quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Conversa de aconselhamento e enquadramento organizacional


"Se uma ideia não parece absurda no início, então não há esperança nenhuma para ela."Albert Einstein
Enquadrar significa pôr em quadro, encaixilhar, emoldurar. Porém, o significado específico que desejo explorar é apenas a ponta do iceberg, a parte visível, que nas organizações, de forma intencional ou não, ajusta o comportamento das pessoas e perpetua a cultura existente.
Observando as organizações, com as suas múltiplas tensões, contradições, avanços e recuos, é de notar a importância do conhecimento ético para compreender os conflitos organizacionais.
Muitos dos conflitos são resolvidos através da pura técnica do enquadramento, que consiste do uso da ameaça velada, em conversas de aconselhamento, que carrega outras motivações mais profundas e de outra ordem.
O enquadramento visa tornar a cultura organizacional compreensível e facilita a superação de situações geradoras de tensões e conflitos, positivos e negativos
Se a cultura exprime o universo organizacional, o enquadramento, quando utilizado de forma indevida, ultrapassa os limites éticos do trabalho e invade o universo particular de cada pessoa, para imprimir a linguagem da dominação, que busca limitar a iniciativa de livres pensadores, inovadores e iconoclastas, pelo temor que estes possam mudar um status quo, forjado por diferenças, hierarquias, tradição, e leis, que não serve mais para o mundo atual.
Quando não se consegue achar nada no trabalho da pessoa, os enquadradores buscam na personalidade de quem pode representar ameaça, as características que os incomodam, para justificar o enquadramento.
Bom humor, irreverência, lealdade, inteligência acima da média, visão critica, capacidade de se comunicar em igualdade de condição, com os desiguais, e a condição de estar de bem com a vida, incomoda os limitados, e ao enquadrador, resta a tarefa de maquiar esta pessoa como boçal, prepotente, arrogante e insubordinada, para justificar sua ação destrutiva.
Os enquadradores ao agirem fora dos limites organizacionais, imprimem o selo de sua mediocridade em toda organização, e o desastre é observado nas falências de empresas privadas e na ausência de resultados para a sociedade em organizações públicas.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Moral, Moralidade e Moralismo

A Moral é uma das opções do livre arbítrio, em relação ao sistema de regras existentes. É aquilo que passamos a exigir de nós mesmos, a que nos submetemos sem qualquer ameaça exterior, e que ninguém pode impor, a não ser para si mesmo.

Cada ser humano constrói sua moral, ela não vem pronta, e por isso ela pode variar em função, da época, da educação recebida, da cultura, do meio, da família, dos amigos e do trabalho. Olhar o mundo e as pessoas com respeito, sem esperar nada em troca, é uma ação da moral, que só pode ser julgada pela consciência.

Quando não te permites tudo, sem esperar nada em troca, é porque a moral encontrou abrigo na mente daquele que optou em ser livre, solidário, e humanista. A este respeito as regras, chamamos de moralidade.

No Moralismo a ação moral procura impor uma vontade, quer por uma ameaça ou temor religioso. O certo ou errado, não é mais uma opção pessoal, e sim um comando do terceiro, que prega uma moral, que muitas vezes não é sequer a dele.

O Moralismo se utiliza da moral, para pregar a intolerância, o preconceito e o puritanismo, que não garantem o bem-viver, na medida em que segrega, cria fronteiras e abismos, entre as pessoas, que sequer se conhecem, e não possuem um referencial moral comum.

Se a moral é um sistema de regras, e a moralidade é o respeito a essas regras, o moralismo é a apropriação indevida da moral, para servir às falácias, amplamente utilizada, pelas pessoas, políticos e gestores descomprometidos com o bem comum.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Valores do Século XXI

Quino,
Cartunista argentino autor da “Mafalda”, desiludido com o rumo deste século no que respeita aos valores humanos.

















O STF, a Ficha Limpa e a alternativa moral


A Lei Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país.
Em votação no STF (Supremo Tribunal Federal), para definir sua aplicação nesta eleição, o resultado ficou no 5 x5.
O presidente do STF Cezar Peluso votou contra a validade da Lei da Ficha Limpa.
Os votos dos ministros:
Celso de Mello votou contra a validade de lei e também pela impossibilidade de aplicá-la no caso de políticos que renunciaram para escapar de cassação.
Marco Aurélio votou contra a aplicação da lei nestas eleições por considerar que a legislação altera a correlação de forças do pleito.
Ellen Gracie, que era considerada uma incógnita, votou pela validade da lei nas eleições deste ano.
Carlos Ayres Britto, o relator, afirmou que a legislação deve valer para políticos que renunciaram antes de sua promulgação.
Ricardo Lewandowski, votou a favor da Ficha Limpa.
Joaquim Barbosa, vouu a favor da Ficha Limpa.
Cármen Lúcia, votou a favor da Ficha Limpa.
Gilmar Mendes, votou de forma contrária da Ficha Limpa.
Dias Toffoli, votou de forma contrária da Ficha Limpa.
Eros Grau, aposentado em 2 de agosto de 2010.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é um dilema moral?


