quarta-feira, 25 de maio de 2016

Otimismo e Criatividade para mudar o Brasil

Estudos indicam que 80% da população adota um viés otimista para a própria vida e para o mundo. O que motiva o otimista é a sensação de que detêm o controle de sua vida, e que através de seu empenho pode controlar o futuro que sua mente criou.

A visão otimista criada vai levar você a uma experiência pessoal positiva ou negativa, onde é comum diante de uma experiência negativa, as pessoas terem  uma nova visão otimista. Porém é importante perceber que tanto o otimismo excessivo quanto o pessimismo criam miragens que distorcem o que está se buscando, e estas miragens são as principais armadilhas que tiram o foco do resultado desejado para o futuro.

Assim .... é importante compreender que a criatividade nasce da diversidade. Então é possível identificar que existe um elo de ligação entre criatividade e o otimismo, na medida em que a inovação decorre do pensamento criativo, e que este pensamento criativo decorre do processo mental de inquietação com a homogeneidade ou da perspectiva da manutenção do status quo.

Este processo de pensar inquieto, abriu um novo caminho de prosperidade presente em Singapura, Hong Kong, Coréia do Sul, Finlândia e China, que percorrem um novo caminho para o processo educacional, que deixou a homogeneização e testes do ensino tradicional na prateleira de um passado recente.

No mundo corporativo o Site Airbnb e o aplicativo Uber abrem uma nova fronteira para a economia compartilhada. Em dezembro de 2015 a empresa Magic Leap apresenta uma revolução no mundo da holografia, ao fazer uma baleia Jubarte saltar no meio de uma quadra de basquete, espirrando água digitalizada para todos os lados, sem que a plateia tenha usado óculos especiais.


Estes exemplos mostram que o mundo real está sendo transformado. As oportunidades estão presentes para a construção de um novo mundo, que exige apenas uma posição de otimismo, mente criativa e empenho no trabalho inovador.


domingo, 22 de maio de 2016

Direito da Aposentadoria em vida


Quanto tempo resta de vida, para se negociar, uma nova data de Aposentadoria.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 1980 a esperança de vidadas mulheres era de 65,75 anos e em 2009 passou para 77,01 anos. Os homens viram sua expectativa de vida avançar de 59,66 anos para 69,42 anos no mesmo período.
A diferença causa, atualmente, excedente de 4 milhões de mulheres no país. As projeções do instituto apontam para 14 milhões de mulheres a mais em 2050. Nascem mais homens que mulheres, mas, a partir do nascimento, os homens começam a morrer mais rapidamente. O homem tem maior fragilidade no sistema pulmonar ao nascer. Pensa-se que a criança do sexo feminino é mais frágil, mas, na verdade, é o contrário.
Elevar a aposentadoria do Homem de 60 anos para 65 anos de idade, é uma medida que em nada acrescenta para a melhoria de um processo de aposentadoria que está construído de forma equivocada. Aumentar para 65 anos a idade de aposentadoria do homem, é retirar 5 anos de vida em família de seus 9,42 de vida (média) que lhe resta.
Para reflexão: A Responsabilidade Social para com o Aposentado

