Contudo, nota do valor do esforço e da persistência.

Na imagem: Óleo em tela de Tiziano (1549).

- Matéria postada no blog Rerum Natura por Alexandra Azevedo

sábado, 19 de dezembro de 2009

Liberdade de expressão



Parece que da liberdade de se expressar deriva as demais liberdades.
Vejamos: Sobre a Liberdade (Ed. 70) do filósofo inglês John Stuart Mill.
“Se os cristãos quisessem ensinar os infiéis a serem justos para com o cristianismo, os cristãos, deviam, eles próprios, ser justos para com os infiéis.”
E continua:
“Não presta qualquer serviço à verdade fingir que não se vê o fato, conhecido por todos os que têm os mais rudimentares conhecimentos de história literária, de que uma grande porção dos mais nobres e valiosos ensinamentos morais tem sido da autoria não apenas de pessoas que desconhecem a fé cristã, mas também de pessoas que a conheciam e a rejeitavam.”
E Mill, alerta-nos que “o problema da liberdade de expressão é que uma opinião silenciada pode estar errada, mas pode também conter uma porção de verdade e negar tal possibilidade é pressupor a infalibilidade.”
Por que razão uma ideia causa tanto incomodo, ofensa, se contém uma porção de verdade. Qualquer informação mínima sobre um problema permite-nos saber que não é fácil responder a este problema.
Diz Mill:
“a pior ofensa deste tipo que pode ser cometida por uma argumentação é estigmatizar como pessoas más e imorais aquelas que sustentam a opinião contrária.”
Assim, a liberdade plena, começa com pequenas liberdades, e a liberdade de expressão é a do verbo, a que cria, e que reposiciona as mentes abertas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sapere aude! “Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Kant”


Ao homem é dado o direito de liberdade de pensamento, que impõe a liberdade de escolha. Acontece que por gerações a sociedade fechou os olhos para os costumes, levando o homem para a obediência passiva, diante de conceitos que não entende.

Assim, a nossa consciência moral, quando percebida pela razão, desperta o homem das ilusões metafísicas e dos dogmas filosóficos, limitadores do esclarecimento e do amadurecimento humano.

Se a preguiça e a covardia fazem o homem agir segundo as ordens de outros, a liberdade impõe fazer uso da razão em todas as questões. O uso privado da razão está relacionado a nossa consciência, e o uso público da razão nos permite pensar por nós mesmos, discordar, e expor pensamentos, provocando também o pensamento dos outros.

Ter coragem é transcender as incertezas do eu desconhecido para o eu consciente, que se arrisca para o saber que liberta.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Liberdade de pensar



Vivemos um período onde somos agentes passivos frente as mídias de produção da nossa opinião. Quando se convencionou que ingressamos na era da sociedade do conhecimento, não se percebeu muito bem que as coisas podiam não ser tão lineares ou coletivas assim.
Não existe uma relação direta entre informação e conhecimento. Estar bem informado não é ser literalmente conhecedor. O que se pode produzir numa sociedade centrada na proliferação de informação são ângulos de observação dos fatos e objetos, por isso percebo que a tecnologia de última geração, em nada irá ajudar, se continuarmos isolados em ilhas de opinião.

No dia em que, entre nós, a inteligência for mais valiosa que o poder, poderemos afirmar que ingressamos na sociedade do conhecimento. Tornar possível a discussão crítica de idéias, fomentar a Arte de Pensar, é encorajar as pessoas a não terem medo de se expressar. Acho que está na hora de pararmos de nos esconder atrás de citações, e expressarmos o que realmente pensamos a respeito de coisas e fatos. Quem sabe tudo e não erra?
Evidentemente, há erros e erros. Para Desidério Murcho, "há erros muito graves e erros pouco graves. Mas quando se adota a cultura do escândalo, todos os erros são escandalosos — todos são inacreditavelmente graves e quem os comete deveria cometer hara-kiri e desaparecer de circulação. Esta cultura é avessa ao desenvolvimento e é paralisante. Urge livramo-nos dela e passarmos a encarar o erro de forma natural, como uma oportunidade de ouro para entrarmos em diálogo com os nossos pares, com a alegria de quem sabe estar a dar a sua contribuição para fazer progredir a correta compreensão das coisas. Se errar é humano, sabê-lo e assumi-lo é o que nos resgata do mais tosco provincianismo. Porque com esta atitude as pessoas aprendem, corrigem-se, levam a sério as críticas e as críticas são feitas com seriedade e não com um ar de escândalo e incredulidade, dando a entender que, porque se fez um erro, a pessoa não tem qualquer valor intelectual ou acadêmico."
Para ingressamos na sociedade do conhecimento precisamos investigar a nossa Verdade, e não aquela que é vendida pelos outros. Para isso, precisamos estar diariamente nos aperfeiçoando e evoluindo, para que não venhamos a considerar um erro como uma verdade. O ingresso nesta nova sociedade é individual e decorre do mérito de cada um e a chave é o Pensar!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Liberdade e ambiente de confiança favorecem a criatividade

Diz o provérbio que "um burro carregado de livros é um doutor". Mas um burro é um burro e, carregado só com um livro, continua a ser um burro! “Carlos Fiolhais”.
Tenho observado nestes últimos meses alguns aspectos culturais e organizacionais, buscando um contraponto entre organizações que estão produzindo resultados efetivos para a sociedade, e outras com fracos resultados em termos de iniciativa e risco.

De um lado temos a segurança do emprego e pouco risco que para alguns se traduz em acomodação, menor empenho e iniciativa pessoal, ausência de proatividade, baixa procura de formação complementar, o que tem em conjunto um efeito muito significativo no desempenho global e numa certa aversão à mudança.

Se o excesso de segurança do emprego é prejudicial e tem efeitos óbvios na capacidade das organizações, a ausência de segurança é ainda muito pior. A ausência de segurança tem efeitos negativos, podendo ser um fator muito limitativo da capacidade de inovar e de empreender nas empresas.

Do outro lado, esperamos iniciativas das pessoas que pensem naquilo que fazem, que estejam prontas a criticar de forma construtiva e a discernir sobre as melhores opções e propostas. Esta é uma forma de confronto que tem de ser bem gerida. A liberdade e o ambiente de confiança são fundamentais para os espíritos criativos, os quais constituem os principais agentes da inovação. E isso não é essencialmente um risco, mas antes uma mais-valia muito importante que as empresas devem proteger e gerir.

A criatividade manifesta-se quando as pessoas são livres, estimuladas e que tendem a estudar até à exaustão as coisas ou as atividades em que se envolvem. Para isso, precisam de ambientes mais flexíveis, livres, que incentivam a discussão, a crítica, o confronto de idéias. Precisamos parar de eliminar estas pessoas que agem e pensam de forma diferente dentro das organizações. Chega de premiar os medíocres limitadores e inibidores, que se refugiam na segurança do não pode e no não dá, para não perderem o chão por onde andam.

A Alegoria da Caverna de Platão é daqueles conteúdos que pode ser usado para mostrar os escravos da segurança que estão acorrentados no fundo da caverna. Mas quem são esses escravos? O motorista ou o Presidente da organização.