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sábado, 11 de fevereiro de 2012

O que significa "Ideologia"?



Já faz algum tempo que tenho procurado entender a motivação de algumas pessoas em negar fatos óbvios, mesmo para questões de simples entendimento, e que beneficia a todos. A procura me levou ao uso distorcido da palavra Ideologia


O texto adaptado de Carlos Lopes Pires, retirado do Blog de Rerum Natura, me proporciona o entendimento até então sem resposta, e que aqui compartilho:

"A palavra ideologia não assume sempre a mesma conotação: por vezes é utilizada com um sentido positivo, outras vezes com um sentido negativo.
.
Pode remeter para um conjunto de ideais e princípios, ou seja, ideias acerca do modo como as coisas deveriam ser, nomeadamente na política. Por exemplo: o socialismo e o liberalismo são ideologias políticas. Dito por outras palavras: “qualquer sistema abrangente de crenças, categorias e maneiras de pensar que possa constituir o fundamento de projetos de ação política e social é uma ideologia: um esquema conceitual com uma aplicação prática” (Blackburn, 1997, 219).

Mas pode remeter também para um conjunto de preconceitos, de ideias anteriores à experiência e à análise crítica e racional e que, nas palavras de Blackburn (1997, 219), funcionam como “uma espécie de óculos que distorcem e dissimulam” a realidade. Nesta acepção, a ideologia leva a ajustar os fatos à teoria e não a teoria aos fatos, ou seja, é uma maneira de pensar que deturpa e ilude.

Nem sempre é óbvio se estamos perante o primeiro ou no segundo sentido de ideologia. Sucede por vezes que os adversários de uma ideologia no primeiro sentido (por exemplo, alguns socialistas quando criticam o liberalismo ou alguns liberais quando criticam o socialismo) a tentam reduzir ao segundo sentido.

E, em certos casos, são os próprios defensores de uma ideologia a fazer essa redução do primeiro ao segundo sentido: agarram-se tão cega e teimosamente aos seus ideais que estes se tornam meros preconceitos - ideias cristalizadas incapazes de explicar o mundo e as suas mudanças, repetidas com convicção e paixão mas de modo acrítico.

Poderemos dizer que “a marca segura de ideologia, tanto na ciência e filosofia como na política, é a negação de fatos óbvios” (McGinn, 2007, 63)."

Obras referidas:
- Blackburn, Simon (1997). Dicionário de Filosofia. Lisboa: Gradiva
- McGinn, Colin (2007). Como se faz um filósofo. Lisboa: Bizâncio.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Indignai-vos!


Excerto do livrinho "Indignai-vos!" do francês, veterano da Resistência Francesa, Stéphane Hassel (1 300 000 exemplares vendidos na França apenas em 4 meses)

"O motivo basilar da Resistência era a indignação. Nós, os veteranos dos movimentos de resistência e das forças combatentes de França livre, apelamos às gerações mais jovens que dêem vida ao legado da Resistência e dos seus ideais, e que os transmitam. Dizemos-lhes: revezai-vos e indignai-vos! Os responsáveis políticos, económicos e intelectuais e a sociedade em geral não podem desistir, nem deixar-se impressionar pela actual ditadura internacional dos mercados financeiros que ameaça a paz e a democracia.

Desejo a todos, a cada um de vós, que tenham, o vosso motivo de indignação. É precioso. Quando algo nos indigna como eu me indignei contra o nazismo, tornamo-nos militantes, fortes e empenhados. Juntamo-nos a esta corrente da História, e a grande corrente da História deve prosseguir graças a cada um de nós. E esta corrente avança para uma maior justiça, uma maior liberdade, mas não para a liberdade descontrolada da raposa no galinheiro. Estes direitos, cujo programa a Declaração Universal redigiu em 1948, são universais. Se conhecerem alguém que deles não beneficie, compadeçam-se e ajudem-no a conquistá-los".

domingo, 19 de dezembro de 2010

Dez estratégias



1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o povo de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área das ciências, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à quinta como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".


2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reação-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a fim de que este tenha a percepção que participou nas medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público exija novas leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, durante anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários baixíssimos, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é aplicado imediatamente. Segundo, porque o público - a massa - tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá vir a ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.


5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE DE CRIANÇAS SE TRATASSE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se cada espectador fosse uma criança de idade reduzida ou um deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom de infantilizante. Porquê? "Se você se dirigir a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a dar uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".


6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do discurso emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e pôr fim ao sentido crítico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para incutir ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...


7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar (ver 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".


8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover no público a ideia de que é moda o fato de se ser estúpido, vulgar e inculto...


