J.L. Pio de Abreu.
Os sábios economistas da Escola de Chicago criaram um monstro para levarem ao extremo o dogma capitalista: ‘O dinheiro produz dinheiro.’ Gurus da usura, doutores da soma e da subtração, mestres da compra e da venda, peritos dos jogos de percentagens, e com o pequeno vício das apostas, esqueceram-se que a riqueza se baseia na produção de bens e no trabalho que essa produção incorpora.
No passado, o monstro acompanhou as ditaduras do Chile e Argentina, países que devorou em benefício de Wall Street. Thatcher e Reagan, aproveitando o colapso da União Soviética, adoptaram e globalizaram o monstro, que promoveu de imediato as máfias russas. E, por todo o lado, ele nada fez pela produção de bens, mas apenas criou assimetrias: os ricos ficaram mais ricos à custa dos pobres, que ficaram cada vez mais pobres.
O monstro anda agora pela Europa, que antes lhe resistia. O projeto europeu, assente em negociações permanentes, nada tinha a ver com o liberalismo desenfreado. Mas alguns governos europeus chamaram o monstro para a sua companhia. Não chegaram a privatizar os Estados, mas despojaram-nos do poder monetário e mandaram-nos para as mãos dos mercados, ou seja, do monstro.
Descontrolado e cada vez mais voraz, o monstro começou a deglutir os Estados europeus. Se o deixarem, ele vai acabar por se devorar a si próprio. Os únicos que ficarão a rir são aqueles que o põem a funcionar. Já se devem ter munido dos bens suficientes para lhe sobreviverem."
- Retirado do Blog Rerum Natura
No passado, o monstro acompanhou as ditaduras do Chile e Argentina, países que devorou em benefício de Wall Street. Thatcher e Reagan, aproveitando o colapso da União Soviética, adoptaram e globalizaram o monstro, que promoveu de imediato as máfias russas. E, por todo o lado, ele nada fez pela produção de bens, mas apenas criou assimetrias: os ricos ficaram mais ricos à custa dos pobres, que ficaram cada vez mais pobres.
O monstro anda agora pela Europa, que antes lhe resistia. O projeto europeu, assente em negociações permanentes, nada tinha a ver com o liberalismo desenfreado. Mas alguns governos europeus chamaram o monstro para a sua companhia. Não chegaram a privatizar os Estados, mas despojaram-nos do poder monetário e mandaram-nos para as mãos dos mercados, ou seja, do monstro.
Descontrolado e cada vez mais voraz, o monstro começou a deglutir os Estados europeus. Se o deixarem, ele vai acabar por se devorar a si próprio. Os únicos que ficarão a rir são aqueles que o põem a funcionar. Já se devem ter munido dos bens suficientes para lhe sobreviverem."
- Retirado do Blog Rerum Natura
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