segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Educação escolar é um bem público ou privado?


Para começar nossa reflexão, fica a pergunta: a quem estamos dispostos a entregar a responsabilidade do ensino das nossas crianças e jovens?

É importante nos situarmos em relação ao diagnóstico realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que divulgou em 2016, um ranking mundial de qualidade de educação. Entre os 76 países avaliados, o Brasil ocupa a 60ª posição. A tragédia deste diagnóstico só encontra paralelo nos escândalos de corrupção da atividade política financeira do Estado brasileiro.

Como continuar entregado para o Estado a responsabilidade pelo ensino de nossos filhos? Eles já estão inseridos num mercado globalizado e competitivo, que exige um novo currículo dinâmico e diferente dos adotados pelas as escolas públicas, que continuam com grades curricular do século passado, repetidos como um mantra por professores que com raras exceções, são de formação ideológica contrária à do mercado, aliciados por uma ideologia utópico socialista, de um Estado que deve a tudo prover, sem que a origem dos recursos para a gastança fique identificada.

Para muitos a manipulação ideológica de crianças ainda não é vista como um crime, mesmo estando a educação, que consta na Constituição Federal como um direito fundamental, para formar livres pensadores, preparados para vida, com direito a empregabilidade, a possibilidade de estruturar o caráter com ética e a de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e fraterna num país em desenvolvimento social e econômico.


Neste contexto, existe um abismo a ser planado, entre a educação que nossas crianças deveriam receber e a que estão recebendo. Os vícios públicos em não prover demandas básicas, vão continuar abrindo portas e janelas para o mercado empreendedor realizar pontes de qualidade e competitividade que o Estado Brasileiro necessita, e que sua equipe gerencial ainda não percebe a importância de não atrapalhar, já que não consegue prover.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Logística Reversa e o Arco Iris


A logística tem por finalidade agregar valor ao processo operacional da organização como um todo, na medida que consegue incorporar elementos para a competitividade, principalmente em relação a custo, que afeta diretamente o resultado financeiro da empresa.

Sob o ponto de vista dos consumidores, o que mais agrada, ao adquirir produtos ou contratar serviços, além de não ter problema nenhum, é saber que estão consumido produtos que atendem a legislação e contribuem com o meio ambiente.

Contudo, reduzir custos e agradar o cliente ainda não gera para quem paga a conta a percepção de “Valor Agregado”. O Cliente hoje em dia procura o “algo a mais”, que extrapola os conceitos de “Venda”, “Pós-Venda” e “Produção Limpa”. A preocupação agora é com o descarte do produto ou embalagem do pós-consumo no meio ambiente de forma correta.

No Brasil, a Lei 12.305/2010 exige dos importadores, indústria, distribuidores, comércio, prestadores de serviço e do cidadão, de forma solidária, o caminho reverso dos produtos do pós-consumo, com descarte em Ponto de Coleta certificado, preparado para receber e dar o destino correto aos resíduos possíveis de serem reciclados.

Uma grande oportunidade foi criada para a área de logística, que passam a ter como nova atribuição, a “Gestão de Resíduos” e os “Inventários” exigidos pela legislação vigente, de forma transparente, e possível de auditoria, para que se possa com isso aferir a “Certificação de Ecoeficiência”, um novo rótulo ambiental, que deverá “Gerar de Valor” para o Cliente.

No mercado já é possível de se encontrar iniciativas inovadoras, a exemplo da empresa SPONGE (www.sponge.eco.br), que disponibiliza para muitos segmentos do mercado, uma plataforma web de Gestão de Resíduos e Certificação de Ecoeficiência de forma gratuita. Neste ambiente, todas as informações ficam disponíveis para o poder público fiscalizar, o que torna o cumprimento da lei transparente para todas as partes envolvidas.

A necessidade da logística reversa é uma nova exigência da sociedade, e o resultado para as organizações que estão incorporando esta nova prática,  representa  um “Pote de Ouro” na outra ponta do Arco Iris para o pós-consumo dos produtos comercializados.

Um convite para fazer o mundo um lugar melhor.



sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Um Problema de Consciência para os atos voluntários


O problema do lixo nas cidades decorre de um simples ato voluntário de dar o destino adequado para os resíduos gerados.
Como transformar um ato que transforma resíduo em lixo, em um ato que promova a reciclagem?
A única resposta é que passe a existir no cérebro das pessoas um mecanismo que cause esse ato voluntário. Esse mecanismo é a Vontade que surge pelo desejo impresso de quem ganha uma nova consciência, pela iluminação que o conhecimento proporciona para quem tem contato com as regras do mundo natural.
O desafio que se impõe reside em última análise, apenas na tomada de consciência. Pessoas conscientes sabem o que precisa ser feito, sem que regras precisem ser impressas.