9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, de suas capacidades, ou do seu esforço. Assim, ao invés de revoltar-se contra o sistema econômico, o indivíduo autocritica-se e culpabiliza-se, o que gera um estado depressivo, do qual um dos seus efeitos mais comuns, é a inibição da ação. E, sem ação, não há revolução!


10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado um crescente afastamento entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si próprios


Texto atribuído a Noam Chomsky.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pela revogação da Lei nº 8666/93 (Licitações Públicas)


O tiro saiu pela culatra. A lei que visa sanar a corrupção nos processos de compras públicas, acabou engessando o Estado, e criando um ambiente próprio para todo tipo de negócios escusos.
Criado a dificuldade, apareceram logo os vendedores de facilidades, e o resumo dessa tragédia contada por uma sucessão de notícias da mídia, dia após dia, acabou diminuindo nossa capacidade de indignação. O desvio criminoso de milhares de reais em 1993, que nos impeliam para manifestações públicas, romperam a barreira de bilhões de reais em 2010, e agora pouco se faz, na medida em que a impunidade neste país virou regra.
A solução para resolver isso é seguir a regra da solução de problemas, ou seja, eliminar as causas. Assim, a revogação da lei de licitações públicas, enquanto causa, permitirá que o Estado seja novamente ágil em suas operações, sem o formalismo da papelada que aceita tudo.
E agora, sem lei, como o Estado vai comprar o que necessita? Resposta, dizendo para o mercado o que necessita, e logo aparecerão centenas de ofertas. E, com várias opções, a decisão fica fácil.
Veja bem. Definido o escopo da compra, justificando a necessidade (qualidade e quantidade), e dando transparência efetiva para a sociedade, não vamos eliminar os grandes negócios secretos, o que muda é que terão que acontecer dentro de um ambiente de transparência plena.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Opção política

"Se consegui ver mais longe é porque estava aos ombros de gigantes”. Isaac Newton.

No livro “Aos Ombros de Gigantes” de Stephen Hawking, o autor relaciona que o empreendimento humano da descoberta do mundo, avança através da subida nos ombros de Gigantes, portanto, a obra de Newton nunca teria sido possível sem Copérnico, Galileu e Kepler. Foi longa a espera – mais de duzentos anos - até surgir um outro gigante que conseguiu subir aos ombros de Newton. O seu nome foi Albert Einstein. A pirâmide dos físicos não está certamente acabada: um dia alguém subirá certamente para os ombros de Einstein, e verá mais longe do que ele, acrescentando algo a Einstein sem destruir a parte essencial do que ele propôs.

A frase de Isaac Newton tem imprimido para mim um questionamento. Se ela é verdadeira para todos os ramos da ciência, em que momento da história, a ciência política, rompeu este paradigma?

O políticos atuais já não sobem mais em ombros de gigantes, preferem ficar grudados em tetas ou puxando o saco, ou simultaneamente teta e saco. Não se percebe mais o significado da visão do ver mais longe.

A ausência de políticos aos ombros de gigantes, propicia situações sociais como as vivenciadas hoje pela população da Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro. A desgraça é que este cenário atual, tem grande possibilidade de ser o cenário futuro para muitas cidades brasileiras, que estão seguindo pelos mesmos caminhos já percorridos por políticos daquele Estado.

Para os políticos que serão empossados, os caminhos que se apresentam são de duas grandezas: a opção pela mediocridade e dinheiro no bolso, cueca, meia, peruca, etc; ou a opção por se tornarem gigantes.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Todos gostamos de viajar


Vou por o dedo na ferida. Eu desconfio que a justificativa para tantos deslocamentos na área pública, não é a trabalho, que hoje pode ser feito on-line, não são as reuniões, que podem ser virtuais, mas sim dois interesses privados. O primeiro é o complemento de salário, já que o valor das diárias pagas, ultrapassa em muito o valor para que se destina (alimentação e hospedagem), e o segundo, é a pontuação das companhias aéreas, que continua sendo pontuado para as pessoas e não para a organização pública que efetuou o pagamento.

Estas duas formas de apropriação indevida de recursos públicos tem garantido a felicidade de esposas(os) e namoradas(os), que no mínimo uma vez por ano fazem viagens free, sem contar os mimos no retorno de cada deslocamento, pagos com as sobras (isto é aceitável?) de recurso público.

Como se pode falar de moralidade e corrupção, quando existe todo um caminho amplamente franqueado para este tipo de delito, consentido e aprovado, por autoridades, que em tese deveriam estar dando o exemplo.

