A democracia ganha vida na medida em que efetua a troca de
lideranças, a cada ciclo eleitoral. O ritual democrático pressupõe que no final
de cada mandato, a compulsória política seja o caminho natural para aquele que
deixa o cargo.
A vitalidade e a oxigenação do modelo democrático não possuem
segredos, na medida em que conjuga a lei e o costume. A lei fixa as regras para
uma recondução e o costume faz o resto.
Conspira contra a democracia, a figura do prima-dona de
partido, sem prazo de validade, que impede a renovação, na medida em que o ego
e o apego ao poder não forma sucessor, para não expor o trabalho pífio
realizado.
Se a eleição é o gatilho para a oxigenação da democracia, as
novas safras de lideranças precisam ser formadas, expostas e avaliadas, para
que possamos eliminar de uma vez por todas, a causa fundamental que alimenta os
ditadores: ausência de renovação.