Razão versus fé, uma dialética da idade média


Novo texto do Prof. Galopim de Carvalho pubicado no blog Rerun Natura: 

 Situada entre aproximadamente os séculos V e XV, a Idade Média foi um tempo de alastramento do cristianismo e da vida cultural na Europa ocidental, sobretudo através do surgimento de mosteiros da Ordem dos Beneditinos. Seguidores de São Bento de Núrcia (480-547), os monges desta comunidade cristã, iniciadores do movimento monacal, foram os herdeiros da cultura latina e os depositários do essencial do saber do mundo antigo. Estão entre eles os criadores do enciclopedismo, com destaque para Santo Isidoro de Sevilha (570-636) que nos deixou “Etymologiae sive origines”, publicado oito séculos depois, em 1483. Durante este período, o estudo e o ensino transitaram dos mosteiros e conventos para as chamadas escolas catedrais, criadas por toda a Europa, estas que, por seu turno, foram os embriões das universidades nos centros urbanos mais importantes (Salermo, Bolonha, Paris, Oxford, Montpelier, Arezzo, Salamanca, Pádua, Orleães, Roma, Siena, Lisboa, entre muitas outras), privilegiando o ensino de disciplinas como teologia, gramática, retórica, dialéctica (lógica), aritmética, geometria, astronomia, direito, medicina e música. 

 Com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, parte importante do conhecimento produzido e ensinado na Antiguidade sobreviveu graças às traduções que eruditos árabes e judeus fizeram das obras clássicas. Tal permitiu que a alquimia dos chineses, babilónios e egípcios e a filosofia dos gregos reaparecessem na Europa medieval. Foi o tempo da escolástica (do grego scolastikós, instruído), o método de pensamento dominante no ensino nas universidades medievais europeias. Entendida como uma via de harmonização da fé com a razão, a escolástica procurou conduzir o racionalismo e o empirismo filosófico de Aristóteles no interesse da teologia ou, numa outra versão, conciliar o pensamento do Filósofo com a doutrina da Igreja. As obras então publicadas nos campos da filosofia e da teologia revelam a redescoberta das ideias de Aristóteles como correntes do pensamento que conduziram à introdução da lógica no discurso, constituindo uma via interessada em abordar, de forma sistémica, a razão e a verdade da Fé. Na evolução do pensamento científico é necessário recordar o grande filósofo de origem árabe, Abu al-Walid Ibn Munhammad Ibn Ruchd (1126-1198), mais conhecido por Averróis (distorção latina do seu cognome árabe). Nascido em Córdova, na vizinha Espanha, então território muçulmano, é tido como o mais afamado pensador islâmico da Idade Média, viveu muito à frente do seu tempo, abrindo o caminho para o Renascimento e influenciando, significativamente, a filosofia europeia. Intelectual de grande eclectismo, Averróis foi médico, astrónomo, jurista e teólogo. Estudioso do direito canónico muçulmano, foi um dos maiores conhecedores e comentadores do pensamento de Aristóteles, tendo ficado conhecido na história da filosofia pelo cognome de “O Comentador”. Ao afirmar que, “com excepção do sobrenatural, o pensamento se deve sujeitar à força da razão”, este muçulmano ibérico, contemporâneo do nosso rei Afonso Henriques, Teve grande e decisiva influência na evolução da ciência, em geral. Seguidor do aristotelismo, na tradição árabe de recuperação da filosofia grega, Averróis soube fundi-lo com uma parcela de platonismo. Assim, afirmava que, “a par da verdade óbvia do dia-a-dia, observável e aceite pelo povo, e da verdade mística da Fé, defendida e propalada pelos teólogos, há a verdade científica, fruto da razão, podendo estar em desacordo umas com as outras”.

Num tempo em que a teologia dominava sobre a filosofia natural (ciências naturais), as suas ideias alastraram entre a comunidade de estudiosos cristãos da Universidade de Paris, criando uma corrente de pensamento científico puro e independente das crenças religiosas, oposto à envelhecida tese de Santo Agostinho (354-430), segundo a qual havia uma única verdade, a dos santos evangelhos. Para Averróis, uma dada afirmação pode ser filosoficamente (cientificamente) verdadeira e teologicamente falsa e vice-versa. Embora não tenha abordado temas directamente relacionados com as ciências da Terra, a intensa defesa que fez do pensamento científico e da sua independência relativamente aos dogmas da Igreja, deu sustentáculo ao avanço, tantas vezes difícil, levado a cabo, primeiro, por naturalistas e, mais tarde, por geólogos.

A Andaluzia era, então, um dos mais notáveis centros de sabedoria da humanidade. Muitos dos textos dos filósofos gregos salvos das bibliotecas de então foram aqui traduzidos, dando lugar um movimento intelectual notável que acabou por ser aniquilado pela reconquista cristã. Uma tal hegemonia intelectual determinou que, durante os últimos quatro séculos da Idade Média, o árabe foi a língua dominante na ciência embrionária no espaço europeu. Durante parte da sua vida, Averróis contou com a protecção dos califas locais, até que foi desterrado por Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur que, na mesma linha das hierarquias do catolicismo, considerou as suas opiniões desrespeitadoras e em desacordo com o Corão. Muito da sua obra acabou também por ser condenada pela Igreja Católica. Tomás de Aquino (1225-1274), que foi um seguidor de Aristóteles e de Averróis, opôs-se, no entanto ao naturalismo exclusivamente racional deste filósofo muçulmano. 

