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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Modelos mentais que emperram o progresso de minha organização

Os modelos mentais decorrem basicamente da cultura da pessoa, e determinam a conduta. Qualquer atividade fora do modelo mental, da situação de conforto, irá provocar uma conduta de resistência à mudança. Esta conduta, enquanto mecanismo de defesa natural, pode ser mudada pelo aprendizado.

O aprender, e a capacidade de gerar novas idéias, quer seja pela intuição ou interpretação da realidade, possibilita a evolução das pessoas nos ambientes complexos da vida, na medida de sua individualidade e história. Assim, diante de uma mesma informação, pessoas pensam e refletem de forma diferente, de acordo com seus mapas mentais.

A evolução implica em transformação. As pessoas e as organizações possuem objetivos e metas, que geralmente são divergentes. A busca de resultados convergentes, passa a ser o grande desafio imposto aos gestores organizacionais.

A busca da inovação nas organizações vai de encontro à barreira do conservadorismo, que busca manter o “status quo”, ou seja, o ambiente de segurança das pessoas. Neste processo, as crenças e valores constituem uma ideologia, e barreira à mudança.

Nas organizações, a inércia, encontra na estrutura e nas relações de poder que se estabelecem, a sua causa fundamental. Quanto maior o corpo, e os interesses particulares envolvidos, maior será a quantidade de energia demandada para o agir. As condutas relacionadas ao “ego”, a “satisfação” e o “tempo” são amarras para ação que inova.

A primeira das amarras, o ego, utiliza a falácia da exceção, “nós não somos servidores públicos comuns, somos diferenciados, somos diferentes, nós atuamos na área fim, isto não se aplica a nós”. Para o ego, ele está sempre correto e os demais errados. E a inovação se não parte dele, geralmente não é aceita.

A segunda, a satisfação, geralmente está associada a um ganho, uma vantagem, para fazer, aquilo que deveria ser feito de forma natural. Somos eternos insatisfeitos. Qualquer vantagem adquirida é assimilada rapidamente e incorporada ao patrimônio pessoal, já a perda, por menor que seja é objeto de insatisfação, que segura as pessoas, e provoca a inércia.

A terceira, o tempo, associada à oportunidade. As pessoas precisam perceber que o que irão desenvolver não é perda de tempo, ou seja, as tarefas precisam ser percebidas pelas pessoas como sendo necessárias e úteis.

Romper a inércia nas organizações, passa a ser o maior desafio de um líder, que deverá propor mudanças com base nos valores da equipe, na medida em que não usa a força, mas usa a mente, para oferecer novas lentes, para as pessoas compartilharem estruturas integradoras.

Uma organização focada em resultados convergentes, precisa abolir modelos mentais que diferenciam, que criam castas, que estabeleçam vantagens diferenciadas e abrigam espaços para egos, externarem falácias, que no lugar de unir e promover o consenso organizacional, criam abismos de todos os tipos, sendo o principal deles o da participação democrática.

Mudar a minha organização passa necessariamente, pela adoção de um novo modelo mental de reflexão, que busque ampliar a consciência das pessoas e de inquirição, enquanto ato coletivo de compartilhamento de visões e conhecimentos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Biblioteca Digital Mundial


Conheça a nova Biblioteca Digital Mundial, um arquivo on-line gratuito, coordenado pela UNESCO e que envolve 32 instituições. Neste arquivo é possível encontrar, em sete idiomas - árabe, chinês espanhol, francês, inglês, russo e português, reproduções de livros, manuscritos e documentos visuais e sonoros constantes em bibliotecas de todo o mundo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Proposta para um novo modelo conceitual de gestão

Na rotina burocrática da organização pública, o agir e a atitude dos servidores públicos, estão limitados ao ambiente organizacional, que deveria proporcionar confiança, liberdade e informalidade. A opção em ser fonte de controle e poder, gera impacto direto sobre as pessoas, especialmente em relação a seu comportamento e modo de agir, face as medidas que inibem ou dificultam as iniciativas.