O trabalho sempre foi o elemento indutor de nosso avanço enquanto sociedade. No Código de Manu há normas sobre a empresa, na forma rudimentar com que ela se havia constituído. Os historiadores da Antiguidade aludem às organizações de classes dos Hindus, dos Árias, dos Egípcios, onde toda a preocupação parecia reduzir-se à organização social das classes, entre estas a dos trabalhadores, para conservá-los no círculo do seu destino.
No Direito Romano partiu da figura do arrendamento de coisa para aplicá-la, como obrigação de fazer, às duas formas usuais de contratação do trabalhador livre: a) para a execução de determinada obra, com pagamento mediante um resultado (trabalhador autônomo) e; b) para a prestação de serviços em favor do contratante, ou cessão do próprio trabalho, como objeto do contrato (contratado ou subordinado).
Na França a Revolução varreu os últimos vestígios da servidão, e encontramos as denominadas corporações de ofício ou Associações de Artes e Misteres, em que existiam três espécies de trabalhadores: os mestres, os companheiros e os aprendizes. No entanto, no início das corporações de ofício, só existiam dois graus: mestres e aprendizes. Os mestres eram os proprietários das oficinas, que já tinham passado pela prova da obra-mestra. Os companheiros eram trabalhadores que percebiam salários dos mestres. Os aprendizes eram menores que recebiam dos mestres o ensino metódico do ofício ou profissão.
A Constituição brasileira de 1824, em seu artigo 179, inciso XXV, aboliu as Corporações de Ofício para que houvesse liberdade do exercício de ofícios e profissões.
 A Revolução Industrial expressa-se no processo de transformação da economia baseada na atividade agrária manual para a atividade industrial mecanizada, iniciada na Inglaterra no século XVIII. A Revolução Industrial então cria duas classes que se opõem em interesses: de um lado os detentores do capital e dos meios de produção e do outro os operários.
Efetivamente, o Direito Social ou do Trabalho inicia-se com o surgimento da Revolução, que teve como principal causa econômica o aparecimento da máquina a vapor como fonte energética, substituindo a força humana.
O cristianismo lançava as bases reais para, séculos mais tarde, se firmarem os fundamentos do Direito do Trabalho. Ainda, dentro da doutrina católica, Santo Agostinho viria mostrar que o trabalho não seria apenas um meio de impedir que o ócio criasse campo propício para os vícios. Ele mostraria que todo trabalho é útil, que não se deve cingir ao mínimo necessário para manter a vida e que mesmo a acumulação de bens não é um mal; o mal estaria na aplicação desses bens em finalidades contrárias aos preceitos divinos.
No século XVIII as ideias iluministas do trabalho foram reconhecidas como essencial para a economia e alçado à condição de fator preponderante para o progresso humano.
A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, reunida na Filadélfia, em sua vigésima sexta sessão, adota, em 10.05.1944 a Declaração sobre os Fins e Objetivos da OIT e aos princípios que devem inspirar a política dos seus membros, e dentre os principais princípios destaca que o Trabalho não é uma mercadoria.
Em consideração à Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10.12.1948, foi lavrada em Roma, em 04.11.1950 a Convenção sobre a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais. E seu art. 4.1 prescreve que ninguém poderá ser submetido à escravidão ou servidão.
Com a valorização do trabalho humano surgiram conflitos entre o capital e o trabalho em todo o mundo. Consequentemente, nasceu a Justiça do Trabalho. Os tribunais de trabalho têm a mesma origem na França, na Alemanha e na Bélgica.
O direito a previdência surgiu no final do século 19, na Alemanha. O governo do chanceler Otto von Bismarck estabeleceu em 1889 um sistema nacional que assegurava o pagamento de uma pensão a todos os trabalhadores do comércio, indústria e agricultura que tivessem 70 anos ou mais. A ideia foi logo adotada na Áustria e na Hungria e, a partir de 1920, espalhou-se por outros países da Europa. Ao criar esse benefício, que atendia a reivindicações trabalhistas. No Brasil, a primeira lei que cuidou da aposentadoria é de 1923 e só se destinava a proteger os ferroviários. Depois, outras leis foram sendo editadas para beneficiar as demais categorias.
Originalmente, a aposentadoria tinha como objetivo básico amparar trabalhadores que atingissem idade avançada, ficassem inválidos ou se tornassem incapacitados para exercer qualquer tipo de profissão.
A Previdência Social no Brasil possui mais de 100 anos de história. A primeira legislação pertinente ao tema é datada de 1888, quando foi regulamentado o direito à aposentadoria para empregados dos Correios.
O fato considerado como ponto de partida da Previdência Social propriamente dita no País, contudo, é a Lei Elói Chaves (Decreto n° 4.682) de 1923. Ela criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para empregados de empresas ferroviárias, estabelecendo assistência médica, aposentadoria e pensões, válidos inclusive para seus familiares. Em três anos, a lei seria estendida para trabalhadores de empresas portuárias e marítimas.

Na década de 30, através da promulgação de diversas normas, os benefícios sociais foram sendo implementados para a maioria das categorias de trabalhadores, dos setores público e privado. Foram criados, também, seis institutos de previdência, responsáveis pela gestão e execução da seguridade social brasileira.

Em 1960, foi criada a Lei Orgânica de Previdência Social, unificando a legislação referente aos institutos de aposentadorias e pensões. A esta altura, a Previdência Social já beneficiava todos os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores rurais passariam a ser contemplados em 1963.
Em 1966, com a alteração de dispositivos da Lei Orgânica da Previdência Social, foram instituídos o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - " FGTS, uma indenização para o trabalhador demitido que também pode ser usada para quem quiser comprar sua casa própria, e o Instituto Nacional de Previdência Social - " INPS (atualmente a sigla é INSS), que reuniu os seis institutos de aposentadorias e pensões existentes.
Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Até então, o tema ficava sob o comando do Ministério do Trabalho e Emprego (na época chamado Ministério do Trabalho e Previdência Social).
A extensão dos benefícios da previdência a todos os trabalhadores se dá com a Constituição de 1988, que passou a garantir renda mensal vitalícia a idosos e portadores de deficiência, desde que comprovada a baixa renda e que tenham qualidade de segurado.
Em 1990, o INPS mudou de nome, passando a ser chamado de INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.
Em dezembro de 1998, o governo mudou as regras da previdência passando a exigir uma idade mínima para a aposentadoria, que, no caso das mulheres, é de 55 anos e do homem, 60 anos. Anteriormente, a aposentadoria valia para quem contribuísse por 25 a 30 anos, no caso das mulheres, e 30 a 35 anos, no caso dos homens, sem limite mínimo de idade.

Conclusão:
1. A evolução do direito à Aposentadoria percorreu um longo caminho para ser consolidado e agora precisa ser aprimorado.
2. Aprimorar o sistema implica em promover uma justa contribuição.
3. A idade de aposentadoria deve promover ganhos em de tempo de vida em relação a longevidade humana.
5. Homens e mulheres possuem direitos e obrigações iguais. Isto deve valer também para o tempo de contribuição e de idade para a Aposentadoria.
4. Deve ser proibido o trabalho remunerado humano, acima da idade de aposentadoria, para que se possa abrir novas oportunidades de trabalho para as novas gerações que estão chegando no mercado de trabalho.
5. O Estado deve aplicar 100% das receitas de jogos e vincular outras para assegurar um Fundo de Previdência Oficial efetivo.