O dilema moral surge diante de um problema onde a moralidade é relevante, e que não se sabe o que é moralmente bom ou certo. Abrange no mínimo duas ações, em que a pessoa é exigida a fazer, mas que pode fazer apenas uma.
No livro A Escolha de Sofia, de William Styron, uma prisioneira polonesa em Auschwitz recebe um "presente" dos nazistas: ela pode escolher, entre o filho e a filha, qual será executado e qual deverá ser poupado. Este é um exemplo de dilema moral concreto.
O uso falacioso do dilema moral ocorre quando regimes totalitários ou democráticos, justificam suas ações, destinadas para uma maioria, em detrimento a uma minoria. Neste caso, não estamos diante de um dilema moral, e sim de alternativas morais.
Um dos dilemas mais conhecidos da literatura universal talvez seja o vivido por Hamlet (ato 3, cena 1).
Ser ou não ser, eis a questão !
Que é mais nobre para o espírito sofrer:
os dardos e flechas de uma sorte ultrajante,
ou tomar armas contra um mar de calamidades
e, resistindo, por-lhes fim ?
Segundo os Pós-Doutores, Atahulpa Fernandez e e Marly Fernandes, hoje, vários estudos afirmam que existe no cérebro respostas automáticas, que são ativadas diantes de questões morais. É como se todos os dados sociais do momento, os interesses de sobrevivência pessoal de que estamos dotados, a experiência cultural que já vivenciamos e o temperamento básico de nossa espécie alimentasse os mecanismos subconscientes e inatos que todos possuímos e daí surgira uma resposta, um impulso para atuar ou deixar de atuar.
Porém, diante de dilemas morais, o cérebro possivelmente deve travar, e quem passa a comandar a decisão não é mais a razão e sim a emoção.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia da árvore


A “Plantemos para o Planeta: Campanha Bilhões de Árvores” é uma iniciativa global de plantio de árvores promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Pessoas, comunidades, empresas, indústrias, organizações da sociedade civil e governos são incentivados a fazer um compromisso de participação online. A Campanha encoraja o plantio de árvores nativas e árvores que são apropriadas para o meio ambiente local.
Para mais informações acesse o site oficial da Campanha de 12 Bilhões de Árvores.(http://www.unep.org)
O simbolismo – e o significado substancial – de plantar árvores tem poder universal em todas as culturas e todas as sociedades da Terra, e é uma forma de os individuos; homens, mulheres e crianças participarem na criação de soluções para a crise do meio ambiente
Al Gore - Earth in the Balance

Quem não raciocina!


Você já pensou por que tomou determinada decisão Irracional. A resposta é que o cérebro humano é fonte de racionalidade e da irracionalidade. Para alguns o cérebro é dividido em duas partes: o cérebro emocional e o cérebro responsável pela lógica. E os dois decidem, de forma consciente ou não.
Hoje o irracional não se reduz a ignorância ou loucura. O momento político é rico de exemplos, basta ver os discursos politiqueiros, cada um concorrendo para ser o representante do Bem contra o Mal, as bruxas de 400 anos atrás, foram recicladas e reprojetadas. A irracionalidade confunde informação com conhecimento, e conhecimento com sabedoria.
Contrariando as previsões de pensadores que imaginavam o homem do futuro plenamente racional dominando a natureza, o que se observa é que a sensação de vazio mental e social, criaram espaços, primeiro em nossa mente, para superstições, crendices, fanatismo místico-religioso, de toda ordem, que pode ser observado pelo número de pessoas que procuram a cura pela fé, mapas astrológicos, conversa com falecidos, adivinhadores de futuros insertos, que pé de coelho dá sorte, entre outras tantas crendices.
Já o vazio social, possibilitou que se instalasse na sociedade todo tipo de beligerância, a corrupção, o narcotráfico, a violência, os governos insensíveis e cínicos , a imprensa alarmista, etc.
Carl Sagan, no livro O mundo assombrado pelos demônios (C. Letras1996). Abre a perspectiva de que a ciência, a filosofia, as artes, a cultura, são os principais caminhos para a humanidade exercitar o discernimento e se aproximar da verdade. Como se fossem velas no escuro, devem formar nossa sabedoria para termos esperança, segurança e paz.

sábado, 18 de setembro de 2010

O limite da Justiça não é uma fronteira criada pela mente



Muitos são os limites que asseguram a submissão do juiz ao ordenamento jurídico, exigência do Estado Constitucional de Direito. No âmbito jurisdicional são fiscalizados pelos interessados que participam do processo, pelos membros do Ministério Público, pelos advogados, pelos órgãos disciplinares, pelos órgãos recursais de grau superior, pela imprensa e pelo povo.
Estes controles decorrem em razão da base filosófica e religiosa do ocidente, onde as leis divinas são imutáveis e, por conseguinte, as leis dos homens, precisam se ajustar a estas leis. Com isso, a ordem passa a ser o reflexo mais da fé do que da lógica.
Mesmo no mundo infinitamente complexo, em que vivemos, o poder de decisão do juiz nos casos de omissão normativa é limitado pela própria lei, ou seja, o juiz não tem o poder de decidir os conflitos seguindo sua própria opinião ou seu conceito de justiça (art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro).
Isto explica em parte, porque para a Justiça, a noção de realidade e verdade, é uma noção muito mais estética, na medida em que o elemento “verdade” não é tão primordial, quanto à beleza do documento, que sobrepõe à verdade, mas que cumpre os requisitos da lei. Se o processo contempla no mínimo duas verdades, a do Autor e a do Réu, o documento, a petição, deve possuir apenas a forma prescrita em lei.
Neste cenário de “fazer justiça” o processo é legalizado em vários códigos de processos, onde do juiz, apenas as competências relacionadas ao cargo são necessárias, e o restante de sua humanidade pensante descartada. O que simboliza este processo é a deusa Themis, vedada, símbolo da fé (lei) que não pode ser confrontada com a razão.
Hoje se discute que o problema da justiça é a falta de produtividade, que se traduz em tempo para a entrega da Justiça. Como a produtividade do judiciário é traduzida pela capacidade de gerar sentenças pelo juiz, que já está operando sempre no seu limite, fica a pergunta: qual a diferença de uma justiça entregue por uma máquina, com alta capacidade de processamento de dados e velocidade de imprimir as sentenças, da sentença entregue por um juiz, limitado pela lei.
Se a lei limita a mente que cria, para onde estamos indo na produção da justiça? Qualquer Engenheiro, Administrador ou Analista de Sistemas, ao reproduzir um fluxograma de tomada de decisão, para processos que se repetem, sabe que a automação é solução para dar qualidade e agilidade ao processo avaliado. Na justiça, os operadores do direito, por não possuírem a técnica, optam pelo caminho da contratação de novos juízes, estagiários e assessores para realizar pesquisas de casos idênticos, para prepararem sentenças idênticas as já salvas, que, após ajustarem número do processo e das partes, serão apenas assinadas pelo juiz.
A tese pode parecer perigosa, mas essas iniciativas não servem para o futuro, e os recursos financeiros não podem apenas servir para alimentar o crescimento de organizações que não produzem os resultados desejados.
Empresas para admitir funcionários passam a exigir exames antidrogas, e o exame mais eficiente analisa a queratina do cabelo. Esta exigência não está na lei, mas está sendo exigida pelas empresas, na tentativa de reter talentos. A lei ou a falta da lei, não pode ser impeditiva para quem detêm o poder de implementar as inovações necessárias para que a sociedade tenha uma Justiça ampla, efetiva, e em tempo real para suas demandas.