Uma nova forma de administrar, implica em romper com o método de comando e controle atual, e adotar uma postura voltada para o dinamismo que facilite os relacionamentos, a sociabilidade, e o uso da inteligência, para criar iniciativas que gerem resultados para a organização e para a sociedade, através de uma nova forma de trabalhar.

Tornar a organização pública, flexível, dinâmica e eficaz, passa por um processo de ruptura, em relação ao atual modelo de gestão funcional e hierarquizado. Neste modelo, as tarefas individuais deveriam combinam-se para criar resultado e valor para o cliente.

A ruptura para um novo modelo de gestão, deverá permitir a migração de pessoas e processos de forma harmônica, onde o modelo do passado, não cause sentimento de retorno a situação anterior. A melhoria sentida é que dará a garantia de que a mudança foi para melhor para todos os envolvidos.

Neste novo modelo conceitual, as estruturas organizacionais conectadas, visam criar um ambiente de fomento a criatividade, a inovação e ao processo de aprendizado, proporcionado pelo conhecimento compartilhado.

O novo modelo de gestão deverá compreender:

1. O Centro de Inteligência da organização, responsável pelo desenvolvimento de produtos e serviços de valor para o cliente. Neste centro, os servidores, os colaboradores e o cidadão, integrão um fórum permanente de fomento a iniciativas, sendo a liderança dos trabalhos exercida pelo idealizador da iniciativa. A iniciativa referendada pelo Centro será submetida aos outros dois Centros.

2. O Centro de Resultados da organização, responsável pelo processo onde o trabalho é realizado. Neste centro, as competências pessoais de cada servidor é que permitirá a alocação do mesmo em diferentes processos produtivos. Os processos de custo, ergonomia, O&M, controle de qualidade, projetos, desenvolvimento de pessoas, contabilidade dentre outros, serão processos auxiliares ao processo produtivo, responsável por gerar o serviço ou produto ao cliente. As novas iniciativas deverão ser avaliadas para aferir a relação custo benefício de sua implementação.

3. O Centro de Estratégia da organização, responsável pelo controle e avaliação das metas fixadas para os processos produtivos e indicadores de resultado. Neste Centro deverá ocorrer a discussão final de todas as questões que precisam de aprovação pela organização.

A mobilidade das pessoas nas estruturas e nos processos, no primeiro momento, decorre em razão de suas competências pessoais. As novas movimentações decorrem da geração de iniciativas. Se por exemplo, uma pessoa que está trabalhando num processo, tiver uma ideia para simplificar o processo ou inovar, deverá submeter à mesma, para avaliação do Líder do Centro de Resultados, que facilitará a apresentação no Centro de Inteligência. Se a proposta for aprovada, o Líder do Centro de Inteligência em conjunto com o idealizador da proposta defenderá a mesma no Centro de Estratégias. Aprovada a iniciativa, A pessoa poderá, de acordo com a necessidade e a importância da inovação, ficar alocada no Centro onde sua atuação for melhor percebida. Assim, a posição das pessoas dentro desta nova estrutura organizacional é situacional, móvel e flexível.

Este novo modelo de estrutura organizacional, busca em ultima análise, criar sinergia associativa com vistas a transferência do conhecimento para além das fronteiras da organização. A remuneração é única, em razão de não existir parte mais importante, quando se trabalha com um todo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Reinventando a Administração Pública


A organização pública tem sua estrutura de sustentação no comando e no controle. Este modelo de estrutura proposto pelos teóricos no início do século XX, encontra como principais idealizadores, Taylor e Fayol.

Novo século, novas mudanças, incertezas, imprevisibilidade, e a necessidade de uma rápida e constante (re)adaptação, das organizações e das pessoas, com novas exigências de aprendizagem, criatividade e inovação.

Reinventar a Administração Pública é um enorme desafio, que pode ser superado. Para que isso ocorra, os gestores têm de aprender que a organização em que atuam não é um sistema fechado. Neste contexto, a previsibilidade, a certeza, e a estabilidade, tripé de sustentação do modelo atual, precisa de uma nova leitura, para ser substituído, pela imprevisibilidade, incerteza e instabilidade, dos dias atuais.