6. Assegurar ao idoso uma boa qualidade de vida, é garantir para as famílias segurança.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

MOVIMENTOS SOCIAIS – RETIRANDO AS MÁSCARAS


Na Wikipédia “Movimento social é uma "expressão técnica" que designa a ação coletiva de setores da sociedade ou organizações sociais para defesa ou promoção, no âmbito das relações de classes, de certos objetivos ou interesses - tanto de transformação como de preservação da ordem estabelecida na sociedade.
No Brasil, são exemplos de movimentos sociais: 1984 – DIRETAS JÁ!,  Geração caras-pintadas – Impeachment 1992, 2016 – Fora Dilma, Lula e o PT, Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST, dentre outros.

Uma primeira constatação: existe diferença entre Movimento Social, e Movimento de Causa Partidária
Os movimentos sociais se caracterizam pela adesão voluntária de pessoas a uma causa que visa incorporar ou restabelecer uma demanda da sociedade prevista na Constituição e que de alguma forma não foi inserida nos programas de Estado.

Os Movimentos de Causa Partidária, geralmente se revestem de cunho social, e se caracterizam pela vinculação de pessoas filiadas a sindicatos, a ONGs que recebém recursos do Governo, e de filiados a partidos políticos, com vistas a promover temas de interesse do Governo, geralmente com finalidade ideológica visando agregar eleitor ao Partido.

Outra forma de identificar se estamos diante de um movimento social ou Movimento de Causa Partidária, passa pela identificação da origem do financiamento do movimento. Movimento Sociais possuem recursos provenientes de doações de seus filiados. Já os Movimentos de Causa Partidária, recebem recursos de partidos Políticos, ONGS intermediárias e Empreiteiras que distribuem recursos provenientes da corrupção.


Fica a dica: Vamos retirar as máscaras  - Movimento Social não é o mesmo que Movimento de Causa Partidária.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Reimagine a sua Cidade


Dar lógica à cidade para que tudo flua de modo inteligente passa por um planejamento integrado que deve pensar nas pessoas, favorecendo a convivência e a qualidade de vida. Para isso o Governo do Município deve ouvir o que a população quer para a cidade.
A nova arquitetura urbana deve reinventar a mobilidade e o trabalho. A proposta de um dia por semana de feriado e uma jornada de trabalho de 4 horas não é utopia e faz parte de vários artigos, que indicam os novos caminhos que devem ser percorridos. A economia monstra que essas novas rotas do laser, geram mais riquezas que a tradicional e incremental da produtividade e mais trabalho.

E não para aí, então:
Reimagine a escola com a possibilidade de currículos a serem cumpridos on-line, tendo professores apenas como orientadores e vídeos tutorias embasado em teoria dos jogos, com disciplinas atrativas  relacionados com esportes, solidariedade, ética, roteiros de viagem e cultura, com possibilidade estruturante para cada jovem, com opções de interesse e possibilidade de alinhar as expectativas pessoais e fomentar um upgrade para a educação de um país, que necessita urgentemente se atualizar para a nova configuração mundial que está sendo construída.
Reimagine a segurança pública não como fonte de segurança contra a criminalidade, mas como uma sensação, que surge naturalmente em razão da convivência fraternal entre pessoas com interesses recíprocos, esclarecidas e com ideias comuns para fomentar o bem, vivendo em ambientes monitorados e seguros, comuns hoje em bairros e condomínios que planejaram ações de proteção ao patrimônio e qualidade de vida.  Expandir o exemplo bem realizado em ambientes particulares para o coletivo passa apenas por uma decisão ou opção política.
Reimagine a saúde que privilegie os indicadores de saúde e não os de doença, como já ocorre em vários países da Europa. No lugar de gastar tratando doença, a proposta é premiar quem se cuida, e com isso gera saúde e longevidade.
Reimagine alimentos e produtos com embalagens mais transparentes, com letras maiores, cores, ícones educativos, gráficos, para destacar os ingredientes, nutrientes, porções, vencimento, alertas e indicação do local de entrega da embalagem e do produto quando não mais utilizado.
O Brasil precisa investir melhor o dinheiro que destina para suas estruturas de Governo e inovar nas estruturas de representação política, na medida em que o modelo atual, tem demonstrado que os interesses particulares estão se sobrepondo aos interesses públicos.
Reimagine a possibilidade de termos Vereadores, Deputados Estaduais, Deputados Federais e Senadores da República, com exercício voluntário e não remunerado, escolhidos através de metas a serem alcançadas, podendo ser reeleitos pelos resultados realizados em prol da menor burocracia.
Reimagine  a cobrança de imposto para as igrejas ou seitas, na medida em que estás instituições são organizações que prestam um serviço diferenciado relacionado à fé, através de homens, investidos em cargos, como os demais empresários. A lógica é que a fé pode ser praticada em qualquer local, na medida em que Deus está presente em todos os lugares e não apenas em Templos das Igrejas ou seitas.
Reimagine uma nova forma de cobrar os impostos, sem o a aparato de fiscalização e custos administrativos existentes.
Reimagine um governo que possa realizar suas compras da mesma forma que a iniciativa privada, com estruturas de custos simples e de baixo custo, onde o processo de transparência seja amplo, como os dos portais corporativos existente no mercado privado.