Com a palavra os personagens.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Organizações doentes

As organizações também ficam doentes, e a doença pode estar incubada nas pessoas, nos processos, no capital e/ou no produto organizacional. Diferente da área privada, onde a doença pode levar a morte, na área pública, as organizações mesmo doentes, não morrem, não produzem resultados, mas continuam consumindo recursos públicos.

Os principais sintomas das doenças organizacionais quando diagnosticadas corretamente, possuem medicamentos com prescrição eficaz.
Nas organizações, o placebo (fármaco inerte), ainda é consumido em larga escala, por gestores despreparados, que só sobrevivem por estarem inseridos numa sociedade também doente, que inerte aceita tudo de forma passiva.

Mainstream


"O mainstream é um fenómeno que varre as sociedades contemporâneas. Consiste numa opinião que, repetida à exaustão, se instala como verdade e linha de orientação. Mas em geral é uma opinião sem fundamento nem submissão à lógica.

O mainstream é um produto dos clips televisivos, necessariamente curtos, onde a argumentação não pode ter lugar. Entre o ver e o falar pouco, é a imagem que produz a opinião. Esta instala-se em cada um como preconceito, mas é tomada como certeza inabalável.

O mainstream tem os seus heróis e os seus vilões. Os heróis são jovens brancos, bonitos, emotivos, encantadores e também manipuladores.

Os vilões são escolhidos entre aqueles que despertam inveja ou vingança, mas têm geralmente rugas ou qualquer outro defeito que se note bem. Se não têm, inventam-se com montagens fotográficas ou televisivas. O mainstream pode não corresponder à maioria das opiniões. Mas quem tem uma opinião diferente, cala-se. Se falasse, seria rapidamente maltratado e equiparado aos vilões.

O mainstream é feito por aqueles que berram ou têm palco. Mas dado que é, por sua natureza, imitação, ele apenas se repete. Quem anda no mainstream não tem tempo para ler, estudar ou investigar, pois passa o seu tempo a repetir.

O mainstream é fruto da ignorância e da preguiça mental. Mas confere aos ignorantes a oportunidade de terem um protagonismo que não teriam de outro modo."

José Luís Pio de Abreu - blog Rerum Natura

sábado, 11 de setembro de 2010

Felicidade custa R$ 11 mil por mês, aponta estudo

RICARDO MIOTODE
SÃO PAULO
Para saber até que ponto dinheiro compra felicidade, estatísticos analisaram um banco de dados gigantesco nos EUA. Descobriram um valor a partir do qual mais riqueza não significa mais bem-estar: R$ 11 mil por mês. "Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão", diz Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002 e co-autor da nova pesquisa publicada na revista científica "PNAS". Para ser feliz, então, o importante não é ser rico, mas sim não ser pobre, revelam entrevistas feitas com mais de 450 mil americanos. A pesquisa funciona assim: entrevistadores pedem que as pessoas relatem a freqüência com que se sentiram felizes ou sorridentes recentemente. Perguntam o mesmo com relação ao estresse. Pedem também que, em uma escala de zero a dez, digam o quanto estão satisfeitas com as suas vidas --a "nota" média dada pelas pessoas foi de 6,76. Cruzam, então, as respostas obtidas com dados sobre a vida dos entrevistados.
Assim, eles descobriram, por exemplo, que gente solitária se sente muito infeliz até em comparação com quem sofre de um problema crônico de saúde. Ter filhos, por outro lado, traz felicidade. Mas, curiosamente, em média o efeito é menor do que o de ter um plano de saúde --ao menos em países em que o sistema público de hospitais é ruim, como os EUA e talvez o Brasil. Surpreende também a correlação entre envelhecer e se sentir mais feliz. Aparentemente, os anos fazem com que as pessoas aprendam a lidar com as dificuldades. O fator campeão de bem-estar, porém, é ser uma pessoa religiosa. Angus Deaton, também de Princeton, esboçou uma explicação para a Folha sobre isso. "Quem vai à igreja faz amigos por lá, e isso tem um impacto muito bom. A religião também ajuda os fiéis a entender algumas questões mais difíceis da vida, e isso pode servir de apoio em tempos difíceis. Além disso, muitas igrejas oferecem cuidado médico ou apoio social." A fé é o único fator que consegue até ganhar do dinheiro na busca pela felicidade. O valor de R$ 11 mil reais, claro, serve como indicador, mas é bom ter em mente que, como ele se refere aos Estados Unidos, uma margem de erro precisa ser levada em consideração ao adaptá-lo ao Brasil --onde, ao menos em algumas cidades, o custo de vida pode ser bem diferente. "Nós sabemos, por exemplo, que os latino-americanos costumam se sair bem em medições de felicidade", recorda Angus Deaton.

Mapa Múndi da Maioridade Penal


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

45 anos de Administração

A profissão de administrador é historicamente recente e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que se comemora o Dia do Administrador. Com 45 anos, a profissão de Administrador entra em sua melhor idade.