A concepção da organização mecanicista associada ao determinismo de um futuro certo, pode funcionar ainda para alguns eventos. Mas numa visão holística, ecológica ou quântica, o todo, a totalidade, não pode ser interpretado por partes. Assim, a Administração Pública “una” deve sobrepor a Administração Pública “fracionada”.

O cidadão quando procura um serviço público, não pode ver seu interesse ser atendido pela esfera federal, estadual ou municipal. As decisões públicas precisam de leituras que aproximem o ambiente real do percebido, através do feeling e expertise, cada vez mais apurada, na tomada de decisão, para que a ação empregada seja efetiva.

Qualidade, agilidade e segurança, passa a ser um pressuposto para a prestação do serviço público. Se a saúde, educação, segurança, transporte, emprego, moradia, alimento e renda, são questões que preocupam as pessoas. Não é possível, tratar o cidadão por partes, não dá para desabilitar um software na mente de uma pessoa, que a impeça de sentir fome. O gestor público precisa compreender, que cada elemento afeta o comportamento da pessoa como um todo. Não é mais admissível ficar fragmentando políticas públicas.

Os novos desafios contemporâneos precisam de uma nova abordagem. O conjunto de normas, ferramentas e teorias do século passado, tiveram o seu momento. Para migrar para o novo modelo, existe a necessidade de uma nova estrutura, novas cabeças e uso da tecnologia atual.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A interatividade entre o Estado e o cidadão que deu certo: Restituição de 30% do ICMS em São Paulo


O governador de São Paulo, está usando a melhor parceria que existe, o contribuinte fiscal, ao instituir a lei que restitui ao cidadão 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) embutido no preço do produto pago em uma compra. O projeto recebeu o nome de Nota Fiscal Paulista

Uma Parceria contra a sonegação

Entre os principais objetivos do governo está a redução da carga tributária individual e da concorrência desleal, por meio do combate à sonegação e à comercialização de produtos ilegais, já que o consumidor passará sempre a exigir nota.

O ICMS mensalmente recolhido pelo estabelecimento comercial será devolvido aos consumidores identificados pelo CPF (no caso da pessoa física) ou CNPJ( pessoa jurídica) no momento da compra, proporcionalmente ao valor registrado nas notas e cupons fiscais emitidos. Do imposto pago no mês, 30% será dividido entre todos os consumidores daquele estabelecimento, proporcional ao valor das compras efetuadas.

Como receber: Para as compras efetuadas de janeiro a junho, o crédito poderá ser utilizado a partir de outubro do mesmo ano. Já para as compras realizadas de julho a dezembro, vale a partir de abril do ano seguinte.

Os valores dos créditos poderão ser depositados na conta bancária do contribuinte, creditado no cartão de crédito ou usado para reduzir o valor do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) do exercício seguinte.

Os créditos também poderão ser transferidos para outra pessoa. Os valores ficam disponíveis para utilização por um prazo de cinco anos.

Exemplo: - Em uma compra de R$ 100, em que o ICMS corresponda a 18%, o consumidor terá direito a R$ 5,40 (30% sobre os R$ 18,00 do imposto recolhido).

Para ter o crédito é preciso:
- Pedir a nota fiscal (cupom, tradicional ou on-line) e informar o número do CPF ou do CNPJ.
- Que a empresa vendedora emita a nota fiscal, recolha o ICMS e transmita à Fazenda, em dez dias, um arquivo das notas fiscais emitidas.
- Se cadastrar no site da Fazenda e indicar como quer usar o crédito; (http://www.fazenda.sp.gov.br/) .

Como receber o crédito
- Em conta corrente ou de poupança.
- Em cartão de crédito emitido no Brasil.
- Abatimento do valor do IPVA.
- Transferência para terceiros (como parentes, amigos).

