"Se uma ideia não parece absurda no início, então não há esperança nenhuma para ela."Albert Einstein
Enquadrar significa pôr em quadro, encaixilhar, emoldurar. Porém, o significado específico que desejo explorar é apenas a ponta do iceberg, a parte visível, que nas organizações, de forma intencional ou não, ajusta o comportamento das pessoas e perpetua a cultura existente.
Observando as organizações, com as suas múltiplas tensões, contradições, avanços e recuos, é de notar a importância do conhecimento ético para compreender os conflitos organizacionais.
Muitos dos conflitos são resolvidos através da pura técnica do enquadramento, que consiste do uso da ameaça velada, em conversas de aconselhamento, que carrega outras motivações mais profundas e de outra ordem.
O enquadramento visa tornar a cultura organizacional compreensível e facilita a superação de situações geradoras de tensões e conflitos, positivos e negativos
Se a cultura exprime o universo organizacional, o enquadramento, quando utilizado de forma indevida, ultrapassa os limites éticos do trabalho e invade o universo particular de cada pessoa, para imprimir a linguagem da dominação, que busca limitar a iniciativa de livres pensadores, inovadores e iconoclastas, pelo temor que estes possam mudar um status quo, forjado por diferenças, hierarquias, tradição, e leis, que não serve mais para o mundo atual.
Quando não se consegue achar nada no trabalho da pessoa, os enquadradores buscam na personalidade de quem pode representar ameaça, as características que os incomodam, para justificar o enquadramento.
Bom humor, irreverência, lealdade, inteligência acima da média, visão critica, capacidade de se comunicar em igualdade de condição, com os desiguais, e a condição de estar de bem com a vida, incomoda os limitados, e ao enquadrador, resta a tarefa de maquiar esta pessoa como boçal, prepotente, arrogante e insubordinada, para justificar sua ação destrutiva.
Os enquadradores ao agirem fora dos limites organizacionais, imprimem o selo de sua mediocridade em toda organização, e o desastre é observado nas falências de empresas privadas e na ausência de resultados para a sociedade em organizações públicas.
Pensamentos, meditações, reflexões e ideias sobre uma nova era de responsabilidades - Veritas gratia Veritatis -
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Conversa de aconselhamento e enquadramento organizacional
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Moral, Moralidade e Moralismo
Cada ser humano constrói sua moral, ela não vem pronta, e por isso ela pode variar em função, da época, da educação recebida, da cultura, do meio, da família, dos amigos e do trabalho. Olhar o mundo e as pessoas com respeito, sem esperar nada em troca, é uma ação da moral, que só pode ser julgada pela consciência.
Quando não te permites tudo, sem esperar nada em troca, é porque a moral encontrou abrigo na mente daquele que optou em ser livre, solidário, e humanista. A este respeito as regras, chamamos de moralidade.
No Moralismo a ação moral procura impor uma vontade, quer por uma ameaça ou temor religioso. O certo ou errado, não é mais uma opção pessoal, e sim um comando do terceiro, que prega uma moral, que muitas vezes não é sequer a dele.
O Moralismo se utiliza da moral, para pregar a intolerância, o preconceito e o puritanismo, que não garantem o bem-viver, na medida em que segrega, cria fronteiras e abismos, entre as pessoas, que sequer se conhecem, e não possuem um referencial moral comum.
Se a moral é um sistema de regras, e a moralidade é o respeito a essas regras, o moralismo é a apropriação indevida da moral, para servir às falácias, amplamente utilizada, pelas pessoas, políticos e gestores descomprometidos com o bem comum.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Valores do Século XXI
Cartunista argentino autor da “Mafalda”, desiludido com o rumo deste século no que respeita aos valores humanos.
O STF, a Ficha Limpa e a alternativa moral
Celso de Mello votou contra a validade de lei e também pela impossibilidade de aplicá-la no caso de políticos que renunciaram para escapar de cassação.
Marco Aurélio votou contra a aplicação da lei nestas eleições por considerar que a legislação altera a correlação de forças do pleito.
Ellen Gracie, que era considerada uma incógnita, votou pela validade da lei nas eleições deste ano.
Carlos Ayres Britto, o relator, afirmou que a legislação deve valer para políticos que renunciaram antes de sua promulgação.
Ricardo Lewandowski, votou a favor da Ficha Limpa.
Joaquim Barbosa, vouu a favor da Ficha Limpa.
Cármen Lúcia, votou a favor da Ficha Limpa.