Mais ética e menos pompa.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Conversa de aconselhamento e enquadramento organizacional


"Se uma ideia não parece absurda no início, então não há esperança nenhuma para ela."Albert Einstein
Enquadrar significa pôr em quadro, encaixilhar, emoldurar. Porém, o significado específico que desejo explorar é apenas a ponta do iceberg, a parte visível, que nas organizações, de forma intencional ou não, ajusta o comportamento das pessoas e perpetua a cultura existente.
Observando as organizações, com as suas múltiplas tensões, contradições, avanços e recuos, é de notar a importância do conhecimento ético para compreender os conflitos organizacionais.
Muitos dos conflitos são resolvidos através da pura técnica do enquadramento, que consiste do uso da ameaça velada, em conversas de aconselhamento, que carrega outras motivações mais profundas e de outra ordem.
O enquadramento visa tornar a cultura organizacional compreensível e facilita a superação de situações geradoras de tensões e conflitos, positivos e negativos
Se a cultura exprime o universo organizacional, o enquadramento, quando utilizado de forma indevida, ultrapassa os limites éticos do trabalho e invade o universo particular de cada pessoa, para imprimir a linguagem da dominação, que busca limitar a iniciativa de livres pensadores, inovadores e iconoclastas, pelo temor que estes possam mudar um status quo, forjado por diferenças, hierarquias, tradição, e leis, que não serve mais para o mundo atual.
Quando não se consegue achar nada no trabalho da pessoa, os enquadradores buscam na personalidade de quem pode representar ameaça, as características que os incomodam, para justificar o enquadramento.
Bom humor, irreverência, lealdade, inteligência acima da média, visão critica, capacidade de se comunicar em igualdade de condição, com os desiguais, e a condição de estar de bem com a vida, incomoda os limitados, e ao enquadrador, resta a tarefa de maquiar esta pessoa como boçal, prepotente, arrogante e insubordinada, para justificar sua ação destrutiva.
Os enquadradores ao agirem fora dos limites organizacionais, imprimem o selo de sua mediocridade em toda organização, e o desastre é observado nas falências de empresas privadas e na ausência de resultados para a sociedade em organizações públicas.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Moral, Moralidade e Moralismo

A Moral é uma das opções do livre arbítrio, em relação ao sistema de regras existentes. É aquilo que passamos a exigir de nós mesmos, a que nos submetemos sem qualquer ameaça exterior, e que ninguém pode impor, a não ser para si mesmo.

Cada ser humano constrói sua moral, ela não vem pronta, e por isso ela pode variar em função, da época, da educação recebida, da cultura, do meio, da família, dos amigos e do trabalho. Olhar o mundo e as pessoas com respeito, sem esperar nada em troca, é uma ação da moral, que só pode ser julgada pela consciência.

Quando não te permites tudo, sem esperar nada em troca, é porque a moral encontrou abrigo na mente daquele que optou em ser livre, solidário, e humanista. A este respeito as regras, chamamos de moralidade.

No Moralismo a ação moral procura impor uma vontade, quer por uma ameaça ou temor religioso. O certo ou errado, não é mais uma opção pessoal, e sim um comando do terceiro, que prega uma moral, que muitas vezes não é sequer a dele.

O Moralismo se utiliza da moral, para pregar a intolerância, o preconceito e o puritanismo, que não garantem o bem-viver, na medida em que segrega, cria fronteiras e abismos, entre as pessoas, que sequer se conhecem, e não possuem um referencial moral comum.

Se a moral é um sistema de regras, e a moralidade é o respeito a essas regras, o moralismo é a apropriação indevida da moral, para servir às falácias, amplamente utilizada, pelas pessoas, políticos e gestores descomprometidos com o bem comum.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O STF, a Ficha Limpa e a alternativa moral


A Lei Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país.
Em votação no STF (Supremo Tribunal Federal), para definir sua aplicação nesta eleição, o resultado ficou no 5 x5.
O presidente do STF Cezar Peluso votou contra a validade da Lei da Ficha Limpa.
Os votos dos ministros:
Celso de Mello votou contra a validade de lei e também pela impossibilidade de aplicá-la no caso de políticos que renunciaram para escapar de cassação.
Marco Aurélio votou contra a aplicação da lei nestas eleições por considerar que a legislação altera a correlação de forças do pleito.
Ellen Gracie, que era considerada uma incógnita, votou pela validade da lei nas eleições deste ano.
Carlos Ayres Britto, o relator, afirmou que a legislação deve valer para políticos que renunciaram antes de sua promulgação.
Ricardo Lewandowski, votou a favor da Ficha Limpa.
Joaquim Barbosa, vouu a favor da Ficha Limpa.
Cármen Lúcia, votou a favor da Ficha Limpa.
Gilmar Mendes, votou de forma contrária da Ficha Limpa.
Dias Toffoli, votou de forma contrária da Ficha Limpa.
Eros Grau, aposentado em 2 de agosto de 2010.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é um dilema moral?