Como ciência é um ramo das ciência humanas, ditas sociais, pois trata dos agrupamentos humanos, mas com uma peculiaridade que é o olhar holístico, buscando a perfeita integração entre pessoas, estrutura e recursos.
Além dos conhecimentos específicos em Administração, a técnica administrativa utiliza conhecimentos do Direito, Contabilidade, Economia, Matemática e Estatística. São igualmente importantes para a ciência da administração a Psicologia e a Sociologia, sem esquecermos da Informática.
Instituições de Direito Público ou Instituições de Direito Privado criadas para fins lucrativos ou para finalidades sociais, dependem da ciência da administração para funcionarem, assim como o veículo precisa do piloto para o conduzir.

Embora a profissão tenha a sua reserva de mercado definida em lei, assim como possui o Contador, o Médico, e o Advogado, entre outras profissões regulamentadas, a fiscalização do exercício da profissão ainda é tímida, em razão da tolerância do Ministério Público, do Poder Judiciário, e do Poder Legislativo, em patrocinar a prática criminal do exercício irregular da profissão de Administrador, em suas instituições, quando criam cargos com nomenclaturas genéricas, mas que reproduzem no seu escopo atribuições privativas do Administrador, ou nomeiam servidores e membros sem o conhecimento e a técnica do Administrador, para cargos em área privativa do Administrador.

Para aqueles que sonham com um Estado e uma Justiça ágil e efetiva, o caminho para a realidade, passa pela valorização do Administrador. Cada Profissional no seu quadrado

Parabéns Administrador.

Veneno ou alimento?




Houve um tempo em que não existia oxigênio na atmosfera terrestre. Aliás, o oxigênio era tóxico para os organismos então existentes.
Mas houve um deles – a bactéria azul – que, além de resistir ao oxigênio, produzia-o em resultado do seu metabolismo. Na verdade, foi a precursora das árvores e plantas atuais, que expulsam o oxigênio como detrito do seu alimento.
Nessa altura, porém, existiu uma guerra de morte: todos os organismos sensíveis à toxicidade do oxigênio acabaram envenenados. Durante mil milhões de anos, a Terra ficou exclusivamente coberta pela bactéria azul.
Os outros organismos tentavam reproduzir-se, por vezes escondendo-se na água. À superfície da Terra só sobreviveram os que resistiam ao oxigênio. Mas o maior êxito foi daqueles que, para além disso, começaram a usar o oxigênio em seu proveito.
O veneno passou a ser alimento. Os seres vivos diversificaram-se, ganharam autonomia, povoaram a Terra e deram origem aos humanos. O oxigênio já fazia parte da atmosfera.
Os humanos lá foram evoluindo, adaptando-se a todas as contingências, trocavam bens entre si até produzirem dinheiro. O dinheiro, a princípio, apenas substituia os bens. Mas depois autonomizou-se e correu à volta do mundo.
No seu caminho, já provocou desastres e foi venenoso, embora beneficiasse quem se alimentava dele. Hoje, faz parte da atmosfera dos humanos, e é produzido sem cessar pelos Bancos Centrais, a nova bactéria azul. Se é veneno ou alimento, depende do modo como nos adaptamos a ele.

Texto de José Luís Pio de Abreu - blog Rerum Natura

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As portas e os porteiros do direito


Diante da Lei há um porteiro. Como homem do direito, este porteiro deveria cada vez mais dinamizar o acesso às portas, que permitam as pessoas viverem a sua liberdade própria, executarem o seu trabalho pessoal, e agirem concretamente na abolição das desigualdades.

Pessoalmente, tenho batido em portas que ainda se encontram fechadas. As portas estão aí, o problema está nos porteiros, que continuam mantendo portas fechadas, que deveriam estar abertas para todos.

Hoje o porteiro prefere doutrinar, na medida em que só abre as portas que lhe interessa. E em alguns casos, o porteiro é um selecionador, que substitui a presunção de inocência pela de culpa, com a finalidade única de fechar todas as portas, quando opta em não dar acesso. Este porteiro prefere as filas das pessoas que não pensam, criticam ou discernem.
Mas tudo pode mudar. As portas podem ser automatizadas, e os porteiros eliminados. No direito esta mudança está prestes a acontecer, como já aconteceu com o acesso a informação. Hoje a informação é instantânea, democrática e gratuita, onde cada pessoa pode dizer a todos o que pensa e o que sabe.
O tempo é dos iconoclastas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O que conhece e O que faz

A seleção de pessoal tem como objetivo básico o de escolher e classificar os candidatos adequados às necessidades da organização. O que os candidatos precisam saber é que as organizações estão migrando o processo de seleção de pessoal, que passa a priorizar muito mais um currículo com base em competências, do que um currículo com base apenas em conhecimento.
Competência é o saber fazer, que permite comunicar informação, ideias, problemas e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não especialistas; competências de aprendizagem que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida com elevado grau de autonomia.
Nas organizações a criação de novos conhecimentos continua sendo algo importante, a propagação também, mas a aplicação prática do conhecimento gerado passou a ser requisito primeiro, ou padrão de excelência. O padrão antigo exigia apenas a geração de conhecimento, agora o novo padrão exige que o conhecimento gerado possa ser agregado as competências das pessoas.
É importante destacar que o conhecimento geral, continua sendo necessário, não se trata do economismo redutor, mas é fato, que para cada ambiente, existem um conjunto de conhecimentos específicos, que só se traduzem em competências, quando o homem sabe o que fazer com este conhecimento.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A corrupção e o custo social

