segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Demografia. Seção 1 Cap. I Livro: Indicadores Luzes para o Mundo



Pirâmide etária da população residente – Brasil Período de 1980 a 2000
Fonte: IBGE – Censo demográfico de 1980 a 2000



"A Demografia é uma área da ciência geográfica que estuda a dinâmica populaciona humana. O seu objeto de estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas, variando devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por critérios como a educação, a nacionalidade, a religião e a etnia" Wikipédia.


A taxa de natalidade indica o número de crianças que nascem anualmente por cada mil habitantes, numa determinada área. Como estamos tratando de qualidade de vida, outras variáveis qualitativas precisam ser agregadas ao indicador, como: tipo de partos (cesariana, normal ou outro), números de meses da gestação ao nascimento, peso, tamanho, qualidade da saúde ao nascer.

A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos geralmente para cada mil habitantes em uma dada região em um período de tempo. A investigação das causas relacionadas as mortes devem ser conhecidas, pois só assim será possível implementar políticas públicas de saúde preventiva.

A migração são os movimentos de entrada e de saída, que ocorrem entre cidades, estados e paises. O Brasil é um país de migrantes. É bastante comum encontrar nas nossas comunidades, no trabalho, entre os colegas, pessoas provenientes de outras cidades, outros estados e até mesmo de diferentes países. Essa realidade é o espelho de um país de grande mobilidade humana. Homens, mulheres, idosos, famílias, trabalhadores, com e sem emprego, perambulam no país em busca de melhores condições de vida, muitas vezes fugindo de situações insustentáveis, outras vezes perseguindo um sonho, por uma terra prometida.

O Envelhecimento de uma população pode ser vista como um problema social, se olhado sob o aspecto do financiamento do sistema previdenciário, ou como um estágio a ser atingido, quando visto como um status a ser alcançado pelo ser humano.

Números sozinhos retratam apenas um aspecto do problema, mas quando estruturado em indicadores, começam a incluir questões qualitativas na análise, na medida em que se comparam a outros números e realidades.

É possível perceber que na década de 1980, a faixa da população de 0 a 4 anos era a que concentrava o maior número de pessoas da população. 20 anos depois, passamos da 1ª linha para a 4ª linha da Pirâmide Etária. Está evolução para os níveis superiores representa um novo perfil dominante da população brasileira, situada em 2000, entre 14 a 20 anos, e uma tendência que num futuro próximo os idosos venham a ser a nova linha de maior concentração de pessoas. Como a taxa de fecundidade interfere na pirâmide etária? Que pirâmide etária teremos no futuro? É a que queremos?

Os fatores que contribuíram para o envelhecimento da população precisam ser conhecidos, através do monitoramento dos vetores de desempenho qualitativos. Os números falam, indicam caminhos e propõem medidas a serem tomadas. Não podemos assim ficar na dependência de censos, que são realizados a cada 10 anos. Uma década é muito tempo para representar uma realidade atual. Os sistemas de informações existentes que contemplam os dados de natalidade, mortalidade, migração, podem estar ligados entre si e em tempo real, e a informação disponibilizada para todos, num processo de transparência efetiva.

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