O dilema moral surge diante de um problema onde a moralidade é relevante, e que não se sabe o que é moralmente bom ou certo. Abrange no mínimo duas ações, em que a pessoa é exigida a fazer, mas que pode fazer apenas uma.
No livro A Escolha de Sofia, de William Styron, uma prisioneira polonesa em Auschwitz recebe um "presente" dos nazistas: ela pode escolher, entre o filho e a filha, qual será executado e qual deverá ser poupado. Este é um exemplo de dilema moral concreto.
O uso falacioso do dilema moral ocorre quando regimes totalitários ou democráticos, justificam suas ações, destinadas para uma maioria, em detrimento a uma minoria. Neste caso, não estamos diante de um dilema moral, e sim de alternativas morais.
Um dos dilemas mais conhecidos da literatura universal talvez seja o vivido por Hamlet (ato 3, cena 1).
Ser ou não ser, eis a questão !
Que é mais nobre para o espírito sofrer:
os dardos e flechas de uma sorte ultrajante,
ou tomar armas contra um mar de calamidades
e, resistindo, por-lhes fim ?
Segundo os Pós-Doutores, Atahulpa Fernandez e e Marly Fernandes, hoje, vários estudos afirmam que existe no cérebro respostas automáticas, que são ativadas diantes de questões morais. É como se todos os dados sociais do momento, os interesses de sobrevivência pessoal de que estamos dotados, a experiência cultural que já vivenciamos e o temperamento básico de nossa espécie alimentasse os mecanismos subconscientes e inatos que todos possuímos e daí surgira uma resposta, um impulso para atuar ou deixar de atuar.
Porém, diante de dilemas morais, o cérebro possivelmente deve travar, e quem passa a comandar a decisão não é mais a razão e sim a emoção.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Comportamentos poucos virtuosos



A virtude é uma disposição das pessoas em praticar o bem, representa retidão moral, probidade, excelência moral. Nas organizações o comportamento é moldado segundo a cultura que por suas práticas, ações, crenças e valores, criam uma identidade própria.
O aumento da produtividade e da qualidade, o estímulo a inovação e a mudança, a lealdade e a ética, tanto para executivos quanto para funcionários, são valores repassados como necessários para a geração dos resultados. Contudo, o que se observa, mesmo nas organizações de sucesso, que o esforço que promoveu os resultados é de todos, porém, os resultados são somente de meia dúzia.
Na área pública, os comportamentos poucos virtuosos ganham nova dimensão, quando o gestor público divulga como sendo sua, as ações desenvolvidas pela instituição pública em que trabalha. Essa prática gerencial, revestida de comportamento ímprobo e egocêntrico, tem sido a causa do baixo desempenho da área pública, na produção de resultados úteis para a sociedade.
Embora Kant tenha considerado o conflito entre a razão e o desejo humano como algo intransponível, devemos considerar que somos dotados de imaginação, de ideais e de esperança. A religião ao trazer o transcendente revestido de bondade, limitou a livre vontade, e inibiu para os crentes, os comportamentos poucos virtuosos. É importante alertar que inibir é diferente de acabar.
O comportamento humano tem sido fonte contínua de pesquisas que pretendem explicar a totalidade de seu universo, desenvolvendo conceitos, teorias e métodos, que possam evitar a desintegração social, provocada pelos comportamentos poucos virtuosos. Para alguns é um problema social, para outros, o problema é de ordem pessoal de cada ser humano, e o cavar masmorras aos vícios e templos a virtude, passou a ser o principal desafio do homem, desde sua origem.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

A conveniência de um DNA modificado


"Vergonha é ...

O que a gente faz
É por debaixo dos panos
Pra ninguém saber"
Ney Matogrosso

Agir de acordo com os preceitos morais nem sempre vai ao encontro das nossas conveniências e comodidades. Há quem defenda tratar-se de uma questão de caráter, onde os termos “relativo” e “tolerante”, não afetariam a conduta, concepção moral e índole de uma pessoa.

Porém, as convinientes falhas de caráter, servem para algum propósito em relação aos interesses pessoais, e pode ser observada sempre que uns certos membros de governo, adotam posturas diferentes para julgar ações de terceiros e ações cometidas em razão da conveniência de seus interesses. O problema não reside na interpretação relativa ou tolerante, mas no fato do que é proibido.