Desde a entrada em vigor da Lei de Improbidade Administrativa, em 1992, a Justiça paulista examinou 764 ações e bloqueou R$ 5,9 bi .
Atos de improbidade por parte de autoridades, incluindo enriquecimento ilícito, má gestão e prejuízo ao Erário, custam ao Estado de São Paulo pelo menos R$ 1,8 bilhão por ano. Só a Promotoria do Patrimônio Público e Social cobra R$ 32,1 bilhões de gestores públicos, com base em 764 ações, de dezembro de 2002 até dezembro de 2009. Por conta delas, já há R$ 5,94 bilhões bloqueados pela Justiça para ressarcir o Tesouro.
Os dados constam de documento divulgado pela Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo e levam em conta exclusivamente ações abertas na capital, com base na Lei 8.429/92. No entanto, o texto não aponta os nomes de alvos que a promotoria fustigou nos tribunais.
Os promotores cobravam anteriormente R$ 34,2 bilhões, mas esse valor foi reduzido porque 25 ações que miravam R$ 117,4 milhões foram extintas sem julgamento de mérito e também porque a Justiça declarou improcedentes definitivamente outras 59, que tratavam da recuperação de R$ 1,89 bilhão. Estão em curso 337 ações que pleiteiam R$ 22,7 bilhões. Sobre essas ações ainda não há decisão judicial. São 211 as ações consideradas procedentes, mas ainda não de forma definitiva, e elas apontam para uma cifra de R$ 8,26 bilhões. Outro R$ 1,1 bilhão envolve 33 ações em execução e 71, julgadas improcedentes não definitivamente.
O relatório foi apresentado na abertura do 1.º Congresso do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo, evento da Procuradoria Geral de Justiça e da Escola Superior do MP, que reúne promotores e magistrados que se dedicam a combater a corrupção e desvios na administração. "Esses números nos dão um quadro da gravidade da situação que enfrentamos no desempenho de nosso papel constitucional de guardiães da lei e da moralidade pública", declarou o procurador-geral, Fernando Grella Vieira. Para ele, a instituição "tem feito um esforço muito grande no sentido de combater as práticas ilegais e imorais dos agentes públicos, buscando a punição dos responsáveis, na forma da lei, de forma a desestimular a malversação do dinheiro público e inibir futuras posturas de improbidade administrativa e de corrupção".
O dossiê foi preparado pelos promotores Saad Mazloum e Silvio Antonio Marques, secretários executivos da Promotoria do Patrimônio, braço do Ministério Público que investiga improbidade. Mazloum e Marques são especialistas nessa função. Nos últimos dez anos, eles e seus colegas conduziram as principais investigações contra prefeitos, secretários municipais e estaduais, presidentes de autarquias e ex-governadores.
O relatório divulgado por Grella mostra que, em São Paulo, há 510 processos cadastrados vinculados ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O total de condenações perante a Corte paulista é de 1.048. São resultados das ações propostas pelo Ministério Público Estadual. Ainda de acordo com o dossiê apresentado pelo procurador-geral, o número de processos vinculados ao Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), oriundos de ações ajuizadas pelo Ministério Público Federal em São Paulo e Mato Grosso do Sul, chega a 7. O total de condenações pelo TRF-3 soma nove.
Do total de condenações por ato de improbidade administrativa na esfera estadual, 1.299 tiveram enquadramento no artigo 11 da lei, que trata sobre os atos que atentam contra os princípios da administração pública - honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. As condenações pelo Artigo 10, dedicado aos atos que causaram prejuízo ao Erário, somam 1.299. Por último, aparecem as 652 condenações pelo Artigo 9 - auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Comportamentos poucos virtuosos



A virtude é uma disposição das pessoas em praticar o bem, representa retidão moral, probidade, excelência moral. Nas organizações o comportamento é moldado segundo a cultura que por suas práticas, ações, crenças e valores, criam uma identidade própria.
O aumento da produtividade e da qualidade, o estímulo a inovação e a mudança, a lealdade e a ética, tanto para executivos quanto para funcionários, são valores repassados como necessários para a geração dos resultados. Contudo, o que se observa, mesmo nas organizações de sucesso, que o esforço que promoveu os resultados é de todos, porém, os resultados são somente de meia dúzia.
Na área pública, os comportamentos poucos virtuosos ganham nova dimensão, quando o gestor público divulga como sendo sua, as ações desenvolvidas pela instituição pública em que trabalha. Essa prática gerencial, revestida de comportamento ímprobo e egocêntrico, tem sido a causa do baixo desempenho da área pública, na produção de resultados úteis para a sociedade.
Embora Kant tenha considerado o conflito entre a razão e o desejo humano como algo intransponível, devemos considerar que somos dotados de imaginação, de ideais e de esperança. A religião ao trazer o transcendente revestido de bondade, limitou a livre vontade, e inibiu para os crentes, os comportamentos poucos virtuosos. É importante alertar que inibir é diferente de acabar.
O comportamento humano tem sido fonte contínua de pesquisas que pretendem explicar a totalidade de seu universo, desenvolvendo conceitos, teorias e métodos, que possam evitar a desintegração social, provocada pelos comportamentos poucos virtuosos. Para alguns é um problema social, para outros, o problema é de ordem pessoal de cada ser humano, e o cavar masmorras aos vícios e templos a virtude, passou a ser o principal desafio do homem, desde sua origem.