Visto como o mais ilustre professor da Faculdade de Teologia da Universidade de Paris, o filósofo e alquimista dominicano alemão Albrecht von Bollstädt (1206-1280), o Doctor Universalis, é conhecido entre nós por Alberto, o Grande ou Alberto Magno e, também, por Maître Aubert, ou simplesmente Maubert. Lembrado como o maior filósofo e teólogo cristão da Idade Média, Alberto Magno foi também figura de grande prestígio no mundo da ciência do seu tempo, em domínios mais tarde incluídos na química e na mineralogia, que realizou na sua qualidade de alquimista. Após concluir os seus estudos em Pádua e em Paris, Alberto optou pela vida religiosa, ingressando na Ordem de São Domingos, em 1223, tendo chegado à dignidade de Bispo de Regensburgo (Ratisbona).

Tendo estudado o pensamento de Aristóteles e de Averróis, produziu uma das mais importantes sínteses da cultura medieval e defendeu a coexistência pacífica da ciência e da religião, tendo sido o primeiro a aplicar as ideias do fundador do Liceu de Atenas no pensamento cristão. Mas não se limitou a repetir a obra do “Estagirita” (Aristóteles nasceu em Estagira, antiga cidade da Macedónia, na Grécia). Procurou recriá-la com a sua própria experiência e as suas observações. No propósito de subordinar o aristotelismo à fé cristã, o Papa Gregório IX incumbiu Alberto Magno dessa árdua tarefa. Em resultado do seu trabalho, a física e a metafísica, a lógica, a ética, a psicologia e a política de Aristóteles passaram a fazer parte da escolástica. 

Do outro lado do Canal, o franciscano Roger Bacon (1214-1294), filósofo e alquimista inglês, considerado o mais importante cientista da Idade Média, foi pioneiro na estruturação empirismo, termo aqui usado no sentido de método experimental, como forma de validação do conhecimento científico. O seu papel nas ciências da Terra decorre da sua visão sobre a ciência, em geral. O seu nome ficou ainda ligado à matemática (trabalhou na correcção do Calendário Juliano) e, principalmente, à óptica. Estudou em Oxford, tendo sido professor nesta Universidade, bem como na de Paris. Bacon viveu um período onde o influxo de textos dos filósofos gregos revolucionava a vida intelectual do ocidente europeu. Bastante influenciado por eles, foi um dos principais europeus do seu tempo a ensinar a filosofia de Aristóteles. Colocando ênfase considerável sobre os procedimentos empíricos ou experimentais, lutou contra as chamadas ideias inatas. Face a esta sua acção inovadora, ficou na história com o título de Doctor Mirabilis (Doutor Admirável, em latim). Propondo novas metodologias de investigação científica, colocou em causa os métodos de ensino praticados por franciscanos e dominicanos, o que o tornou impopular perante as autoridades eclesiásticas. Consciente de que a escolástica fora concebida como uma via para conciliar a razão com a fé, não deixou de salientar as virtudes desta disciplina medieval, mas apontou-lhe os vícios, em especial os que misturavam os dogmas da Igreja com a ciência, defendendo a separação entre a teologia e o saber científico, numa atitude coincidente com a de Averróis e de outros comentadores árabes de Aristóteles. Esta atitude de Bacon germinou mesmo no seio da Igreja e teve aí seguidores afirmando que a teologia não era uma ciência, uma vez que as suas deduções não assentam em dados concretos, observáveis e experimentáveis, mas em premissas sustentadas e, tantas vezes, impostas pela Fé. Na medida desta nova atitude perante o conhecimento científico, as ideias sobre a origem, a história e a natureza da Terra começam a apontar o caminho que as afastou das crenças ancestrais e as conduziu às preocupações, em primeiro lugar, dos naturalistas e, mais tarde, dos geólogos. Deve-se a Bacon a criação e divulgação do conceito de "leis da natureza", facto importante num período em que estavam ocorrendo modificações no pensamento filosófico, em geral, e na filosofia natural (história naturalRazã), em particular.

Restrições censórias e perseguições movidas pela Ordem Franciscana que, em 1272, proibiu a divulgação dos seus livros, afectaram uma parte importante da sua criatividade intelectual. Esta sua dissidência face à hierarquia e a sua actividade nas práticas alquímicas (entre outras, descobriu a combinação perfeita da pólvora) levaram-no à prisão por mais de uma década.

Contemporâneo de Bacon, o dominicano italiano Tomás de Aquino, distinto aluno de Alberto Magno e autor da influente obra Summa Theologica, ficou na história da filosofia e da teologia com o título de Doctor Communis ou Doctor Angelicus. Considerado um dos principais expoentes da escolástica, foi o criador do Tomismo, a doutrina adoptada oficialmente pela Igreja Católica que, sem deixar de valorizar o pensamento de Platão e o misticismo de Santo Agostinho, visou, sobretudo, integrar a filosofia aristotélica nos textos bíblicos, criando uma espécie de teologia científica.