Compras que não rendem crédito:
- Veículos, combustíveis, fornecimento de energia elétrica, gás encanado, telecomunicações e outras.

Consulta de saldo do imposto a que o contribuinte tem direito:
- O portal da Nota Fiscal Paulista vai informar os valores já creditados e os pendentes, por meio da senha de acesso.

Não recebimento do crédito:
- Se o crédito a que o consumidor tem direito não constar no site, ele pode fazer uma reclamação contra o estabelecimento na Secretaria da Fazenda.

Perguntas, respostas e legislação:
- Podem ser encontradas no portal da Nota Fiscal Paulista (http://www.fazenda.sp.gov.br/nota_fiscal/).

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A hora de tirar o plano B da gaveta


“Você está demitido!”. Não, não é mais um episódio do “reality show” do publicitário e agora apresentador Roberto Justus. Esta foi a notícia que um grande amigo, executivo de uma importante multinacional, recebeu há pouco mais de duas semanas. Assim como ele, outros profissionais bem-sucedidos, com uma carreira em ascensão, estão sentindo o gosto amargo da crise que já provocou demissões em vários setores da economia.

O momento reflete bem a necessidade de se tirar o Plano B da gaveta. Você já tem um? Se ao longo da sua trajetória, altos e baixos fizeram parte da sua vida, é bem provável que exista alguma rota de fuga. Mas, infelizmente, isso não é a realidade para a maior parte daqueles que estão em postos de comando nas empresas.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Lens & Minarelli, no ano passado, revelou que 60% dos executivos ouvidos não tinham idéia de que rumos tomariam caso recebessem o “bilhete azul”. Ter uma carreira única pode ser visto como a fórmula ideal por muitos, mas as intempéries que fogem do nosso controle, a exemplo das crises que atingem as economias mundiais, mostram o quanto se está cada vez mais sensível a cortes.

Não podemos esquecer que após a intensificação dos processos de reengenharia, a partir da década de 90, a relação entre empregados e empregadores mudou. Acabou a era da “fidelidade” em que se aposentava nas companhias. Um estudo, da consultoria Booz-Allen, aponta que atualmente há três vezes mais risco de o principal executivo perder o emprego do que existia há dez anos.

Sem sombra de dúvida, ter um Plano B virou questão de sobrevivência, de visionários que entendem o quanto é fundamental traçar possibilidades e planejar o futuro. No entanto, alerto aqui para a importância de se construir uma atividade em paralelo ou um projeto de “backup” não só quando a maré é de turbulências.

O Plano B não deve ser apenas uma alternativa no momento em que tudo dá errado. Assim como não pode ser desculpa para o fracasso profissional. O Plano B precisa ser encarado como uma opção de vida que dará tranquilidade a cada tombo que surgir no meio do caminho. Por isso, prepare o terreno dia após dia e você verá que dificilmente será pego de surpresa se tiver que mudar de rumo quando menos se espera.

Aliás, só os desprevinidos sofrerão com o inesperado, até porque quem possui um Plano B já está preparado para o dia em que precisará sair de cena. Construir um Plano B vai dar a segurança necessária para seguir o caminho que você acha que é melhor. Seja investir em uma carreira solo, seja apostar naquele sonho de ser dono do próprio nariz.

Não é fácil manter várias atividades simultaneamente. Ainda mais quando somos vítimas da falta de tempo e da pressão que enfrentamos no dia a dia. E aí vão me perguntar: como me dedicar em criar um Plano B quando mal consigo dar conta do meu plano A? A resposta é simples. Nem sempre você precisa ter “carreiras” em paralelo e, sim, manter sempre em mente o que pode ser feito na hora do inesperado acontecer.

A vida não segue roteiros, mas para quem se planeja a rota seguirá seu curso desejado. Pode não ser exatamente do jeito que você idealizou, no entanto, não o deixará refém do destino. Lembre-se que se você não conduzir o barco da sua vida, ele vai fazê-lo por você. E o final pode não ser o desejado.