Reimagine viver mais, porém melhor. Então, vamos juntos reimaginar a nossa cidade e darmos nossos primeiros passos em 2015.

domingo, 28 de dezembro de 2014

É só o começo da Logística reversa


Os próximos anos exigirão das empresas mais ambição, transparência e objetivos agressivos, e serão privilegiadas as empresas que aprenderem com a natureza operar na emergente economia circular. Isto exige consciência de que as ações com as parcerias devem ser abrangentes e duradouras.
O trabalho dos profissionais de sustentabilidade nas empresas será incremental, pragmático e de paciência, pois só idealismo não irá funcionar. É importante a percepção de que os cidadãos estão de olho, e que a mídia exerce uma forte vigilância e portanto, a atuação da empresa deve ser igualmente forte.
O caminho da Logística Reversa passa pela busca de um novo modelo de negócios, com eficiência produtiva e melhoria nos detalhes, que irá buscar fazer mais com menos energia, e economia até a última gota. Fazer o básico não é mais o bastante, o desafio é fazer as compras certas, ter alternativas para gerar mais lucros, o que impõe a meta de conectar a cadeia produtiva, de forma de um compromisso solidário, que envolve fazer mais que a obrigação, e que permita o rastreando desde o berço, até o consumidor em uma cadeia sem fim.
Este novo caminho impõe o estreitando de laços com comunidades, a economia das cidades e práticas ambientais com impacto social onde não basta ser verde, tem que ser sustentável. Isto requer uma aliança permanente com a educação ambiental para que as novas gerações não tenham mais contato com o lixo, na medida em que uma nova consciência de transformar o lixo em matéria-prima, e tolerância zero para os resíduos industriais, surge em cada Campanha de Logística Reversa implementada pelas indústria, distribuidores, comerciantes e cidadãos.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Tempo de mudanças - Lei 12.305/2010 (PNRS)


Vivemos num mundo no qual as mudanças são cada vez mais constantes, seja no comportamento humano, seja no meio ambiente, seja nas relações interpessoais ou até mesmo no meio empresarial.
Algumas pessoas percebem estes momentos e passam a liderar os novos processos que surgem com as mudanças. No Brasil, a Lei 12.305/2010, criou todo um novo cenário para os empresários e para o poder público, ao fixar a responsabilidade compartilhada pela coleta de produtos não mais utilizados, bem como para as embalagens dos produtos consumidos. A Palavra chave para a mudança imposta para a sociedade brasileira, chama-se: Logística Reversa.
Existe a desconfiança generalizada  de que não será possível implementar esta mudança. Contudo, as mudanças são necessárias, inevitáveis e podem ser agradáveis... ou não, contudo, quer você queira ou não, elas acontecerão, mais cedo ou mais tarde.

Então seja inteligente.
Confúcio:“Somente o que muda permanece”.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Um novo mercado criado para produtos e embalagens usados

Os empresários são obrigados a estruturar a logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana.
Para atender a Lei 12.305/2010, o art. 33 indica que as os fabricantes, distribuidores e comerciantes podem: 
I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; 
II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; 
III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

Devendo os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens. os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos,os fabricantes e os importadores darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. 

Vote pelas mudanças que podem fazer o seu mundo melhor


As Nações Unidas e seus parceiros querem ouvir VOCÊ! MEU Mundo é uma pequisa global que quer sua ajuda na escolha das prioridades para um mundo melhor. Os resultados serão compartilhados com líderes mundiais na definição da próxima agenda de desenvolvimento global. Conte-nos sobre o mundo que você quer. Levante sua voz!

 See more at: http://www.myworld2015.org/?lang=pr#sthash.wds7DRwo.dpuf

Economia Verde


A iniciativa Green Economy (Economia Verde), lançada pelo PNUMA em 22 de outubro de 2008, tem como objetivo mobilizar e reorientar a economia para investimentos em tecnologias verdes e infraestrutura natural.

Concebida com o apoio de economistas, a ação pretende criar uma oportunidade única de mudar o futuro da economia. Acredita-se que os setores de energia e tecnologia limpa, incluindo reciclagem, energia rural, energia renovável e biomassa sustentável; de agricultura sustentável, incluindo orgânicos; de infraestrutura ecossistêmica; de redução de emissões por desmatamento e de construções verdes são fundamentais para uma mudança maior na economia, para a sustentabilidade e para a geração de empregos.

A iniciativa está fundamentada em três pilares: valorização e divulgação de serviços ambientalmente corretos para consumidores; geração de empregos no marco dos empregos verdes (Green Jobs) e definição de políticas nesse sentido; instrumentos e indicativos do mercado capazes de acelerar a transição para uma economia verde.

Dentro desse marco, conta com três produtos principais:

  • Relatório sobre Economia Verde: para divulgação de um panorama geral, análise e síntese de quanto a política pública pode ajudar mercados a acelerar a transição rumo a uma economia verde e ao estabelecimento de um Novo Plano Global Verde (Global Green New Deal);
  • A Economia dos Ecosistemas e Biodiversidade (TEEB, em inglês);
  • Relatório Empregos Verdes (Green Jobs, em inglês), publicado em Setembro de 2008, focado nas tendências do mercado de trabalho.

