Gostaria que o Estado efetuasse um estudo comparativo sobre a utilização de computadores, pelos Juízes, Promotores de Justiça e Professores de 1º Grau e 2º Grau. Nos últimos anos praticamente todos os membros do Poder judiciário e do Ministério Público receberam no mínimo um (1) computador e um (1) notebook.
Não adianta falar de Justiça se não falarmos das causas da injustiça, que estão diretamente ligadas a capacidade de investimento em educação pelo Estado. Quando não se tem um "Quadro Negro" adequado nas salas de aula, falar em computador para o professor parece insanidade para aqueles que se beneficiam do atual padrão de escolaridade do país.
Mas esse assunto é relevante por duas razões: a primeira decorre da necessidade permanente da atualização tecnológica, e a segunda decorre em identificar quando o equipamento ou a tecnologia utilizada está ultrapassada, não por modismo, mas por avaliação técnica.
Não pretendo debater a importância da "Educação" ou da "Justiça" para um país, mas por outro lado preciso resgatar a visão de Estado Uno. Quando os recursos são escassos, são para todos. Para que um ganhe, outro terá que ficar sem receber. A balança da Justiça não vai encontrar o equilibrio se o corporativismo não abrir mão de sua postura egoísta de gerar padrões de conforto incompatíveis com a nossa realidade, que ainda busca na qualidade da educação, uma saída para a crise social do país.
Novos computadores serão sempre necessários. O que não é mais necessário é a postura individualista e de irresponsabilidade social de instituições públicas na produção de injustiças. Uma nova era de responsabilidade impõe posturas éticas e de efetividade na gestão pública.
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