Gilmar Mendes, votou de forma contrária da Ficha Limpa.
Dias Toffoli, votou de forma contrária da Ficha Limpa.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O que é um dilema moral?
No livro A Escolha de Sofia, de William Styron, uma prisioneira polonesa em Auschwitz recebe um "presente" dos nazistas: ela pode escolher, entre o filho e a filha, qual será executado e qual deverá ser poupado. Este é um exemplo de dilema moral concreto.
O uso falacioso do dilema moral ocorre quando regimes totalitários ou democráticos, justificam suas ações, destinadas para uma maioria, em detrimento a uma minoria. Neste caso, não estamos diante de um dilema moral, e sim de alternativas morais.
Um dos dilemas mais conhecidos da literatura universal talvez seja o vivido por Hamlet (ato 3, cena 1).
Ser ou não ser, eis a questão !
Que é mais nobre para o espírito sofrer:
os dardos e flechas de uma sorte ultrajante,
ou tomar armas contra um mar de calamidades
e, resistindo, por-lhes fim ?
Segundo os Pós-Doutores, Atahulpa Fernandez e e Marly Fernandes, hoje, vários estudos afirmam que existe no cérebro respostas automáticas, que são ativadas diantes de questões morais. É como se todos os dados sociais do momento, os interesses de sobrevivência pessoal de que estamos dotados, a experiência cultural que já vivenciamos e o temperamento básico de nossa espécie alimentasse os mecanismos subconscientes e inatos que todos possuímos e daí surgira uma resposta, um impulso para atuar ou deixar de atuar.
Porém, diante de dilemas morais, o cérebro possivelmente deve travar, e quem passa a comandar a decisão não é mais a razão e sim a emoção.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Dia da árvore
Para mais informações acesse o site oficial da Campanha de 12 Bilhões de Árvores.(http://www.unep.org)
“O simbolismo – e o significado substancial – de plantar árvores tem poder universal em todas as culturas e todas as sociedades da Terra, e é uma forma de os individuos; homens, mulheres e crianças participarem na criação de soluções para a crise do meio ambiente”
Al Gore - Earth in the Balance
Quem não raciocina!
Hoje o irracional não se reduz a ignorância ou loucura. O momento político é rico de exemplos, basta ver os discursos politiqueiros, cada um concorrendo para ser o representante do Bem contra o Mal, as bruxas de 400 anos atrás, foram recicladas e reprojetadas. A irracionalidade confunde informação com conhecimento, e conhecimento com sabedoria.
Contrariando as previsões de pensadores que imaginavam o homem do futuro plenamente racional dominando a natureza, o que se observa é que a sensação de vazio mental e social, criaram espaços, primeiro em nossa mente, para superstições, crendices, fanatismo místico-religioso, de toda ordem, que pode ser observado pelo número de pessoas que procuram a cura pela fé, mapas astrológicos, conversa com falecidos, adivinhadores de futuros insertos, que pé de coelho dá sorte, entre outras tantas crendices.
Já o vazio social, possibilitou que se instalasse na sociedade todo tipo de beligerância, a corrupção, o narcotráfico, a violência, os governos insensíveis e cínicos , a imprensa alarmista, etc.
Carl Sagan, no livro O mundo assombrado pelos demônios (C. Letras1996). Abre a perspectiva de que a ciência, a filosofia, as artes, a cultura, são os principais caminhos para a humanidade exercitar o discernimento e se aproximar da verdade. Como se fossem velas no escuro, devem formar nossa sabedoria para termos esperança, segurança e paz.
sábado, 18 de setembro de 2010
O limite da Justiça não é uma fronteira criada pela mente
Muitos são os limites que asseguram a submissão do juiz ao ordenamento jurídico, exigência do Estado Constitucional de Direito. No âmbito jurisdicional são fiscalizados pelos interessados que participam do processo, pelos membros do Ministério Público, pelos advogados, pelos órgãos disciplinares, pelos órgãos recursais de grau superior, pela imprensa e pelo povo.
Estes controles decorrem em razão da base filosófica e religiosa do ocidente, onde as leis divinas são imutáveis e, por conseguinte, as leis dos homens, precisam se ajustar a estas leis. Com isso, a ordem passa a ser o reflexo mais da fé do que da lógica.
Mesmo no mundo infinitamente complexo, em que vivemos, o poder de decisão do juiz nos casos de omissão normativa é limitado pela própria lei, ou seja, o juiz não tem o poder de decidir os conflitos seguindo sua própria opinião ou seu conceito de justiça (art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro).