A iniciativa irá utilizar o trabalho e conhecimento produzido pelo PNUMA, pelo Sistema ONU e por outros centros de pesquisa para analisar impactos e oportunidades, desde mudança na venda de peixes, combustíveis e outros subsídios até mecanismos de inovação de mercado e produtos financeiros para já começar a mudança de paradigma econômico. Espera-se que seja fornecido aos governos - tanto dos países desenvolvidos quanto dos em desenvolvimento -  um estudo amplo e instrutivo para que realizem a devida transição para uma economia efetivamente verde.
Retirado do Site: http://www.pnuma.org.br/

sábado, 20 de dezembro de 2014

Estímulo à rotulagem ambiental – Selo de Ecoeficiência

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Entende-se como rotulagem ambiental um mecanismo de comunicação com o mercado consumidor sobre os aspectos ambientais do produto ou serviço com características benéficas, cujo objetivo é diferenciá-lo da concorrência. Os mesmos são materializados por meio de símbolos, marcas, textos ou gráficos. Segundo Lemos e Barros (2006, p. 17) os tipos de rotulagem ambiental são três, a saber:

a) Rotulagem Tipo I: NBR ISO 14024 – Esta Norma relaciona os princípios e procedimentos para o desenvolvimento de programas de rotulagem ambiental, incluindo: seleção de categorias, critérios ambientais e características funcionais dos produtos, para avaliar e demonstrar sua conformidade. Relaciona também os procedimentos de certificação para a concessão do rótulo;

b) Rotulagem Tipo II: NBR ISO 14021 – Esta Norma especifica os requisitos para a autodeclaração ambiental, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos. Descreve, ainda, termos selecionados usados comumente em declarações ambientais e fornece qualificações para seu uso. Apresenta uma metodologia de avaliação e verificação geral para autodeclaração ambiental;

c) Rotulagem Tipo III: NBR ISO 14025 – Esta Norma informa sobre dados ambientais de produtos, qualificados de acordo com os conjuntos de parâmetros previamente selecionados e baseados na Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), são rótulos concedidos e lincenciados por organizações externas independentes.

O Selo de Ecoeficiência definido pela Lei 12.305/2010, enquadra-se no tipo de Rotulagem II. A autodeclaração ambiental pode aparecer no produto, na embalagem, na literatura relacionada, na rotulagem, publicidade, materiais promocionais e todas as outras formas de marketing, de uma forma direta ou por insinuação.

Vantagens:
As principais vantagens das autodeclaração são:
• Permite a comparação de produtos.
• Marketing.
• Reforço da imagem de marca do produto.

Restrições:
Por não serem certificadas por uma 3ª parte independente e por não utilizarem critérios predeterminados, podem ser mais económicas. No entanto, a exatidão, credibilidade e a confiança destas declarações é questionável, quando não for possível a demonstração em relação ao cumprimento de determinada norma.

O desenvolvimento de uma autodeclaração deve seguir os seguintes princípios:
• Declare os aspectos ambientais relevantes do produto.
• Faça declarações precisas.
• Baseie a sua declaração em informação substancial, verificada e verificável.
• Seja claro quanto ao objeto da declaração, se se refere a todo o produto, componentes ou à embalagem
• Utilize símbolos que ajudem a interpretar a declaração

Embora o declarante não seja obrigado a obter uma certificação por uma terceira parte, deve estar apto a permitir a verificação da declaração e a sua informação sempre que for solicitada.

Artigos relacionados:
European Commission: Guidelines for Making and Assessing Environmental Claims
Guides for the use Environmental Marketing Claims
Environmental claims on products and packaging in the shops: An international study
Green Food Claims: An international survey of self-declared green claims on selected food products

As autodeclarações podem ser integradas nas Compras Ambientalmente Orientadas, como forma de apoiar a identificação dos requisitos ambientais no âmbito das especificações técnicas ou critérios de atribuição.

A implementação de Sistemas de Gestão Ambiental, Produção Mais Limpa e Avaliação do Ciclo de Vida /Ecodesign também podem levar a melhorias nos processos/serviços/produtos, que podem ser comunicadas na Autodeclaração Ambiental.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

Os 11 princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei12.305/2010) são:
1º) a prevenção e a precaução; 
2º) o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
3º) a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; 
4º) o desenvolvimento sustentável; 
5º)  a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta; 
6º) a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; 
7º) a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
8º) o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; 
9º) o respeito às diversidades locais e regionais;
10º) o direito da sociedade à informação e ao controle social; 

11º) a razoabilidade e a proporcionalidade. 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Para quem quer fazer a diferença!