sábado, 21 de agosto de 2010

Eleição e a Utopia do Governo Isento

Paira sobre o eleitor uma nuvem de desconfiança, na clareza dos ideais dos partidos políticos e na postura ética dos governantes, em relação a respeitar nas campanhas eleitorais quem efetivamente decide na democracia.
Estou cada vez mais convencido que a política é um espaço onde se discute a nossa felicidade ou infelicidade, e que o governo é um bom procrastinador, que adia por adiar, sendo responsável por todos os problemas sociais e econômicos existentes.
Como dizem os políticos, nos últimos anos a coisa melhorou, mas há nesta fala, um subjetivismo que persiste e tem cura difícil, devido à ausência de investigação. O Estado pode promover uma maior ligação entre os temas de Investigação e as necessidades sociais, mas para isso, é urgente submeter à mediocridade e a táctica do golpe e da rasteira à inteligência, a uma concepção que esclareça em vez de ocultar a realidade. Muitos dos nossos políticos têm de crescer.
Falas que não se concretizam. Cada candidato promete que vai trabalhar para os eleitores, realizar o desenvolvimento da sociedade, da economia, e transformar sonhos inventados em realidade. Com o voto na urna, o candidato eleito se transforma em político e governante, e no dia seguinte esquece todas as falas e promessas. Muitos de nossos políticos têm de confirmar a lealdade com o eleitor.
Um juramento não cobrado. O candidato para ser empossado no cargo jura atuar para a sociedade, de forma isenta e sem distinção de qualquer tipo. Esse juramento vincula a ação política do Governo para com toda a sociedade. O candidato ao se apropriar de ações de governo, como sendo do candidato ou do partido político, no mínimo, está cometendo um crime de falsidade ideológica. Muito de nossos políticos têm de separar o público do privado.
Números e pesquisas isentas! Como bem disse Pitágoras, “tudo são números”. E os números numa Pesquisa Eleitoral falam a verdade e a mentira no mesmo tom. A manipulação de resultados em pesquisas eleitorais ocorre geralmente, na definição da coleta de dados, e salvo raras exceções, o resultado da pesquisa interfere diretamente no resultado da campanha, na medida em que arrasta os eleitores indecisos, para o candidato melhor posicionado. A Justiça Eleitoral têm de garantir a imparcialidade das pesquisas.
O voto e a decisão certa. Votar é um ato solene, que além de revestido de toda a formalidade exigida em lei, deve ter a garantia da Justiça Eleitoral que o processo eleitoral foi transparente, justo e perfeito. O eleitor precisa ter a certeza da ausência de qualquer tipo de fraude.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A inovação faz a diferença! Made in China!

Proposta chinesa para resolver o problema do transporte de pessoas e do tráfego citadino. Pelo projeto é possível identificar que a solução é de baixo custo, na medida em que aproveita as vias já existentes, partilhando o espaço com outros automóveis.
Do projeto para a realidade, existe um caminho curto para ser percorrido, que é a decisão de fazer.

A solução apresentada pela empresa chinesa Huashi Future Parking é parcialmente movida a energia solar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma nova forma de prestar contas

As Universidades são ótimas em mostrar nas formaturas, os índices estatísticos sobre o crescimento do orçamento, a expansão de cursos, o incremento do quadro de docentes e alunos, e o volume da produção acadêmica, mas falta algo.
Devemos querer saber mais das universidades, principalmente a respeito de:
1. Quantas empresas foram criadas pelos seus alunos.

2. Quantos empregos foram criados por essas empresas.

3. Qual o volume de negócios dessas empresas.

4. Quanto representa do PIB nacional.

5. Dos seus docentes e investigadores quantas patentes resultaram.

6. Quantas foram vendidas e deram lucro.

7. Quantas deram origem a spin-offs.

8. Qual o impacto da universidade nas exportações brasileiras.

9. Qual o valor acrescentado de um aluno da universidade: custa quanto e vale quanto.

10. Qual o impacto da universidade no cenário internacional de I&D: docentes e investigadores.

11. Quantos projetos têm a universidade.

12. Quanto valem os projetos em percentagem do orçamento da Universidade.

Segundo o Engenheiro e Jornalista J. Roberto Pires (Rerum Natura), obter esta informação dá muito trabalho. Eu penso que ele está certo, pois até hoje não encontrei qualquer tipo de prestação de contas, que respondesse as perguntas acima formuladas.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Para NIKA


Citando Shakespeare “Se seus sonhos estão nas nuvens... eles estão no lugar certo, agora construa os alicerces”...
E, como bem disse Hemann Hesse: Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagem, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.
Mas, posso lhe repassar um bom conselho dado por Nizan Guanaes: “Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. .....Das 8 às 12, das 12 às 8, e mais, se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio.”.
E, lhe desejar que os sonhos façam parte de tua vida, e que tua alma escolha os melhores para que o teu trabalho os concretize, e que isso te faça muito feliz no exercício de sua profissão.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Riscos e Defesa Civil

A gestão d0 risco ainda é uma novidade para a maioria dos gestores públicos, que ainda não perceberam que uma gestão eficaz, exige a necessidade de considerar no processo de planejamento do território, a identificação de locais de risco naturais ou provocados pelo próprio homem, e planos para enfrentar novas realidades, advindas de riscos
Na medida em que a coletividade humana é exposta a diferentes níveis de riscos, o poder público, deveria possuir projetos estruturando hipóteses de ações de proteção civil no ordenamento do território, como forma a tornar o território menos vulnerável a estes tipos de fenômenos.
Os instrumentos de gestão territorial devem contemplar um método, que antecipe ações futuras, para enfrentar situações de risco de forma contextualizada, com a racionalização dos fenômenos de crescimento populacional contínuo, e a reorganização das estruturas urbanísticas e territoriais das cidades. As ações enquanto medidas para a prevenção, mitigação e redução do risco, devem incluir a participação da coletividade sujeita às fontes de perigo.
O diagnóstico de riscos que podem ocorrer em um território, deve contemplar um portfólio de novas realidades, cuja importância é necessária para a troca de informação, de dados, a colaboração intensa entre o urbanista, o planificador e os peritos das áreas necessárias para garantir uma contínua interação, entre quem decide, quem gera conhecimento, quem interpreta dados e quem cuida da normativas coletivas.
Introduzir e reforçar uma cultura do risco na planificação urbana e territorial, ainda é uma estratégia muito pouco desenvolvida. A necessidade de mitigar e/ou reduzir os danos decorrentes de catástrofes naturais ou provocadas, será maior se as políticas contra o risco forem, não apenas implementadas, mas também incorporadas no processo de planejamento governamental, isto é, integradas no interior dos planos, quer na sua parte regulamentar, ou na respectiva execução, como elemento de rotina.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poema de Piet Hein


Primeiro as Últimas Coisas

Soluções para problemas
são fáceis de encontrar:
o problema é uma boa
contribuição.
O que realmente é uma arte
é torcer a mente
e obter um problema que encaixe
numa solução.
* Piet Hein

sábado, 31 de julho de 2010

Plantando arroz

Estas fotos nos levam a acreditar que há necessidade do planejamento... da organização... do convívio... das metas... e enfim dos resultados!!! Nem sempre nesta ordem mas, com certeza iniciando com o planejamento para a obtenção de resultados.
Não é por acaso que os orientais são tão diferentes e admirados.