Na Península Ibérica, ao tempo do rei de Castela e Leão, Afonso X (1221-1284), lembrado como o Sábio ou o Astrólogo, a corte deste monarca foi uma autêntica academia científica no espaço mediterrâneo, tendo marcado um período excepcional no culto da sabedoria, conhecido por “Renascença do século XIII”. Judeus, árabes e cristãos conviveram nesta corte em absoluta harmonia e respeito pela cultura e pela ciência. Este que também foi o imperador eleito do Sacro Império Romano-Germânico (mas que não exerceu esse cargo) realizou a primeira reforma ortográfica do castelhano, língua que adoptou oficialmente, em substituição do latim. 

Não irmanado com qualquer ordem religiosa, ao invés da grande maioria dos intelectuais da Idade Média ligados quer aos franciscanos, como Bacon, quer aos dominicanos, como Tomás de Aquino, o francês Jean Buridan (c.1300-1360), Reitor da Universidade de Paris, foi um clérigo e filósofo liberto das amarras impostas pela religião o que lhe permitiu o avanço em domínios da ciência que marcaram a sua obra. Como professor na mesma Universidade ao longo de uma vida, ensinou e escreveu sobre lógica, metafísica, ética, filosofia natural (história natural), numa metodologia e numa prática entendidas como seculares, isto é, distintas da teologia. Considerado o filósofo francês mais influente, no século XIV e nos dois ou três que se lhe seguiram, desenvolveu o conceito físico de impulso, dando, assim, o primeiro passo no sentido do moderno conceito de inércia, inexistente no pensamento de Aristóteles. Alvo de uma campanha encorajada por Roma e concretizada por partidários do franciscano e escolástico inglês, William Ockham (1285-1347), a obra escrita de Buridan foi proibida pela Igreja Católica e colocada no famigerado Index Librorum Prohibitorum, promulgado pelo Papa Paulo IV, em 1559, com uma versão revista e autorizada pelo Concílio de Trento, em 1563. 

 GALOPIM DE CARVALHO

Na imagem: Santo Agostinho

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Símbolos e seus significados nas organizações


Os símbolos podem ser construídos ou para os já existentes, dado um novo significado. No segundo caso, vai sempre existir uma uma mensagem original, gravada na imagem, que poderá ser interpretada por aqueles que sabem fazer a leitura correta do símbolo, o que não impede que cada um de nós interprete o símbolo como lhe aprouver.

A Cruz, símbolo sagrado do cristianismo, é encontrada nos antigos monumentos de Toth ou Ptá, Deus egípcio, que carregava em suas mãos uma cruz ansata, ou ankh, com um significado diferente do utilizado pelos cristãos.

Sobre a Cruz está a inscrição "INRI", para o Cristão significa, Iesus Nazarenus Rex Iudeorum (Jesus de Nazaré Rei dos Judeus). Para os sábios da antiguidade a expressão guardava um dos maiores segredos da Natureza, o da regeneração universal, Igne Natura Renovatur Integra (a Natureza Inteira Renovada pelo fogo). Para os alquimistas era Igne Nitrum Roris Inventur (...).

O Monograma de Cristo, figura acima, foi adotado pelos cristãos, quando Constantino incorporou como sinal, a letra P(rô)+X(chi), que figurava no bastão de Osíris e no seu monograma (Museu Pio Cristiano, Vaticano, sem data).

O termo "símbolo" indica um sinal concreto ou uma figura que, na intenção do autor, remete a uma ideia ou realidade. A organização que adota um símbolo, deve divulgar através deste, uma mensagem ou ideia para o seu público alvo.

Qual a mensagem do símbolo da organização que você pertence?

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Um desafio racional para os novos Prefeitos



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou no dia 12/09/2016, em sua página web, a estimativa da polução brasileira, na qual aponta que o Brasil tem 206.553.592 habitantes.

Considerando que cada brasileiro produziu em média 1,062 kg de resíduos sólidos por dia ou 387,63 kg de lixo per capita, ano. Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2014, da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), podemos inferir na forma da tabela abaixo que neste ano de 2016 serão gerados 80.066.368.867 kg de lixo domiciliar, não estando contabilizados os resíduos de atividades industriais, comerciais e de prestadores de serviço, bem como o s resíduos do saneamento básico.


Embora as iniciativas de coleta seletiva tenham aumentado nos municípios brasileiros em 2010, esse número era de 57,6%, passando em 2014 para 65%, este incremento não tem refletido em um aumento dos índices de reciclagem, que permanecem próximos da estagnação desde 2009. Os índices de reciclagem disponível para alumínio e papel diminuíram entre 2009 e 2012 – último ano que teve os dados divulgados pela indústria – e aumentaram ligeiramente em relação ao plástico.