Na vida podemos ser escultor ou escultura. Qual é a sua escolha?
Fazer a diferença é dar aquela contribuição única, no momento certo, que gera os resultados esperados.
Para fazer a diferença o empresário e  o cidadão devem cumprir a Lei 12.305/2010.  A Logística Reversa impõe a responsabilidade compartilhada pelo destino dos produtos e embalagens não mais utilizados e resíduos gerados.
Se cada um fizer a sua parte, os benefícios gerados serão a limpeza das cidades e a saúde pública da polução. E, o poder público economiza com o serviço de coleta do lixo gerado diariamente, e isto pode fazer diferença na sua Taxa de IPTU.
Fazer a diferença significa muitas coisas, por exemplo:
  • Comprometer-se com os resultados que precisam ser alcançados, com um sentido claro de prioridades, de prazos e finalização
  • Tomar a dianteira, assumindo iniciativas, quando há paralisia
  • Saber planejar para que as ideias se transformem efetivamente em realidades concretas e palpáveis
  • Direcionar os seus potenciais e talentos a serviço de uma empresa, entidade ou causa
Fazer a diferença é dar aquela contribuição única, no momento certo, que gera os resultados esperados. A pergunta básica é: você quer fazer a diferença?
Cadastre uma campanha na SPONGE: www.sponge.eco.br


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O POLUIDOR-PAGADOR E O PROTETOR-RECEBEDOR



A lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional Resíduos Sólidos, cria uma nova figura jurídica, relacionada ao Protetor-Recebedor, o que inverte a lógica atualmente vigente que é a do Poluidor-Pagador.
A figura do Protetor-Recebedor está relacionada aos incentivos que a lei estabelece para as empresas que adotarem a Logística Reversa, dentre os quais se destacam:
1. a prioridade nas aquisições e contratações governamentais, para produtos reciclados e recicláveis; e bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
2. a previsão de que as instituições oficiais de crédito podem estabelecer critérios diferenciados de acesso dos beneficiários aos créditos do Sistema Financeiro Nacional para investimentos produtivos; e
3.  a criação de  incentivos fiscais, financeiros e creditícios.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O Marketing Social e a Logística Reversa


A expressão Marketing Social foi usada pela primeira vez por Kotler, que na época estudava aplicações do marketing que contribuíssem para a busca de soluções para diversas questões sociais. Em sua essência o Marketing Social busca a adoção de novos comportamentos, atitudes e práticas, nos âmbitos individuais e coletivos, orientados por princípios éticos, fundamentados nos direitos humanos, sustentabilidade e na equidade social.
Para as empresas isto passou a ser uma oportunidade de negócio, na medida em que pesquisas indicam as pessoas preferem prestigiar ou punir empresas que não são bem aceitas pelos clientes. Neste contexto, a “causa social”, torna a empresa ética na percepção do consumidor.
Hoje no Brasil, a percepção do não cumprimento de leis e a questão ambiental passaram a ser temas recorrentes em todas as mídias, e que impactam nas decisões das pessoas. Assim, os estudos positivos realizados pela AMA (American Marketing Association), indicam que “um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis", conceituado por Polonsky como “Marketing Verde”, que consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e   necessidades dos consumidores, com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente, são percebidos de forma positiva pela sociedade.
Para isso, a empresa deve informar a seus consumidores acerca das vantagens de se adquirir produtos e serviços ambientalmente responsáveis, e que atendam a legislação vigente, de forma a estimular (onde já exista) e despertar (onde ainda não exista) o desejo do mercado por esta categoria de produtos.
Não basta que os processos produtivos sejam verdes. O mercado e a legislação estão exigindo algo a mais, ou seja, os produtos e as embalagens que vão, devem voltar, numa cadeia de logística reversa e de responsabilidade compartilhada, que envolva o consumidor, o comércio, o distribuidor, o importador e a indústria.



domingo, 14 de dezembro de 2014

Logística Reversa II SPONGE

Logística Reversa I

Momentos de reflexão sobre a omissão


Tenho dedicado um tempo de meu dia tentando esclarecer pessoas sobre o momento difícil, histórico e único pelo qual passa o Brasil.
A Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário, são instituições do Estado que merecem da população brasileira todo o tipo de crédito e não de dúvidas, principalmente por parte das pessoas que ainda se pautam pela ética e pelos bons costumes.
O meu foco de atenção tem sido as pessoas que diante de fatos concretos que envolvem a corrupção, ficam distorcendo a realidade nas mídias sociais e na imprensa, por serem simplórios, ou ignorantes, ou por agirem de fato por má fé.
Um ditado popular nos ensina, que uma mentira contada repetida vezes, passa a ser tratada como verdade.  Eu tenho ficado particularmente incomodado em relação as inverdades publicadas, e diante destas constatações a omissão não faz parte de meu ser.
A omissão, enquanto falta de ação no cumprimento de um dever, tem sido incentivada por leis, a exemplo do que ocorre em relação ao Voto, que é obrigatório, e que você pode anular ou votar em branco. Em tese, estas duas opções são a porta aberta para os omissos não se pronunciarem diante de opções de escolha que deveriam ser exercidas para o bem ou para o mal, como já afirmava Sto. Tomás de Aquino.
Nas Rede Sociais, o tema central de nossos dias é a corrupção. Contudo, a ação criminosa dos corruptos, de assalto aos cofres públicos, fica em segundo plano, diante da preocupação das pessoas em defender ou acusar o partido político do PT ou do PSDB.
E o momento se não fosse grave seria engraçado. O público que é foco de minha atenção, geralmente defende o bandido, alegando que outros bandidos também cometeram este crime, então vamos deixar tudo como está, que tudo fica certo.
EU não pretendo deixar tudo como está, e esse é meu desafio diário.