O princípio do problema reside no fato de esta gente:
1. se arvorar em defensora de uma moralidade única, como se todos os demais fossem perigosos inimigos públicos,
2. ignorar algumas leis de restrição de direito administrativo, dando a entender que a lei é para nós, o povo, e nunca para os dirigentes, a elite.
Mas o problema tem uma outra dimensão mais grave, que se materializa nas justificações dadas, e que são piores do que o próprio ato, na medida em que subestimam a inteligência dos demais mortais.
Portanto, estes seres especiais, geneticamente diferenciados, agem sem culpa, na medida em que sempre é possível relativar e tolerar o cumprimento da lei, em favor da eficácia de uma gestão governamental privatizada. E, num país onde desvios de alguns milhares de reais, é coisa normal, quem dará por falta de outros milhares, quando desviados por trás de uma cortina ilibada!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Num mundo sem heróis você faz a diferença

Sem moral e bons costumes não é possível evoluir socialmente. O mundo só funciona porque há regras e porque a maioria as cumpre, tem noção do justo e do injusto, do correto e do incorreto, e do bem e do mal.
O que se observa, no entanto, é uma contradição. É mais fácil aos gananciosos sem moral alcançar o poder e ter força, dando maus exemplos e deseducando, que aos justos e compreensivos mostrarem e imensa vantagem das suas ações.
O Mito de Prometeu e Pandora, retratam as dificuldades que o homem irá encontrar para poder evoluir.
Prometeu é um deus especial da mitologia Grega. Foi ele quem roubou o segredo do fogo (conhecimento) de Zeus, deus dos deuses, e deu-o aos homens para que evoluíssem e se diferenciassem dos outros animais. Prometeu representa a vontade humana na procura de conhecimento, e o roubo do segredo do fogo representa a nossa audácia em procurar o conhecimento e em divulgá-lo pelos outros como forma de evolução.
Pandora (a “bem parecida”) que foi a primeira mulher criada por Zeus, e tinha um pouco de todos os deuses do Olimpus: Hefesto moldou-a em argila, Afrodite deu-lhe a beleza, Apolo o seu talento musical, Poseidon a capacidade de não se afogar, Atena a habilidade de mãos, Deméter a colheita e Hera a curiosidade. Zeus deu-lhe ainda algumas qualidades pessoais e a famosa caixa onde estavam todos os males que afligiriam todos os homens nascidos depois do roubo de Prometeu (a esperança vinha só no fundo da caixa).
Zeus manda Pandora ao encontro de Prometeu, com a caixa como presente, mas Prometeu desconfiou do “presente” e rejeitou Pandora, que achou pouco sensata e fútil, enviando-a a Ephimeteus seu irmão que casou com ela.
A curiosidade de Pandora a fez abrir a caixa, permitindo que males como mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte e outros mais, de lá saíssem, assustada ela fechou a caixa antes que o último, a esperança, conseguisse escapar.
Num tempo onde já não há heróis, a moral e os bons costumes, são os poderes especiais que dispõe o homem, para enfrentar os males que sempre estiveram presentes na humanidade. E os herdeiros de Prometeu, não podem deixar de travar o bom combate, contra os gananciosos e imorais (penso que são uma minoria, mas com grande poder de intimidação) que se apropriaram das funções públicas, com o objetivo único, de prover com recursos públicos suas contas bancárias.
Como a esperança ficou presa na caixa de Pandora, a saída é a ação. E a primeira delas é deixar claro para os corruptos que sabemos o que eles fazem, e que a Justiça, será sempre realizada.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Trabalho de repor a ordem

Mensalão do Distrito Federal

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (23) que a renúncia do governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, ao cargo de vice-governador é mais um indício da falência generalizada das instituições do DF.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1216817-7823-RENUNCIA+DE+PAULO+OCTAVIO+E+CONSEQUENCIA+DA+CRISE+NO+GOVERNO+DO+DF,00.html

Mensalão do PT
Em junho de 2005, o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) acusou o PT de pagar mesada para líderes e dirigentes do PL e PP em troca de apoio no Congresso. Quatro deputadosrenunciaram ao mandato e três foram cassados pela Câmara. Trinta e nove pessoas estão sendo processadas no STF, entre elas, o empresário Marcos Valério e ex-integrantes cúpula do governo e do PT como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Eles negam as acusações. O secretário-geral do PT à época, Silvio Pereira, foi denunciado, mas fez um acordo para prestar serviços comunitários.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM721536-7823-N-MENSALAO+PARA+O+STF+OS+DENUNCIADOS+SAO+REUS,00.html

Mensalinho na Câmara
Severino Cavalcanti, então presidente da Câmara dos Deputados, renunciou ao cargo e ao mandato em setembro de 2005, acusado de cobrar um “mensalinho” do proprietário de um restaurante na Câmara. De acordo com o Ministério Público, a cobrança começou quando Severino era 1º secretário da Câmara. Ele negou as acusações. Em 2007, foi denunciado pelo crime de concussão, ou seja, uso da função de servidor público para exigência de vantagem ilícita. O processo tramita na 10ª Vara Federal do Distrito federal.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM734113-7823-N-SEVERINO+CAVALCANTI+E+DENUNCIADO+PELO+MINISTERIO+PUBLICO,00.html