É impressionante a arte do cultivos que surgiu através dos campos de arroz no Japão - mas esta não é uma criaçao extraterrestre. Os desenhos foram habilmente semeados por agricultores.
Para a criação dos desenhos, os agricultores não usam tinta. Em vez disso, utilizam o cultivo de arroz de cores diferentes, que foram estratégicamente dispostos e semeados no campo de arroz irrigado. Quando chega o verão e as plantas crescem, as ilustrações detalhadas começam a emergir.





Um guerreiro Sengoku em seu cavalo foi criado a partir de centenas de milhares de plantas de arroz.
As cores são criadas pelo uso de variedades diferentes. Esta foto foi tirada em Inakadate-Japão.



O Napoleão em seu cavalo podem ser vistos de aviões. Foi plantado com precisão e planejado durante meses pelos agricultores locais.
Personagens da ficção: o Guerreiro e sua esposa, que dão vida em séries de televisão.


Este ano, várias obras de arte apareceram em arrozais de outras zonas agrícolas neste país, como a imagem de Doraemon e Cervos Dançantes.
Os agricultores delineiam os contornos utilizando o arrozeiro roxo e amarelo Kodaimai junto com suas folhas verdes de Tsugaru, uma variedade romana, para criar estes padrões de cor a tempo entre o plantio e a colheita em setembro.


Deste nível do solo, não é possível visualizar os desenhos. Os espectadores têm de subir a torre de castelo do município para obter uma visão ampla da obra.
Aproximando a imagem, pode-se ver o cuidado que tiveram ao plantarem milhares de pés de arroz.
Esta arte se iniciou em 1993 como um projeto de revitalização local, uma idéia que surgiu em reuniões dos comitês de associações locais.
As diferentes variedades de arroz crescem juntas das outras para criarem obras magistrais.
Nos primeiros nove anos, os trabalhadores destes municípios juntamente com os agricultores locais ampliaram um desenho simples do Monte Iwaki a cada ano. Mas suas idéias foram ficando mais complexas e atraíam mais e mais atenção.
Em 2005, os acordos entre proprietários de terras permitiram a criação de enormes espaços de arte com o seu cultivo de arroz. Um ano depois, os organizadores começaram a utilizar computadores para desenhar com precisão cada parcela na plantação das quatro variedades de arroz de diferentes cores que dão vida às imagens.

Boa e má demagogia?



Nas sociedades modernas, considera-se que os partidos políticos são essenciais à democracia e, na prática, aceita-se que sejam os dirigentes partidários a decidir e não o povo, cuja vontade é ponderada apenas em determinados momentos (como as campanhas eleitorais ou manifestações de rua mais visíveis).

Na Atenas clássica, a situação era consideravelmente diversa. Estava-se perante uma democracia direta e plebiscitária, cujo órgão principal — a Assembleia do povo ou dêmos— reunia todos os cidadãos, num agrupamento de massas de natureza heterogénea. O dêmos, além de possuir a elegibilidade para ocupar os cargos e a prerrogativa de escolher os magistrados, tinha o direito de decidir soberanamente em todos os domínios e de, constituído em tribunal, julgar toda e qualquer causa (pública ou privada), por mais importante que fosse. Daí que o dirigente político de Atenas vivesse em constante tensão e precisasse de convencer a pólis, em cada reunião dos órgãos soberanos, da superioridade da sua política e de que as medidas por ele propostas eram as que melhor serviam os interesses da cidade. Enfim, precisava de ser, por excelência, um demagogo — no sentido neutro da palavra enquanto ‘condutor do povo’ e não com a carga negativa que começara a adquirir logo no último quartel do século V a.C. (precisamente a seguir à morte do grande estadista Péricles) e que ainda hoje acompanha o termo.

Os demagogos — na acepção original — tendem a exercer um papel tanto mais significativo quanto maior for o peso atribuído à intervenção efetiva dos cidadãos nos destinos da sociedade e nas decisões do Estado. Não surpreende, por isso, que na democracia ateniense os demagogos constituíssem elementos estruturantes do próprio sistema e do seu correto funcionamento. Neste sentido genérico, a designação pode inclusive ser aplicada a todos os líderes políticos de Atenas, sem olhar à classe ou pontos de vista, embora esteja sobretudo conotada com os líderes da facção popular e mais progressista, se bem que, em termos de proveniência social, esses mesmos chefes acabassem por ser tradicionalmente recrutados entre as famílias aristocráticas.

Ora foi precisamente em relação ao estrato social de origem dos demagogos que se terá verificado uma considerável evolução após a morte de Péricles (em 429 a.C.). Então e pela primeira vez, o povo escolheu um chefe que não vinha da classe aristocrática — Cléon. A estas personalidades emergentes, que, provindo embora de meios não nobres, atingem o primeiro plano político, os autores antigos e os adversários políticos, de modo geral os aristocratas ou os círculos aristocráticos partidários da oligarquia, passam a chamar demagogos, mas agora em tom depreciativo. E será precisamente sob a ação desses homens e por pressão nociva da Guerra do Peloponeso que Atenas caminhará para um radicalismo cada vez mais violento e intolerante, o qual acabará por ditar o fim da hegemonia política, económica e militar que havia marcado a cidade durante o governo de Péricles. Será errado sustentar que a demagogia, na acepção mais pejorativa, representou o fim do sistema democrático, pois este continuou a existir durante cerca de mais um século, cedendo apenas à política imperialista de Filipe e Alexandre da Macedónia. Mas é também inegável que a ação desses mesmos demagogos abriu caminho a golpes oligárquicos e tirânicos, que lançaram Atenas na senda inelutável da decadência política.