Isto explica em parte, porque para a Justiça, a noção de realidade e verdade, é uma noção muito mais estética, na medida em que o elemento “verdade” não é tão primordial, quanto à beleza do documento, que sobrepõe à verdade, mas que cumpre os requisitos da lei. Se o processo contempla no mínimo duas verdades, a do Autor e a do Réu, o documento, a petição, deve possuir apenas a forma prescrita em lei.
Neste cenário de “fazer justiça” o processo é legalizado em vários códigos de processos, onde do juiz, apenas as competências relacionadas ao cargo são necessárias, e o restante de sua humanidade pensante descartada. O que simboliza este processo é a deusa Themis, vedada, símbolo da fé (lei) que não pode ser confrontada com a razão.
Hoje se discute que o problema da justiça é a falta de produtividade, que se traduz em tempo para a entrega da Justiça. Como a produtividade do judiciário é traduzida pela capacidade de gerar sentenças pelo juiz, que já está operando sempre no seu limite, fica a pergunta: qual a diferença de uma justiça entregue por uma máquina, com alta capacidade de processamento de dados e velocidade de imprimir as sentenças, da sentença entregue por um juiz, limitado pela lei.
Se a lei limita a mente que cria, para onde estamos indo na produção da justiça? Qualquer Engenheiro, Administrador ou Analista de Sistemas, ao reproduzir um fluxograma de tomada de decisão, para processos que se repetem, sabe que a automação é solução para dar qualidade e agilidade ao processo avaliado. Na justiça, os operadores do direito, por não possuírem a técnica, optam pelo caminho da contratação de novos juízes, estagiários e assessores para realizar pesquisas de casos idênticos, para prepararem sentenças idênticas as já salvas, que, após ajustarem número do processo e das partes, serão apenas assinadas pelo juiz.
A tese pode parecer perigosa, mas essas iniciativas não servem para o futuro, e os recursos financeiros não podem apenas servir para alimentar o crescimento de organizações que não produzem os resultados desejados.
Empresas para admitir funcionários passam a exigir exames antidrogas, e o exame mais eficiente analisa a queratina do cabelo. Esta exigência não está na lei, mas está sendo exigida pelas empresas, na tentativa de reter talentos. A lei ou a falta da lei, não pode ser impeditiva para quem detêm o poder de implementar as inovações necessárias para que a sociedade tenha uma Justiça ampla, efetiva, e em tempo real para suas demandas.
Com a palavra os personagens.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Organizações doentes
Os principais sintomas das doenças organizacionais quando diagnosticadas corretamente, possuem medicamentos com prescrição eficaz.
Mainstream
O mainstream é um produto dos clips televisivos, necessariamente curtos, onde a argumentação não pode ter lugar. Entre o ver e o falar pouco, é a imagem que produz a opinião. Esta instala-se em cada um como preconceito, mas é tomada como certeza inabalável.
O mainstream tem os seus heróis e os seus vilões. Os heróis são jovens brancos, bonitos, emotivos, encantadores e também manipuladores.
Os vilões são escolhidos entre aqueles que despertam inveja ou vingança, mas têm geralmente rugas ou qualquer outro defeito que se note bem. Se não têm, inventam-se com montagens fotográficas ou televisivas. O mainstream pode não corresponder à maioria das opiniões. Mas quem tem uma opinião diferente, cala-se. Se falasse, seria rapidamente maltratado e equiparado aos vilões.
O mainstream é feito por aqueles que berram ou têm palco. Mas dado que é, por sua natureza, imitação, ele apenas se repete. Quem anda no mainstream não tem tempo para ler, estudar ou investigar, pois passa o seu tempo a repetir.
O mainstream é fruto da ignorância e da preguiça mental. Mas confere aos ignorantes a oportunidade de terem um protagonismo que não teriam de outro modo."
José Luís Pio de Abreu - blog Rerum Natura
sábado, 11 de setembro de 2010
Felicidade custa R$ 11 mil por mês, aponta estudo
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
45 anos de Administração
Como ciência é um ramo das ciência humanas, ditas sociais, pois trata dos agrupamentos humanos, mas com uma peculiaridade que é o olhar holístico, buscando a perfeita integração entre pessoas, estrutura e recursos.
Além dos conhecimentos específicos em Administração, a técnica administrativa utiliza conhecimentos do Direito, Contabilidade, Economia, Matemática e Estatística. São igualmente importantes para a ciência da administração a Psicologia e a Sociologia, sem esquecermos da Informática.
