A tolerância de uma nação em
relação a estupidez política chegou ao fim. A nova sociedade do conhecimento,
utilizando-se da rede mundial de comunicação, decidiu onde se encontrar e a
pauta do que não quer mais.
O fato concreto é que neste novo
movimento social, a vinculação política é proibida, e não cabe aqui falar do
óbvio. Diz um ditado popular que quem
planta ventos, colhe tempestades. Os políticos brasileiros sabem o que plantaram,
e agora já devem saber o que irão
colher.
A manifestação popular já produziu,
o cancelamento do reajuste do passe do transporte urbano, e a manifestação de
prefeitos e governadores desorientados, ainda sem entender o que está
acontecendo, por estarem tão distantes da polução, que já não percebem que o
que se quer é algo simples, relacionado a respeito, a cuidado, a ser
educado, e a realizar na administração
pública o interesse público, e não o particular.
Infelizmente, a imprensa que
deveria informar, se prestou a focar seus comentários a confrontos pontuais, e
não mostrou ainda a causa da irritação de toda uma sociedade, relacionada com
os gastos públicos superfaturados na construção de estádios de futebol para a
Copa do Mundo de 2014, um sistema de saúde falido, um modelo de educação que não ensina, uma justiça lenta e cara dentre outras.
As pessoas de forma ordeira e
pacífica, nesta caminhada pela cidade,
buscam informar o que realmente
desejam, já que os seus representantes políticos teimam em fazer ao contrário. O que pode acontecer
agora, é que na medida em que a representação política não atuar de forma
correta, a sociedade deverá intervir, e repetir este movimento, com novos
desdobramentos ainda não possíveis de
mensuração.