Em 2014, 1.559 municípios brasileiros ainda tinham lixões, o que mostra ainda que houve pouca evolução quanto à eliminação de lixões, forma irregular de descarte de lixo. Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa direta com 400 municípios que ao todo, possuem 91.764.305 habitantes.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes a 2012, apontam que só 3,1% do lixo gerado no país foi destinado à coleta seletiva e que 1,5% dos resíduos domiciliares e públicos foram recuperados.

Os dados publicados em reportagem da revista Veja de dezembro de 2010, apontam que apenas 15% do lixo domiciliar deveria ir para aterros sanitários. Em Florianópolis/SC, o município paga R$ 168 reais por tonelada destinada ao aterro sanitário.

Atribuindo um valor médio para os demais resíduos recicláveis que correspondem a 32%, do volume produzido, conforme detalhado na tabela acima, existe uma possibilidade para os gestores municipais de gerar uma receita adicional  decorrente da comercialização de recicláveis na ordem de R$ 29,6 milhões de reais, e uma economia decorrente do não envio destes recicláveis para o aterro sanitário no valor de R$ 7 milhões de reais. Este valor somado a possibilidade de receita representa R$ 36,6 milhões de reais/ano ou R$ 146,4 milhões de reais de recursos adicionais para a nova administração do município durante os 4 anos de mandato.

Buscar dinheiro nas ruas, e criar a economia circular do Lixo Zero, passa a ser uma nova obrigação relacionada a gestão de sustentabilidade e responsabilidade social, imposta para os novos prefeitos do pais, decorrente da lei 12.305/2010, vigente em todo o país desde 2014.


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Lixo Zero: como aplicar este conceito ao seu negócio



O Lixo Zero surgem como uma filosofia baseada no planejamento e gestão, com ênfase na prevenção à geração dos resíduos, de forma que todos os recursos possam ser reutilizados. De acordo com a definição proposta pela Zero Waste International Alliance, o conceito Lixo Zero representa um objetivo ético, econômico, pedagógico, eficiente e visionário focado na orientação da sociedade para a mudança do estilo de vida e para práticas que incentivem a sustentabilidade, em que todos os materiais são encaminhados e reinseridos na cadeia produtiva.

O conceito Lixo Zero contribui para o desenvolvimento de novos modelos que sejam mais compatíveis com as necessidades do planeta, incentivando o desenvolvimento de uma economia circular, na qual os produtos são criados para serem reintegrados à cadeia produtiva após o fim do seu uso, reduzindo a extração de recursos. Consiste no máximo reaproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução, ou mesmo o fim, do encaminhamento para aterros e incineradores.

Como a Gestão de Resíduos Sponge aplica o conceito Lixo Zero?


Resíduos que são destinados corretamente podem ser transformados em novos materiais, com valor de mercado, e que podem ser reaproveitados em outros processos produtivos. Muito mais do que reciclagem, o conceito Lixo Zero incide sobre a reestruturação dos sistemas de produção, distribuição e consumo visando reduzir, ou eliminar, desperdícios, e gerar valor para os mesmos pelo reuso, reaproveitamento em processos produtivos ou simples comercialização para intermediários.

Como sair da teoria para a prática? Ações concretas já!


domingo, 18 de setembro de 2016

A SPONGE facilita o cumprimento da Agenda ONU 2017 – 2030, para os novos Prefeitos


Na plataforma SPONGE (www.sponge.eco.br) a Gestão de Resíduos e as informações relevantes para que pessoas e organizações adotem um novo estilo de vida fazem parte dos valores da empresa.

A SPONGE possui suas soluções alinhadas com a Agenda da ONU, que fixou 17 objetivos para 2030, que visam promover o desenvolvimento sustentável no Planeta, e especial o Objetivo 12, que trata de como assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Podemos auxiliar os novos Prefeitos a mudar a realidade de seus municípios, no tocante a geração de conhecimento de onde estão localizados os Pontos de Coleta e os tipos de resíduos que são produzidos em quantidade e destinos dado para os mesmos, tanto em relação a reciclagem ou de aterro sanitário.

Ao fixar a meta para 2030 de redução na geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso, através de incentivos as empresas deverão adotar práticas sustentáveis e integrar informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios.

A ONU compartilha com a iniciativa privada a responsabilidade pelo resultado do objetivo, no tocante as questões relacionadas a Logística Reversa e Gestão de Resíduos demonstradas em Relatórios em forma de Inventários, já previsto em nossa Lei 12.305/2010, porém ainda não cobrada pelo poder público, o que na prática é uma oportunidade para os gestores dos municípios, na medida em que a ação a ser realizada passa a ser de fácil operacionalização.
A contrapartida é que a administração pública deverá promover práticas de compras públicas sustentáveis, de acordo com as políticas e prioridades nacionais, e garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação relevante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza.

Neste processo colaborativo em rede de sustentabilidade, a SPONGE poderá alavancar resultados expressivos para o Poder Público e para as Empresas, com redução de custos, ganhos de imagem através de certificação de Ecoeficiência e demonstrações auditáveis de geração e destino dos resíduos gerados, nas residências, estabelecimentos comerciais, industriais e estruturas de Governo.