Aproveite a hora para traçar seu Plano B e impedir que sua vida um dia seja virada pelo avesso. Para tudo tem jeito. Não desanime! Ao final das contas, você é o CEO do seu destino.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um novo ORGANON


A palavra grega Organon, significa "instrumento" ou "ferramenta", para orientar e corrigir a mente, na busca de uma verdadeira compreensão de nosso conhecimento, em algo útil e proveitoso para a vida dos homens.

Participe.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vacuidade e “Gestão Pública”

Segundo os dicionários: Vacuidade "ausência de ideias, vazio moral ou espiritual” .

Pensar, nem pensar! Isto ocorre quando não somos nós mesmos honestos na intimidade do nosso pensamento. É sempre mais fácil comprar uma ideia pronta, que pode ser uma mentira social ou política, que atende o momento.

Um soneto ou uma poesia, podem ajudar a combater a vacuidade, se refletidos e incorporados.

"Hino à Razão" - Soneto de Antero de Quental

Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça
De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações
buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!

"Evolução" poema de Antero de Quental

Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paul, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O paradoxo da inovação na Administração Pública


Uma pergunta que faço todos os dias. Quando é que o serviço público vai parar de ser obsoleto? Tenho escutado muitas pessoas afirmarem que não tem jeito, mas como um bom teimoso, acredito que a criação contínua de novos diferenciais competitivos, podem reverter este cenário.

Este diferencial passa em redescobrir como seduzir o cidadão, através de pesquisa, planejamento, desenvolvimento e marketing, que identifique a melhor estratégia para que o serviço público possa ser prestado com agilidade, qualidade e efetividade, com a opção virtual.

Inovar pode ser uma atitude simples de comportamento de parar de fazer as coisas de forma compulsiva e repetitiva, que não levam a lugar algum, sem avaliações das repercussões no curto, médio e longo prazo, em termos dos resultados do que está sendo prestado.

Não basta apenas inovar, precisamos incluir todos. Uma inovação que atenda a poucos, como ocorre hoje na saúde, que só trará benefícios para a população geral daqui a 10 anos é importante, mas o fator tempo precisa ser avaliado pelo enfoque social e não apenas pelo econômico. O poder público precisar ser agressivo, o interesse público não pode mais ficar limitado ao interesse privado.

“Quanto maior a crise maior a oportunidade”, ditado popular que se aplica ao momento. Assim, precisamos parar de introduzir inovações de pouca relevância, dadas a conta-gotas, precisamos inovar de verdade. As ferramentas e técnicas estão disponíveis para o poder público transformar suas estruturas e inovar no estilo de gestão, não apenas como um impulso frente à tendência atual, mas como forma de resgatar a credibilidade.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Resgatando o conceito de público-alvo e inovando o Orçamento Público


Uma nova era de responsabilidade impõe para o gestor público a necessidade de criatividade e inovação, para que possa atender as exigências de uma sociedade que almeja o progresso e a paz social.

Cada organização, pública ou privada, possui um público-alvo para o qual atua produzindo bens ou serviços, comumente denominado por cliente. No caso de empresas, este público é o consumidor, enquanto que para a organização pública, o público-alvo, em sua instância final, é o cidadão.

Para que as organizações públicas possam produzir bens ou serviços precisam de autorização legislativa, o que difere das organizações privadas, que podem produzir qualquer coisa, desde que não seja ilegal.

O instrumento que deveria detalhar os bens e serviços que as organizações públicas deveriam entregar para o cidadão é a Lei Orçamentária Anual – LOA. Parece que aqui está a raiz de todo o problema da área pública, em relação ao seu cliente que é o cidadão.

Os Orçamentos Públicos que são produzidos no Brasil apresentam uma lógica perversa. São estruturados para atender aos sistemas de controle do Tribunal de Contas, que quando fiscaliza, verifica apenas se a despesa fixada foi realizada segundo as normas vigentes. Quando o orçamento é aprovado pelo Poder Legislativo vira uma lei codificada, feita para a contabilidade pública, e de difícil leitura para o cidadão.

