Brincando com as palavras. Vamos misturar a expressão Fake ("falso" em inglês), um termo usado para
denominar contas ou perfis usados na Internet para
ocultar a identidade real de um usuário, e
Democracia, palavra de origem grega “demos” que
significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o
poder legislativo e o executivo.
Agora adicionando o entendimento de José Saramago, sobre o assunto:
“... tudo se discute neste mundo, menos uma única coisa: não se discute a
democracia. A democracia está aí como uma espécie de santa no altar, de quem já
não se esperam milagres, mas que está aí como uma referência: a democracia! E
não se repara que a democracia em que vivemos está sequestrada, condicionada,
amputada, porque o poder do cidadão, o poder de cada um de nós, limita-se, na
esfera política de tirar um governo de que não se gosta e por um outro de que
talvez se venha a gostar. Nada mais. As grandes decisões são tomadas numa outra
esfera e todos sabemos qual é: as grandes organizações financeiras internacionais,
FMIs, a organização mundial do comércio, os bancos mundiais, a OCDE, tudo isso.
Nenhuma dessas organizações é democrática e, portanto, como é que podemos
continuar a falar de democracia pelo povo? Quem é que escolhe os representantes
dos países nessas organizações? Os respectivos povos? Não! Onde está, então, a
democracia?"
Olhando um pouco para o Brasil do simbolismo, com governantes investidos sob o
manto da democracia, onde alguns, procuram nos fazer crer, que o caminho da nova democracia
deve ser o da desordem, ou da ordem de movimentos sociais obsoletos, orientados
pelo processo inverso da construção, onde se busca a destruição do patrimônio público,
o saque de bens privados e invasões ajustadas, comandadas por líderes agora indicados.
Resta o nome democracia. O sentido, o significado da palavra, “o Verbo”,
precisa ser resgatado, agora pelos muitos que já percebem a farsa, e o que está
oculto nas ações ou omissões, de um único culpado. O que se cala!
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