Conhecendo o Crowdfunding de Sustentabilidade SPONGE


A ONG ou Cooperativa de Catadores de resíduos que pretende alavancar seus negócios possuí na plataforma da SPONGE (www.sponge.eco.br), um ambiente de acesso restrito para realizar a Gestão da entrada e saída por tipo dos resíduos movimentadas no dia, permitindo a rastreabilidade e a informação compartilhada sobre sua participação no mercado municipal, estadual e nacional.

O financiamento no Crowdfunding SPONGE é realizado 100% no momento do cadastro, onde a mensalidade é suportada pelos investidores do Portal que buscam criar uma Rede de Sustentabilidade, com vantagens mútuas para a busca de resultados ambientais.

As informações produzidas na plataforma serão utilizadas para gerar conhecimento para empresas que possuem em seu processo produtivo a utilização de resíduos recicláveis, que na nova economia circular, irão gerar para as ONGs e Cooperativa de catadores, valores adicionais aos resíduos recolhidos, tendo como resultado direto o incremento da renda destas e um novo olhar para os novos Agentes Ambientais (antigos catadores de lixo).


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Uma nova competência associada a Sustentabilidade




A Gestão de Competências deve ser compreendida como um processo contínuo e deve estar alinhada com as estratégias organizacionais. Neste sentido, da mesma forma que as organizações devem externar sua preocupação com a sustentabilidade, as pessoas que as integram precisam estar alinhadas a essa nova exigência.
É importante compreender que as competências humanas são entendidas como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que, contando com o devido suporte organizacional, são colocadas em práticas nas situações de trabalho, produzindo resultados que agregam valor à organização e ao indivíduo.
As competências requeridas interferem diretamente no Clima Organizacional.
Assim, se o mercado está exigindo das organizações este novo comprometimento, as ações relacionadas à sustentabilidade precisam ser demonstradas, e o primeiro passo a ser dado é a Gestão de Resíduos (www.sponge.eco.br), resultante da  atividade empresarial, social ou particular dentro de nossas residências.
Não basta apenas estar alinhado a ideia de sustentabilidade.... ela precisa ser demonstrada.



terça-feira, 30 de agosto de 2016

A Economia Gerada pela Sustentabilidade


Estamos vivendo um novo mundo, onde empresas, pessoas e o planeta prosperam juntas. Não é mais possível identificar tudo como sendo de responsabilidade do Estado. A humanidade vem exigindo uma nova forma de se expressar em relação ao meio ambiente, buscando resgatar um equilíbrio através de ações que produzam resultados efetivos nas cidades onde moram.

Uma ação inovadora foi desenvolvida em Florianópolis/SC, pela startup SPONGE (www.sponge.eco.br), que disponibiliza de forma gratuita para Cooperativas de Catadores e ONGs as mesmas ferramentas de Gestão e Resíduos disponibilizada para Condomínios e Empresas mediante adesão. 

O conceito usado pela SPONGE de criar uma rede de sustentabilidade ambiental, pela Gestão de Resíduos, impõe para essa comunidade que toda a entrada e saída de resíduos seja informada, para que o monitoramento através de inventários permitam uma rastreabilidade da origem ao destino dos mesmos.

O acesso aos dados de desempenho a que se refere Gary Hamel é um ponto nevrálgico  e essencial a para a construção da confiança e, sobretudo, para que a Rede de Sustentabilidade atinja seus resultados demonstráveis para a sociedade.

O ambiente web liberado pela SPONGE para ONGs e Cooperativas de Catadores é um primeiro passo para que os agentes ambientais (atuais catadores de lixo), empresas e pessoas, possam demonstrar o esforço de seu trabalho de sustentabilidade, e os resultados ambientais produzidos, que ao serem percebidos pela sociedade como um todo, certamente, irá adotar novos fluxos para o descarte e conceitos adequados para o consumo,

War is over
If ou want it
War is over   "Happy Xmas (War Is Over), Jon Lennon

A Guerra acabará,
Se você quiser
A guerra acabará Agora

Isto vale também em relação ao meio ambiente. Comece a fazer a coisa certa. Comece a fazer a sua Gestão de Resíduos.



quarta-feira, 25 de maio de 2016

Otimismo e Criatividade para mudar o Brasil

Estudos indicam que 80% da população adota um viés otimista para a própria vida e para o mundo. O que motiva o otimista é a sensação de que detêm o controle de sua vida, e que através de seu empenho pode controlar o futuro que sua mente criou.

A visão otimista criada vai levar você a uma experiência pessoal positiva ou negativa, onde é comum diante de uma experiência negativa, as pessoas terem  uma nova visão otimista. Porém é importante perceber que tanto o otimismo excessivo quanto o pessimismo criam miragens que distorcem o que está se buscando, e estas miragens são as principais armadilhas que tiram o foco do resultado desejado para o futuro.