Inovar o Orçamento Público é resgatar o conceito de público-alvo. O Estado existe para atender o interesse público e não o privado. Nesta perspectiva, o Orçamento Público precisa demonstrar quais são as metas fixadas para os objetivos estratégicos, que visem atender a uma demanda, oportunidade ou resolver um problema, de forma clara e transparente para o cidadão.

Assim, a importância de um órgão público, se dá em razão da responsabilidade pela realização dos objetivos estratégicos, e não em razão do volume de recursos existentes em seu orçamento ou do nome de seu dirigente.

O resgate do conceito de público-alvo, impõe ainda, que o debate para aprovar o Orçamento Público, deva girar em torno das metas fixadas. Das metas é que decorre todo o desdobramento do orçamento. Lembrando que uma meta, qualquer que seja ela, deve ser específica, mensurável, exequível, relevante, e com tempo para ser alcançada.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Criando um ambiente para inovar a Administração Pública

A inovação não é uma responsabilidade exclusiva de departamentos ou de grupos específicos, para isso precisamos encorajar as pessoas a trocar ideias, que permitam incorporar na administração pública brasileira uma gestão inovadora.

Nas organizações as pessoas reproduzem sem perceber a cultura da organização burocrática, geralmente detalhada em procedimentos formais defasados da atualidade, que desencorajam a apresentação de uma proposta de mudança, em razão da dificuldade em vencer um sistema de comunicação hierarquizado que impede, tanto quem está na base da pirâmide, quanto os colaboradores externos em apresentar suas ideias.

Existe a necessidade de romper este modelo. Para isso, precisa ser criado Portal na Internet, que estabeleça uma comunicação direta entre o governo e a sociedade, estruturado por tema, contendo todos os dados do Estado, que possam ser acessados e avaliados através de ferramentas de estatística, geoprocessamento e busca, que permita nivelar o conhecimento existente para o debate e troca de informação.

Para debater ou apresentar sugestões é preciso conhecer profundamente o que se propõe mudar. Mudar por mudar não trás benefício algum à sociedade. Um “Portal” que vise tornar acessível a informação utilizada por departamento ou grupo de pessoas, somente irá criar uma sinergia transformadora, na medida em que o poder público e a sociedade, de forma colaborativa efetuem uma leitura comum dos problemas, identifique as causas, estruturem ações para eliminar as causas do problema e monitorem a realidade, através de indicadores que permitam identificar se o problema foi ou não eliminado.

É tempo de mudança: a crise financeira vai mudar a economia e o mercado; o aquecimento global já mudou o tempo, a temperatura e vai mudar a forma de viver das pessoas. O Estado não pode mais continuar inventando soluções mágicas de curto prazo por via legislativa, e esperar que num passe de mágica a mudança ocorra.

O Segredo: Hoje a Administração Pública brasileira, com rara exceção trabalha apagando incêndio. O foco da atuação é estruturar programas e ações para resolverem problemas. Como os recursos são escassos, então se trabalha para resolver parte dos problemas. A rotina é dar explicações da burocracia, da ausência de prazo na Justiça, do caos do trânsito, da violência, da baixa qualidade do ensino, da corrupção, e demais questões relacionadas à ineficiência do Estado.

O Segredo do Segredo: a Administração Pública precisa trabalhar atendendo as demandas e oportunidades existentes. Quando não atende uma demanda gera problema e aí o círculo que conhecemos se instala. O foco da atuação deve ser no uso inteligente da informação transparente e colaborativa, na racionalização de procedimentos que eliminem a burocracia e privilegiem a agilidade e qualidade do serviço oferecido à sociedade.

O mundo para evoluir precisa de mudança, tomando sempre novas qualidades, onde nada é como era ontem e nada será como é hoje. Se evoluir é a regra, devemos criar mecanismos que possibilitem a nossa participação efetiva, para que possamos ser os verdadeiros protagonistas de nossa identidade e destino.