Mensalão mineiro
Consistiu em denúncias de suposto caixa dois na campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de uma ação contra Azeredo, atualmente senador. Estatais repassariam dinheiro para eventos esportivos. Essas verbas seriam desviadas para a empresa SMP&B, de Marcos Valério, de onde seriam destinadas à campanha. A Procuradoria-Geral da República denunciou 15 pessoas. Todos negam as acusações.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM562542-7823-N-JUSTICA+DO+GUARUJA+AFASTA+OITO+VEREADORES+ACUSADOS+DE+FAZER+PARTE+DO+ESQUEMA+DO+MENSALIN,00.html

Mensalinho em Ribeirão Bonito (SP)
Um vereador foi cassado e três renunciaram após investigações que apontaram a cobrança de propina para a aprovação de projetos. O grupo, que chegou a ser preso, pediu “um milão” (R$ 1 mil) ao prefeito. Ao receber o “mensalinho”, um dos acusados disse que o “cheiro do dinheiro” era “bom”. Eles foram flagrados por meio de gravações feitas a pedido do Ministério Público (MP). De acordo com o órgão, as denúncias resultaram em uma ação cível e uma ação criminal.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM617044-7823-N-QUATRO+VEREADORES+SAO+PRESOS+COBRANDO+MENSALINHO,00.html

Fonte: http://g1.globo.com/

sábado, 16 de janeiro de 2010

Legislação Imoral e Corrupção



Uma nova forma sutil de corrupção vinculada á legalidade encontra no dias atuais campo vasto para se expandir, principalmente em ambientes corporativos.
Esta nova forma de corrupção se utiliza da lei para dar contornos de legalidade para atos imorais, tendo como pressuposto a crença de que atos jurídicos legais não podem sofrer qualquer tipo de questionamento.
Este tipo de raciocínio desconsidera que no campo do conhecimento, o sujeito é produto de sua consciência, e que sua conduta está relacionada com a parte racional do saber, que determina surgimento do conceito de dever.
Qual é o dever de um cidadão racional e moral frente a uma lei imoral? Como agir, se a vontade humana está sujeita não só a razão, mas também as suas inclinações. E é exatamente por essa razão que as leis morais são chamadas de deveres, que não se pode exigir coercitivamente.
Podemos considerar a ação moral como apenas o respeito à lei, ou ela está submetida também ao cumprimento do dever, que nossa consciência construiu como um querer próprio necessário em um mundo inteligível e sensível, que procura a retidão na Justiça, em termos de resgatar o que realmente é justo.
A corrupção acompanhada de legalidade trabalha alterando o conceito do que é justo, ao agregar vantagens indevidas para atividades diárias da Administração Pública, que no decorrer do exercício financeiro, nos últimos anos tem provocado uma crescente sangria nos cofres públicos.
Este tipo de delito moral ocorre quando corruptos se apoderam de valores de diárias, fixadas em lei que extrapolam aqueles valores efetivamente necessários para os gastos com hospedagem e alimentação. Estes corruptos agem de forma continuada, se apropriando de pontuações de trechos aéreos, que deveriam ser da repartição pública que efetivou o pagamento da passagem aérea.

Nada justifica o pagamento de auxílio moradia para quem já possui moradia na comarca em que trabalha. Mesmo a lei dizendo que posssui direito, a moralidade administrativa impõe enquanto princípio constitucional, que esse tipo de pagamento também esteja circunscrito no âmbito da moral. Assim, a corrupção ocorre quando se tapa um olho para princípios que regem a área pública, para benefício de interesses privados.

Os exemplos podem ser encontrados em todas as questões financeiras que envolvem o que é justo. A bondade da lei quando não circunscrita ao interesse público, pode ser uma porta aberta para a prática de corrupção revestida de legalidade.

Ser coerente refere-se a uma relação de mim comigo mesmo, nada justificando que uma fonte jurídica formal viciada, passe a ditar a consciência de pessoas que se dizem justas ou perfeitas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

COP 15


O debate em torno da Cimeira do Clima em Copenhague parece reduzido à teima entre temerosos, abnegados e crentes, quando ao carácter especulativo do aquecimento global.

Com o intuito de levar o dossier do ambiente para bem longe do debate político, tudo serve para centrar a Cimeira nos temas que mais interessam aos líderes mundiais: transformar em negócios particulares o planeta de todos.

Um programa mais honesto da conferência seria dividido em apenas três palestras: como continuar a lucrar sem ter quem nos chateie com esta história da sustentabilidade do planeta, como lucrar ainda mais com esta história da sustentabilidade do planeta e como chegar a acordo geral que ninguém vai cumprir (como não se cumpriu Quioto) só para parecer que se está a fazer alguma coisa.