Assim .... é importante compreender que a criatividade nasce da diversidade. Então é possível identificar que existe um elo de ligação entre criatividade e o otimismo, na medida em que a inovação decorre do pensamento criativo, e que este pensamento criativo decorre do processo mental de inquietação com a homogeneidade ou da perspectiva da manutenção do status quo.

Este processo de pensar inquieto, abriu um novo caminho de prosperidade presente em Singapura, Hong Kong, Coréia do Sul, Finlândia e China, que percorrem um novo caminho para o processo educacional, que deixou a homogeneização e testes do ensino tradicional na prateleira de um passado recente.

No mundo corporativo o Site Airbnb e o aplicativo Uber abrem uma nova fronteira para a economia compartilhada. Em dezembro de 2015 a empresa Magic Leap apresenta uma revolução no mundo da holografia, ao fazer uma baleia Jubarte saltar no meio de uma quadra de basquete, espirrando água digitalizada para todos os lados, sem que a plateia tenha usado óculos especiais.


Estes exemplos mostram que o mundo real está sendo transformado. As oportunidades estão presentes para a construção de um novo mundo, que exige apenas uma posição de otimismo, mente criativa e empenho no trabalho inovador.


domingo, 22 de maio de 2016

Direito da Aposentadoria em vida


Quanto tempo resta de vida, para se negociar, uma nova data de Aposentadoria.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 1980 a esperança de vidadas mulheres era de 65,75 anos e em 2009 passou para 77,01 anos. Os homens viram sua expectativa de vida avançar de 59,66 anos para 69,42 anos no mesmo período.
A diferença causa, atualmente, excedente de 4 milhões de mulheres no país. As projeções do instituto apontam para 14 milhões de mulheres a mais em 2050. Nascem mais homens que mulheres, mas, a partir do nascimento, os homens começam a morrer mais rapidamente. O homem tem maior fragilidade no sistema pulmonar ao nascer. Pensa-se que a criança do sexo feminino é mais frágil, mas, na verdade, é o contrário.
Elevar a aposentadoria do Homem de 60 anos para 65 anos de idade, é uma medida que em nada acrescenta para a melhoria de um processo de aposentadoria que está construído de forma equivocada. Aumentar para 65 anos a idade de aposentadoria do homem, é retirar 5 anos de vida em família de seus 9,42 de vida (média) que lhe resta.
Para reflexão: A Responsabilidade Social para com o Aposentado

O trabalho sempre foi o elemento indutor de nosso avanço enquanto sociedade. No Código de Manu há normas sobre a empresa, na forma rudimentar com que ela se havia constituído. Os historiadores da Antiguidade aludem às organizações de classes dos Hindus, dos Árias, dos Egípcios, onde toda a preocupação parecia reduzir-se à organização social das classes, entre estas a dos trabalhadores, para conservá-los no círculo do seu destino.
No Direito Romano partiu da figura do arrendamento de coisa para aplicá-la, como obrigação de fazer, às duas formas usuais de contratação do trabalhador livre: a) para a execução de determinada obra, com pagamento mediante um resultado (trabalhador autônomo) e; b) para a prestação de serviços em favor do contratante, ou cessão do próprio trabalho, como objeto do contrato (contratado ou subordinado).
Na França a Revolução varreu os últimos vestígios da servidão, e encontramos as denominadas corporações de ofício ou Associações de Artes e Misteres, em que existiam três espécies de trabalhadores: os mestres, os companheiros e os aprendizes. No entanto, no início das corporações de ofício, só existiam dois graus: mestres e aprendizes. Os mestres eram os proprietários das oficinas, que já tinham passado pela prova da obra-mestra. Os companheiros eram trabalhadores que percebiam salários dos mestres. Os aprendizes eram menores que recebiam dos mestres o ensino metódico do ofício ou profissão.
A Constituição brasileira de 1824, em seu artigo 179, inciso XXV, aboliu as Corporações de Ofício para que houvesse liberdade do exercício de ofícios e profissões.
 A Revolução Industrial expressa-se no processo de transformação da economia baseada na atividade agrária manual para a atividade industrial mecanizada, iniciada na Inglaterra no século XVIII. A Revolução Industrial então cria duas classes que se opõem em interesses: de um lado os detentores do capital e dos meios de produção e do outro os operários.
Efetivamente, o Direito Social ou do Trabalho inicia-se com o surgimento da Revolução, que teve como principal causa econômica o aparecimento da máquina a vapor como fonte energética, substituindo a força humana.
O cristianismo lançava as bases reais para, séculos mais tarde, se firmarem os fundamentos do Direito do Trabalho. Ainda, dentro da doutrina católica, Santo Agostinho viria mostrar que o trabalho não seria apenas um meio de impedir que o ócio criasse campo propício para os vícios. Ele mostraria que todo trabalho é útil, que não se deve cingir ao mínimo necessário para manter a vida e que mesmo a acumulação de bens não é um mal; o mal estaria na aplicação desses bens em finalidades contrárias aos preceitos divinos.
No século XVIII as ideias iluministas do trabalho foram reconhecidas como essencial para a economia e alçado à condição de fator preponderante para o progresso humano.
A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, reunida na Filadélfia, em sua vigésima sexta sessão, adota, em 10.05.1944 a Declaração sobre os Fins e Objetivos da OIT e aos princípios que devem inspirar a política dos seus membros, e dentre os principais princípios destaca que o Trabalho não é uma mercadoria.
Em consideração à Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10.12.1948, foi lavrada em Roma, em 04.11.1950 a Convenção sobre a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais. E seu art. 4.1 prescreve que ninguém poderá ser submetido à escravidão ou servidão.
Com a valorização do trabalho humano surgiram conflitos entre o capital e o trabalho em todo o mundo. Consequentemente, nasceu a Justiça do Trabalho. Os tribunais de trabalho têm a mesma origem na França, na Alemanha e na Bélgica.
O direito a previdência surgiu no final do século 19, na Alemanha. O governo do chanceler Otto von Bismarck estabeleceu em 1889 um sistema nacional que assegurava o pagamento de uma pensão a todos os trabalhadores do comércio, indústria e agricultura que tivessem 70 anos ou mais. A ideia foi logo adotada na Áustria e na Hungria e, a partir de 1920, espalhou-se por outros países da Europa. Ao criar esse benefício, que atendia a reivindicações trabalhistas. No Brasil, a primeira lei que cuidou da aposentadoria é de 1923 e só se destinava a proteger os ferroviários. Depois, outras leis foram sendo editadas para beneficiar as demais categorias.
Originalmente, a aposentadoria tinha como objetivo básico amparar trabalhadores que atingissem idade avançada, ficassem inválidos ou se tornassem incapacitados para exercer qualquer tipo de profissão.
A Previdência Social no Brasil possui mais de 100 anos de história. A primeira legislação pertinente ao tema é datada de 1888, quando foi regulamentado o direito à aposentadoria para empregados dos Correios.
O fato considerado como ponto de partida da Previdência Social propriamente dita no País, contudo, é a Lei Elói Chaves (Decreto n° 4.682) de 1923. Ela criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para empregados de empresas ferroviárias, estabelecendo assistência médica, aposentadoria e pensões, válidos inclusive para seus familiares. Em três anos, a lei seria estendida para trabalhadores de empresas portuárias e marítimas.