sábado, 25 de outubro de 2014

Gota D`Água


O coração do povo brasileiro foi enganado demais.
"Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água....
" Chico Buarque - Gota D'Água

Nós sabemos o que vocês fizeram e isto é o suficiente. A Gota D`Água está registrada nas mídias sociais. 

sábado, 18 de outubro de 2014

Patrulhamento ideológico

O Patrulhamento Ideológico é uma espécie de terrorismo intelectual, moral, antidemocrático, implacável e inescrupuloso, onde os alienados que o praticam estão convencidos de que estão cumprindo um dever "ético” , “cívico” e “revolucionário”.
Os autores desta prática possuem um vocabulário padronizado: “reacionário”, “direita”, “autoritário”, “banqueiros internacionais”, “Rede Globo”, “Revista Veja”, “fim disto ou daquilo”, “Cuidado”, “Você está mal informado”, etc, etc, etc.
O rancor desta gente é carregado de sadismo político, preconceito e intolerância, característico daqueles que querem implantar um Estado Totalitário. Os exemplos estão próximos por toda parte na América do Sul. Não é preciso citar o que ocorre na Coréia do Norte, Egito, Afeganistão, Argélia, Cuba, ..., onde os países passam a ser ‘Grandes Prisões sem Grades”.
No Brasil, o PT e os Partidos periféricos de esquerda, tentaram no Governo Lula - Dilma, implantar o Foro de São Paulo, que possui o objetivo de criar no Brasil a ditadura do proletariado. No patrulhamento ideológico destes partidos, a liberdade de pensar, de discutir posições contrárias e a evolução da sociedade de forma disruptiva são pecados mortais, pois desqualificam a história revolucionária da luta de classes que deve existir para este modelo de Governo.
O Patrulhamento ideológico é necessário em Governos comandadas por ditadores, que se apoderam do Estado para fins particulares em detrimento ao social. No Brasil,  raposas velhas, transformaram a política em um balcão de negócios, e o patrulhamento ideológico, ocorre sobre quem não participa do grande esquema nacional de propina.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Mente Pequena/ Mente Grande


Este texto é uma reprodução, e indicado para todas as pessoas que  sofrem de pertubações, transtornos, distúrbios, ou desordens mentais, principalmente em razão de cargos que ocupam de natureza sindical ou de comando na área publica.