Texto de Renato Teixeira. blog 5 dia.net

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma Leitura dos dias que estamos vivenciando



O ser humano esqueceu as suas referências, sua origem, seu destino e principalmente sua missão.
Os valores sumiram e foram trocados por satisfações momentâneas, supérfluos e principalmente por ações degeneradas.
Tudo passou a ser possível e permitido, os limites, regras, disciplinas, honestidade, bom senso e ética desapareceram.
Os seres humanos deixaram-se levar pela fraqueza da sua personalidade.
Caráter nem pensar, posições corajosas na defesa dos mais elementares dos seus direitos foram substituídas pela indolência.
Os braços cruzados, e acima de tudo a falta de ações corajosas que poderiam transformar os mais variados problemas que estão conduzindo o ser humano ao precipício da auto destruição, permanecem inertes.
Aqueles que acreditam em Deus e que somos filhos à sua própria imagem, esqueceram que a nossa origem é a natureza que disciplinou a nossa formação, nada tem a haver com o modelo de vida que a sociedade adotou por força dos vícios da ganância, da prepotência, desonestidade que os poderosos, econômica e politicamente, dominando as sociedades deste planeta, induzem comportamentos que fragilizam as reações por mais superficiais que possam parecer.
Valores que passaram a prevalecer, sexo como auto afirmação, drogas que transformam os seres humanos em verdadeiros marginalizados sem a menor condição de reações.
A violência pelos abandonados da sociedade crescem desenfreadamente sem limites.
Este quadro dantesco que estamos vivendo faz parte de uma estratégia usada pelos que comandam pois uma sociedade contaminada por todos os vícios é na verdade uma sociedade sem condições de reação.
Os poderes constituídos somente tem um objetivo, manter-se no poder, para que os privilégios para si e para seus comparsas prevaleçam acima de qualquer objetivo altruístco.
A degeneração tomou conta de tudo, os homens e as mulheres confundem-se na natureza da sua missão como fertilizador e geradora, correndo um sério risco neste quadro de degração.
Tudo é possível em nome de uma liberdade sem conciência, voltada exclusivamente para os gosos momentâneos e superficiais.
A partir daí o que temos, os homens e as mulheres se confundindo, criando um cenário que violenta de forma absoluta a origem dos seres e sua natureza e se não bastasse procuram através de manifestações públicas e passeatas transformar em qualidade, atos que deveriam permanecer na intimidade de cada um.
A violência desenfreada, a vida perdendo o seu valor, tudo isto se transforma no quadro dantesco que homens e mulheres continuam teimosamente a pintá-lo, ficando aqui a interrogação.
Qual será o limite de todas estas distorções? O ponto de equilíbrio pendeu definitivamente para o lado do caos e a sociedade assiste passivamente a auto destruição.
Não seria esta a hora de reagirmos para colocar no seu devido lugar o que pode e o que não pode ser a vista das leis da natureza?
Lembrando a todos, que quando deus criou o homem e a mulher, destinou a estes uma nobre missão: crescei e multiplicai-vos, dando a cada um as condições necessárias como macho e como a fêmea para dar cumprimento a este desiderato.
Peço a todos que analizem com o devido cuidado o quadro que estamos vivenciando a sociedade apodreceu, os alicerces ruíram e nós caminhamos celeremente para o cadafalso.
O que nos aguarda sem direito ao retorno?
O que será dos nossos filhos, dos netos, da sociedade como um todo se continuarmos com os braços cruzados, indolentes sem a menor reação?
É preciso refletir profundamente sobre as conseqüências de tudo isto que nos aflige a decidir: vamos assistir ou vamos agir, ainda é tempo de recompor este quadro, a decisão esta nas nossas mãos e cabe aos maçons uma parte significativa desta ação.
Enquanto a maioria se calar e cruzar os braços, a minoria cresce e continua a vencer esta luta do BEM contra o MAL.
Wilson Filomeno
Ex- Grão-Mestre da Grande Loja de Santa Catarina

sábado, 19 de setembro de 2009

A ética em legislar em causa própria



"Duas coisas inspiram à mente, uma admiração e um temor, tanto maiores quanto mais vezes e mais detidamente refletimos sobre elas: o céu estrelado por cima de nós e a lei moral dentro de nós”.
Immanuel Kant (1724-1804).

Será que chegamos no fundo do poço em termos de crise moral? Embora a questão moral possa ter diferentes focos, na área pública, a percepção da impunidade está contaminando inclusive a justiça, que passa a produzir injustiça, quando não especifica um prazo certo para entregar uma sentença, ou permite, que a ação política entorte a balança da deusa Thêmis.