Na década de 30, através da promulgação de diversas normas, os benefícios sociais foram sendo implementados para a maioria das categorias de trabalhadores, dos setores público e privado. Foram criados, também, seis institutos de previdência, responsáveis pela gestão e execução da seguridade social brasileira.

Em 1960, foi criada a Lei Orgânica de Previdência Social, unificando a legislação referente aos institutos de aposentadorias e pensões. A esta altura, a Previdência Social já beneficiava todos os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores rurais passariam a ser contemplados em 1963.
Em 1966, com a alteração de dispositivos da Lei Orgânica da Previdência Social, foram instituídos o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - " FGTS, uma indenização para o trabalhador demitido que também pode ser usada para quem quiser comprar sua casa própria, e o Instituto Nacional de Previdência Social - " INPS (atualmente a sigla é INSS), que reuniu os seis institutos de aposentadorias e pensões existentes.
Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Até então, o tema ficava sob o comando do Ministério do Trabalho e Emprego (na época chamado Ministério do Trabalho e Previdência Social).
A extensão dos benefícios da previdência a todos os trabalhadores se dá com a Constituição de 1988, que passou a garantir renda mensal vitalícia a idosos e portadores de deficiência, desde que comprovada a baixa renda e que tenham qualidade de segurado.
Em 1990, o INPS mudou de nome, passando a ser chamado de INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.
Em dezembro de 1998, o governo mudou as regras da previdência passando a exigir uma idade mínima para a aposentadoria, que, no caso das mulheres, é de 55 anos e do homem, 60 anos. Anteriormente, a aposentadoria valia para quem contribuísse por 25 a 30 anos, no caso das mulheres, e 30 a 35 anos, no caso dos homens, sem limite mínimo de idade.

Conclusão:
1. A evolução do direito à Aposentadoria percorreu um longo caminho para ser consolidado e agora precisa ser aprimorado.
2. Aprimorar o sistema implica em promover uma justa contribuição.
3. A idade de aposentadoria deve promover ganhos em de tempo de vida em relação a longevidade humana.
5. Homens e mulheres possuem direitos e obrigações iguais. Isto deve valer também para o tempo de contribuição e de idade para a Aposentadoria.
4. Deve ser proibido o trabalho remunerado humano, acima da idade de aposentadoria, para que se possa abrir novas oportunidades de trabalho para as novas gerações que estão chegando no mercado de trabalho.
5. O Estado deve aplicar 100% das receitas de jogos e vincular outras para assegurar um Fundo de Previdência Oficial efetivo.

6. Assegurar ao idoso uma boa qualidade de vida, é garantir para as famílias segurança.