Instituições de Direito Público ou Instituições de Direito Privado criadas para fins lucrativos ou para finalidades sociais, dependem da ciência da administração para funcionarem, assim como o veículo precisa do piloto para o conduzir.
Embora a profissão tenha a sua reserva de mercado definida em lei, assim como possui o Contador, o Médico, e o Advogado, entre outras profissões regulamentadas, a fiscalização do exercício da profissão ainda é tímida, em razão da tolerância do Ministério Público, do Poder Judiciário, e do Poder Legislativo, em patrocinar a prática criminal do exercício irregular da profissão de Administrador, em suas instituições, quando criam cargos com nomenclaturas genéricas, mas que reproduzem no seu escopo atribuições privativas do Administrador, ou nomeiam servidores e membros sem o conhecimento e a técnica do Administrador, para cargos em área privativa do Administrador.
Para aqueles que sonham com um Estado e uma Justiça ágil e efetiva, o caminho para a realidade, passa pela valorização do Administrador. Cada Profissional no seu quadrado
Parabéns Administrador.
Veneno ou alimento?
Mas houve um deles – a bactéria azul – que, além de resistir ao oxigênio, produzia-o em resultado do seu metabolismo. Na verdade, foi a precursora das árvores e plantas atuais, que expulsam o oxigênio como detrito do seu alimento.
Nessa altura, porém, existiu uma guerra de morte: todos os organismos sensíveis à toxicidade do oxigênio acabaram envenenados. Durante mil milhões de anos, a Terra ficou exclusivamente coberta pela bactéria azul.
Os outros organismos tentavam reproduzir-se, por vezes escondendo-se na água. À superfície da Terra só sobreviveram os que resistiam ao oxigênio. Mas o maior êxito foi daqueles que, para além disso, começaram a usar o oxigênio em seu proveito.
O veneno passou a ser alimento. Os seres vivos diversificaram-se, ganharam autonomia, povoaram a Terra e deram origem aos humanos. O oxigênio já fazia parte da atmosfera.
Os humanos lá foram evoluindo, adaptando-se a todas as contingências, trocavam bens entre si até produzirem dinheiro. O dinheiro, a princípio, apenas substituia os bens. Mas depois autonomizou-se e correu à volta do mundo.
No seu caminho, já provocou desastres e foi venenoso, embora beneficiasse quem se alimentava dele. Hoje, faz parte da atmosfera dos humanos, e é produzido sem cessar pelos Bancos Centrais, a nova bactéria azul. Se é veneno ou alimento, depende do modo como nos adaptamos a ele.
Texto de José Luís Pio de Abreu - blog Rerum Natura
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
As portas e os porteiros do direito
Pessoalmente, tenho batido em portas que ainda se encontram fechadas. As portas estão aí, o problema está nos porteiros, que continuam mantendo portas fechadas, que deveriam estar abertas para todos.
Hoje o porteiro prefere doutrinar, na medida em que só abre as portas que lhe interessa. E em alguns casos, o porteiro é um selecionador, que substitui a presunção de inocência pela de culpa, com a finalidade única de fechar todas as portas, quando opta em não dar acesso. Este porteiro prefere as filas das pessoas que não pensam, criticam ou discernem.
Mas tudo pode mudar. As portas podem ser automatizadas, e os porteiros eliminados. No direito esta mudança está prestes a acontecer, como já aconteceu com o acesso a informação. Hoje a informação é instantânea, democrática e gratuita, onde cada pessoa pode dizer a todos o que pensa e o que sabe.
O tempo é dos iconoclastas.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O que conhece e O que faz
Competência é o saber fazer, que permite comunicar informação, ideias, problemas e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não especialistas; competências de aprendizagem que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida com elevado grau de autonomia.
Nas organizações a criação de novos conhecimentos continua sendo algo importante, a propagação também, mas a aplicação prática do conhecimento gerado passou a ser requisito primeiro, ou padrão de excelência. O padrão antigo exigia apenas a geração de conhecimento, agora o novo padrão exige que o conhecimento gerado possa ser agregado as competências das pessoas.
É importante destacar que o conhecimento geral, continua sendo necessário, não se trata do economismo redutor, mas é fato, que para cada ambiente, existem um conjunto de conhecimentos específicos, que só se traduzem em competências, quando o homem sabe o que fazer com este conhecimento.