Das organizações só podemos esperar resultados, já das pessoas esperamos atitudes morais. Assim, a imagem da organização é o reflexo de seu quadro de pessoal e a vitrine é a estrutura de comando. O fato dos comportamentos éticos estarem escassos, principalmente na área pública, decorre principalmente da cooptação de pessoas por grupos corporativos, que nas organizações buscam sempre se instalar no poder e legislar sempre que possível em causa própria.

O que agrava a situação é a explicação do que não pode ser explicado. Mas, como a certeza da impunidade é uma regra, esses seres imorais, justificam cursos com valores superfaturados, valores recebidos de empreiteiros e pagamentos que extrapolam a prescrição, dentro outros tantos fatos ilegais, como algo praticado revestido de procedimentos legais, que só subsistem diante de uma população de desinformados.

Se para uma vida sociável precisamos de normas para respeitar, mesmo às vezes parecendo injustas, não é mais admissível que a sociedade continue a fazer “vista grossa”, deixando passar como despercebido fato tipificado como criminoso que alguém fez ou está fazendo.

Das pequenas besteiras aos grandes assaltos aos cofres públicos praticados por nossos políticos, pela repetição semanal de escândalos, tem-se a impressão que a sociedade não enxerga mais nada, e as vozes que fazem a denúncia ficam como um eco muito longe para se respondido.

Assim, o conceito de moral vai se tornando elástico e se amoldando a situações e interesses de grupos corporativos. O intelecto de quem tira proveito sempre vai recriar ou justificar sua postura frente à lei moral, restando ao observador consciente dos desmandos, a possibilidade de decidir entre ficar calado e passar por ignorante pelos espertalhões, ou denunciar e ser pessoalmente responsabilizado.

Tanto para a ação, quanto para a omissão, as consequências serão enormes, mas como preferimos agir pensando no curto prazo, a omissão está ganhando de goleada.

sábado, 1 de agosto de 2009

Violência: uma breve reflexão



Em Florianópolis, acontecem, por ano, 17,64 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. O índice é 76,4% superior ao limite considerado aceitável pela ONU (10 homicídios). É a capital mais violenta do Sul do país — o índice é de 15,5 em Porto Alegre e não passa de 15,5 em Curitiba. Outras 15 cidades catarinenses estão na mesma situação da capital — algumas, pior. Em Camboriú, a média é de 75 assassinatos por ano. Segundo as estatísticas oficiais, cerca de dois milhões de catarinenses convivem com índices de homicídios acima dos limites toleráveis.
Os números são incompatíveis com os indicadores sociais do Estado, admitem especialistas ouvidos pelo Diário Catarinense, que divulgou os dados (Ed. 19.7.09). Para alguns, a origem estaria no incremento do tráfico de drogas. As causas gerais do fenômeno, contudo, ninguém, concretamente, se arrisca a apontar. De fato, não se trata de tarefa fácil.
É preciso reconhecer que há pessoas capacitadas, dentro e fora da Polícia, seriamente preocupadas com o problema. Mas apenas conhecimento e vontade não o resolvem: são necessárias ações — que dependem dos governos. E é exatamente aí que os problemas começam. Primeiro, porque é trabalhoso pesquisar os motivos da violência e da criminalidade — e trabalho sério e difícil não tem sido o forte dos governos. Segundo, porque é tarefa demorada e pouco visível — praticamente não aparece e pouco impressiona o eleitor. Por isso, em vez de se ocuparem seriamente com o assunto, têm tido o hábito de optar pela exposição de viaturas policiais ao longo das avenidas. Nem sempre perquirem se o investimento é adequado ou prioritário; ou se há condutores habilitados para dirigi-las: importa a produção do espetáculo, a ostentação do ato de governo — como se isso, por si só, num passe de mágica, garantisse a segurança dos cidadãos.
Entrementes, sucedem-se reuniões de cúpula nos espaços seguros e intangíveis das hostes governamentais. Numa espécie de planejamento hedonístico, cuidam de sucessão, de composições partidárias, de distribuição de cargos, de marketing eleitoral, de emendas orçamentárias e direcionamento de verbas... Ninguém costuma deter-se para indagar por que os assassinatos estão ocorrendo ou para discutir o que, efetivamente, poderia ser feito para evitá-los ou reduzi-los. E é nesse vácuo, marcado pela indiferença e pela irresponsabilidade política, que se desvanecem os ânimos e as esperanças — tanto dos agentes que se propõem a combater a violência, quanto da população, que continua submetida ao jugo da angústia e do medo. A dor não chegou às cúpulas do poder — ainda.
Postado por José Galvani Alberto http://blogdoalberton.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fundação de Sarney dá verba da Petrobrás a empresas fantasmas


Enquanto o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Polícia Federal e a Secretaria da Receita Federal, não aprender a trabalhar de forma articulada, este tipo de crime vai continuar impune.