Exercícios de Consciência Ampliada
- Tem uma coisa que me preocupa nessa conversa.
- O que?
- O senhor fala em excessos de intencionalidade.
- Como assim?
- As pessoas de Mente Pequena tem sempre uma idéia só na cabeça.
- As pessoas de Mente Pequena são obcecadas por uma coisa de cada vez.
- O senhor pode nos dar exemplos?
- Claro. Imagine que nós temos dois grandes Mundos.
- Dois mundos?
- Exato. Dois mundos. O Mundo das coisas Realizadas, e o Mundo das coisas Irrealizadas. Certo?
- Certo.
- Quando a gente acorda, pela manhã, você acha que a nossa preocupação é com o primeiro ou o segundo Mundo?
- Com certeza, todos acordamos obcecados pelas coisas Irrealizadas.
Perfeito. Estamos preocupados com a tarefa que ainda não foi concluída, a conta que ainda não foi paga, o projeto que ainda não saiu do papel...
- Estou ouvindo.
- Todos temos a tarefa da Realização, que, como o nome já diz, consiste em trazer para o Real as coisas que estão apenas no mundo das idéias.
- Fale um pouco mais sobre isso.
- Imagine que você vem ao mundo com uma série de potencialidades, inscritas na sua mente e nos seus genes. Como um gigantesco baralho, e que você recebesse uma certa quantidade de cartas. A sua tarefa é desenvolver o melhor jogo possível com as cartas que você tem, de preferência sem deixar o jogo parar.
- Idéia interessante, essa.
- Obrigado. Quando você joga bem com as suas cartas, vai conseguindo comprar outras melhores, até ficar com o melhor jogo possível nas mãos, correto?
- Corretíssimo.
- Todo mundo que vem a este planeta tem essa tarefa: jogar da melhor forma possível, com o tempo e com as cartas que temos à nossa disposição. Com esforço, com perseverança, vamos transformando um jogo ruim em um jogo bom.
- Se tivermos a Mente Grande.
  - Agora você chegou ao ponto. A Mente Pequena tem sempre as melhores desculpas para tudo: o outro tem um pai mais rico, a outra é mais bonita, eu ganhei as cartas piores, meu jogo é impossível de melhorar! Coitado de me Euzinho, ele está sempre sendo prejudicado por algo ou por alguém. Eu sempre sou vítima das circunstâncias! E assim por diante...
- A Mente Pequena não quer jogar.
- Pior do que isso, a Mente Pequena Não Deixa jogar. Quem só quer vencer o tempo todo, acaba estragando o jogo. A Mente Pequena pretende controlar o jogo. Um jogo controlado não é um jogo.
- É uma farsa.
- É uma farsa, exatamente... A Mente Pequena não deixa o jogo ir para frente, ou quer ficar grudada em alguém que a carregue em frente, sem precisar jogar o jogo.
- Espere um pouquinho. É por isso que a Mente Pequena tem excesso de intencionalidade?
- (Pensativo) Acho que agora estou entendendo a relação que você está querendo estabelecer. É isso mesmo, meu bem. A Mente Pequena tem uma intenção só, que é ganhar. Os verdadeiros campeões querem muito mais do que ganhar.
- O senhor pode dar um exemplo mais concreto?
- Claro que posso. O Brasil estava jogando a fase classificatória da Liga Mundial de Vôlei. Já estava em primeiro lugar na chave, o último jogo era contra uma seleção mais fraca, que já estava desclassificada. No primeiro set, o time entrou relaxado e perdeu. O técnico Bernardinho deu uma tremenda bronca nos caras, eles jogaram sério e ganharam os outros três sets sem problemas. Tudo tranqüilo. Certo?
- Certo.
- Errado (Risos). Completamente errado. Toda a crônica presente apressou-se em afirmar que a queda de concentração tinha sido natural, o jogo não tinha tanto valor em termos de classificação e o time, afinal de contas, tinha se acertado bem dentro da quadra. Só uma pessoa discordava dessa visão.
- Quem?
- O Bernardinho. Ele estava puto da vida no final do jogo, se me perdoa a expressão forte.
- Por que ele estava puto da vida?
- Porque ele queria muito mais do que a vitória. Ele vociferou que o time estava com a cabeça em outro lugar, já pensava na próxima fase, aquilo estava errado, muito errado! O time precisava encerrar muito bem essa fase para poder se preparar para a outra. Ele queria muito mais do que a classificação.
- O que ele queria?
- Ele queria um time concentrado no Aqui-Agora! Jogando qualquer ponto como se fosse o último, sem relaxar antes da hora. Ele queria um time de campeões em todos os lugares, em todas as situações. Ele queria um time com fome de continuar o jogo, com fome de jogar o jogo ponto a ponto. Não um time só preocupado com o regulamento.
- É verdade.
- Quando chegou à final, houve um momento que foi o mais dramático de todos.
- Qual?
- Estava dois sets a um para o adversário. Ele abriram cinco pontos no quarto set. Tudo parecia perdido. Se a cabeça dos jogadores pensasse: eu preciso tirar esses cinco pontos de vantagem, depois preciso ganhar o Tie Break e só aí vou ser campeão...Isso não desanima qualquer um?
- Sim.
- Qual era o roteiro de um time normal? Dar um último gás, disputar bem o último set e rumar para uma derrota honrosa, que naquele momento parecia inevitável, não é?
- Esse seria o comportamento de um time com Mente Pequena.
- Exato.
- Mas não foi assim que o time pensou.
- Não. De jeito nenhum. O time disputou cada ponto como se fosse o último. O time não jogou para vencer: Jogou para não deixar o jogo terminar.
- A vitória foi apenas a conseqüência dessa Mente Grande.
- Perfeito! Agora você pegou mesmo o espírito da coisa! A vitória é Sempre uma Conseqüência para a Mente Grande. Primeiro você joga, imerso no Aqui-Agora. Depois a Vitória vem, como uma Conseqüência. Sabe o que isso significa?
- Não.
- Que a Vitória pode sempre ser almejada, nunca planejada.
- Mas o Bernardinho é justamente conhecido por planejar absolutamente tudo.
- Ele pode planejar absolutamente tudo. Menos a Vitória. A Vitória é a posteriori. A priori é a Mente Grande do vencedor, que quer gozar o Jogo minuto a minuto, não só o último ponto. Aliás, teve um detalhe que pouca gente notou.
- Qual?
- Quando o time ganhou o último ponto, todo mundo ficou parado, olhando para o juiz, meio incrédulo daquele jogo maravilhoso finalmente ter acabado.
- É mesmo? Eu não notei isso não.
- Pois é. Sabe quem foi o primeiro que saiu pulando feito uma perereca comemorando a Grande Vitória?
- Não.
- Foi o Bernardinho. Só quando os jogadores viram o chefe pulando para dentro da quadra perceberam que eram Os Campeões. Era como se eles tivessem esquecido que a coisa versava sobre ser ou não ser campeão. E estavam preparados para jogar até o fim dos tempos, para não deixar o jogo acabar.
Fiquei um pouco em silêncio, saboreando aquela imagem linda. Ele bateu em meus ombros.
- Hoje você entendeu bem a nossa conversa, não foi?
- E quero entender cada vez mais, cada vez melhor.
Rimos gostosamente.
- Na próxima conversa, eu vou querer saber mais sobre o Mundo do Realizado e do Irrealizado, OK?
- Claro. O que você disser. Saí de lá pensando em jogos e disputas. Como a própria Vida. Um trecho de uma música do Lobão me ocorreu: "Vida louca, vida/ Vida imensa"...
Foi a última coisa que eu pensei antes de pegar o elevador.
Vida imensa. 
Dr. Sandro está no Livro
Stress o Coelho de Alice tem sempre muita pressa,
de autoria do Dr Marco Spinelli.