A encerrar esta nota, valerá a pena recordar a forma como o autor da Constituição dos Atenienses, tratado aristotélico composto na segunda metade do séc. IV a.C. (mas não necessariamente por Aristóteles), regista as marcas dessa evolução política (28.1-3):
“Ora enquanto Péricles esteve à frente do dêmos, a situação política manteve-se num cenário favorável; após a sua morte, porém, ficou bastante pior. De fato e pela primeira vez, o dêmos escolheu para seu chefe alguém que não gozava de boa reputação entre as classes superiores, quando, até então, estas haviam estado sempre à frente da vontade popular. Assim acontecera, de fato, desde o início: Sólon havia sido o primeiro chefe do povo, Pisístrato o segundo — e ambos pertenciam ao grupo dos aristocratas e dos notáveis; com o derrube da tirania, foi a vez de Clístenes, da família dos Alcmeónidas, que não teve adversário à altura, depois do exílio de Iságoras e seus apoiantes. Em seguida, Xantipo foi o dirigente do dêmos e Milcíades o chefe dos aristocratas; depois vieram Temístocles e Aristides; a seguir a estes, Efialtes esteve à frente do dêmos e Címon, filho de Milcíades, chefiou a classe dos ricos; finalmente, coube a Péricles a liderança sobre o dêmos e a Tucídides, parente de Címon, a da outra fação. Com a morte de Péricles, o guia dos notáveis foi Nícias, que havia de perecer na Sicília, e coube a Cléon, filho de Cleéneto, a direcção do dêmos. Ao que parece, foi este, com as suas impulsividades, quem mais corrompeu o dêmos: foi o primeiro a gritar na tribuna, a usar termos insultuosos e a discursar com a roupa cingida, enquanto os outros se exprimiam com decoro.”

Delfim Leão - Materia publicada no blog Rerum Natura


sexta-feira, 30 de julho de 2010

O espetáculo das Ideias

A capacidade de criar é um processo lento, sendo necessário utilizar estratégias próprias para o tornar compreensível. As grandes ideias exigem disponibilidade de tempo, teimosia e o direito ao fracasso, isto é, à eventualidade de maus resultados que podem ser apenas o prefácio de grandes triunfos.
A primeira etapa deste processo acontece quando o intelecto humano descobre as faculdades da capacidade crítica de análise, a curiosidade que não respeita dogmas nem ministérios, o sentido de raciocínio lógico, a sensibilidade para apreciar as mais altas realizações do espírito humano,e a visão de conjunto, face ao panorama do saber.
A segunda etapa da criação de idéias é o de sobreviver com o propósito e o despropósito, que se infiltra insidiosamente no espírito dos burocratas e dos empresários da investigação que tudo corroem, como cancro incontrolável e sinistro, no desperdício e na aparente inutilidade que se nega a avaliar a qualidade da própria cultura em que está inserida a mentalidade dominante. A mediocridade traz a inveja, o rancor e a maledicência.
A qualidade no trabalho nas pessoas afasta a mesquinhez. Em vez de uma competição em que se procura denegrir a idéia, as pessoas devem cooperar na investigação e nas dinâmicas de afirmação. A outra dinâmica e outras possibilidades. Isto requer ideias largas, que a própria cooperação e os bons resultados, aparecendo, vão potenciar.
Um cidadão grego, conhecido por Tales (ou Tales de Mileto), que passou à história como primeiro filósofo ocidental, um dos “Sete Sábios” da Grécia Antiga. Passeava, com o seu discípulo Anaxímenes, ao longo da margem de um curso de água. Discutiam, entre outras coisas, a evolução da Natureza. Tales argumentava que o “elemento” água era o primaz de todas as coisas. Anaxímenes contrapunha que era o ar. Discutiam ideias, olhos argutamente atentos às transformações do Universo.
Sem medo de errar, o mundo em que vivemos, sem temer “fins de mundos”, nos leva através do intelecto humano, numa grande e gratificante viagem por mares ainda não navegados pela ciência, mas já relatado por viajantes mitológicos e religiosos, que perderam no tempo os mapas mentais originais.

sábado, 24 de julho de 2010

Dizer muito em poucas palavras



CONCEITOS
ADEUS:
- É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
AMIGO:
- É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.
AMOR AO PRÓXIMO:
- É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.
CARIDADE:
- É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
CIÚME:
- É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
CARINHO:
- É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.
CORDIALIDADE:
- É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.
DOUTRINAÇÃO:
- É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
ENTENDIMENTO:
- É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.
EVANGELHO:
- É um livro que só se lê bem com o coração.
EVOLUÇÃO
- É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.
FÉ :
- É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito
FILHOS :
- É quando Deus entrega uma jóia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.
FOME:
- É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia
INIMIZADE:
- É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante
INVEJA:
- É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.
LÁGRIMA:
- É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
MÁGOA:
- É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar
MALDADE:
- É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser
MORTE :
- Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.
PERFUME:
- É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz
NETOS :
- É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
OBSESSOR :
- É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.
ÓDIO:
- É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.
ORGULHO:
- É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
PAZ:
- É o prémio de quem cumpre honestamente o dever.
PERDÃO:
- É uma alegria que a gente dá e que pensava que jamais a teria.
PESSIMISMO:
- É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.
PREGUIÇA:
- É quando entra vírus na coragem e ela adoece
RAIVA:
- É quando colocamos uma muralha no caminho da paz
SIMPLICIDADE
- É o comportamento de quem começa a ser sábio.
SAUDADE:
- É estando longe, sentir vontade de voar; e estando perto, querer parar o tempo.
SEXO:
- É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.
SINCERIDADE:
- É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
SOLIDÃO:
- É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
SUPÉRFLUO:
- É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.
TERNURA :
- É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
VAIDADE :
- É quando a gente abdica da nossa essência por outra; geralmente pior.


Autor Desconhecido


quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Buraco Negro

Frase do dia


«Se descobrimos em nós um desejo que nada neste mundo é capaz de satisfazer, deveríamos, se calhar, começar a considerar a possibilidade de talvez nós próprios termos sido criados para um outro mundo.»C. S. Lewis (1898-1963), Mere Christianity